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Um experiente analista nota de que esses sinais de que o
governo está aceitando mais a alta do dólar foram mantidos desta vez mesmo num
momento de tensão nos mercados. Porque, ele lembra, desde que a nova equipe foi
anunciada no final do ano passado, algumas vezes aconteceram sinalizações de
que a intervenção poderia diminuir - em declarações do presidente do BC,
Alexandre Tombini, e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy -, mas estas foram
seguidas ou por retificações ou por novas colocações, no sentido contrário, por
parte da equipe econômica.
Embora o grande teste seja o anúncio a ser feito sobre o
futuro do programa de swaps cambiais no fim de março, as indicações agora
parecem pender fortemente na direção de um câmbio menos administrado.
Uma possível explicação para isso, continua a fonte, é
que, diante do aparentemente inexorável rompimento do teto de tolerância da
meta de inflação (6,5%) em 2015 - a mediana da projeção do mercado do IPCA
subiu para 7,77% -, o governo simplesmente relaxou quanto ao IPCA deste ano.
Nesta ótica, melhor que a inflação suba tudo o que puder em 2015, e o menos
possível em 2016. Assim, segurar a depreciação agora poderia apenas
postergá-la, distribuindo seus efeitos inflacionários mais na direção do
próximo ano.
Uma outra discussão é sobre o desajuste de preços
relativos no Brasil. Apesar da grande depreciação nominal desde 2011, a
inflação dos bens não negociáveis internacionalmente (non-tradables) ainda
corre bem acima da inflação dos bens negociáveis (tradables), como observado
pelo economista José Júlio Senna em entrevista publicada hoje pelo Estado de
São Paulo.
O governo, compartilhando a inquietação de muitos
analistas, deve estar preocupado com o fato de a economia brasileira estar parada
(este ano deve inclusive recuar) com um déficit em conta corrente acima de 4%
do PIB. É uma situação que poderia levar a uma parada súbita de financiamento
externo, na qual o trauma em termos de depreciação, inflação, juros, desemprego
e queda da renda poderia ser bem superior ao de um ajuste administrado. É
evidente que segurar a depreciação cambial só aumenta esse risco.
O economista José Oreiro, da UFRJ, vê a depreciação como
necessária e acha que ela ainda não chegou no ponto que restaura a competitividade
industrial - a seu ver, entre R$ 3,20 e R$ 3,40. Além disso, Oreiro nota que
depreciações puxadas pelo mercado tendem ao "overshooting", isto é,
vão além do nível de equilíbrio antes de voltar. "Ainda tem muita
desvalorização pela frente", diz.
Políbio,
ResponderExcluirO BACEN "jogou a toalha" em relação ao Dolar e a Inflação.
Não veremos mais o Tombini falar de "meta" para a inflação.
Quanto ao dolar, o "mercado" vinha sendo condescendente com o Governo, mas agora esta sem paciência.
JulioK
foi-se...
ResponderExcluiracabou...
destruíram o Plano Real com a ajuda dos seus eleitores...
estamos à deriva...
ACABARAM com o REAL! Aguardaremos o retorno do Cruzeiro após indexação geral.
ResponderExcluirPolíbio, o melhor investimento para o rumo que está tomando o país, é comprar ouro ou dólar, não contar para ninguém e enterrar no quintal! Com o avanço do bolivarianismo ficará muito arriscado manter dinheiro em bancos e até mesmo possuir alguma propriedade, pois serão confiscado pelo governo comunista! Estou avisando agora porque depois será tarde demais!
ResponderExcluirA única "Meta" do governo é acabar com o País.
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