Em reportagem assinada por Marcelo Sakate, a revista Veja revela que já ocorreram 181 apagões durante o mandato da presidente Dilma Rousseff, que durante a campanha eleitoral jurou que os brasileiros e brasileiras não teriam esse tipo de contratempo durante o seu governo. Os gráficos ao lado são de Veja. Leia tudo:
Intempéries de gravidade inesperada e desastres ocorrem
em todos os países. A reação a eles distingue os desenvolvidos dos
protocivilizados. Há duas semanas, uma tempestade de gelo na cidade de Atlanta,
no sul dos Estados Unidos, deixou milhares de pessoas presas, por horas, no
trânsito, no trabalho e também nas escolas. As equipes de resgate e os serviços públicos não foram
capazes de evitar o caos. Criticado pela reação falha, o governador do Estado
da Geórgia, Nathan Deal, foi a público assumir a sua responsabilidade pelo
transtorno. "Seremos muito mais agressivos para tomar as medidas
necessárias com antecedência nas próximas tempestades", disse Deal.
. No Brasil, dias depois do apagão que deixou todo o
Nordeste sem luz, cinco meses atrás, o diretor-geral do Operador Nacional do
Sistema (ONS), Hermes Chipp, defendeu a necessidade de o governo ampliar o uso
de um mecanismo de segurança destinado a dobrar a proteção contra falhas nas linhas
de transmissão. Chamado de "N-2", o critério permite que o sistema
continue a funcionar mesmo em caso de dois defeitos simultâneos. Hoje, apenas uma pequena fração da rede de transmissão,
como a que faz a ligação à usina de Itaipu, opera com essa proteção adicional.
O preço a pagar seria uma conta de luz mais cara, para financiar os
investimentos necessários. O governo engavetou a proposta. Na terça-feira passada,
dia 4, um apagão no meio da tarde deixou sem luz 6 milhões de pessoas de treze
estados, além do Distrito Federal, depois de um curto-circuito em duas das três
linhas que levam energia da usina de Tucuruí, no Pará, às regiões Sudeste e
Sul.
. Foi o 181° apagão com queda de no mínimo 100 megawatts
desde o início de 2011, quando a presidente Dilma Rousseff tomou posse, segundo
levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). A causa do curto
ainda não foi identificada, e uma das hipóteses a ser avaliadas será a queima
em razão de um raio.
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