O petista Miguel Rossetto será o novo ministro do Desenvolvimento Agrário em substituição a Pepe Vargas (PT-RS), que deixará o governo para disputar uma vaga de deputado federal na eleição de 2014
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Entidades médicas abrem guerra ao programa "Mais Médicos"
A reportagem é de Aline Valcarenghi - Repórter da Agência Brasil
Entidades médicas divulgaram hoje (9) carta de repúdio às condições de trabalho dos profissionais, cubanos ou não, que atuam no Programa Mais Médicos. O Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Médica Brasileira alegam que o contrato fere direitos individuais e trabalhistas As entidades querem que todas as denúncias e os "indícios de irregularidades" no processo de contratação de intercambistas e de médicos brasileiros sejam apurados pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Supremo Tribunal Federal.
. Amanhã (10), o MPT ouvirá o depoimento da médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o programa na semana passada, alegando que recebia menos de 10% do valor pago aos médicos inscritos individualmente.
. Desde o lançamento do programa, em julho do ano passado, as entidades médicas defendem que a solução para a falta de profissionais em regiões carentes é a criação de uma carreira federal, semelhante à dos magistrados, para médicos do Sistema Único de Saúde, além da estruturação dos locais de atendimento.
. Os profissionais inscritos individualmente no programa recebem bolsa formação no valor de R$ 10 mil para trabalhar na atenção básica de regiões carentes que não conseguem atrair médicos. Eles não têm vínculo empregatício com o Ministério da Saúde, pois, segundo a pasta, participam de uma especialização na atenção básica, nos moldes de uma residência médica.
. Os profissionais inscritos individualmente no programa recebem bolsa formação no valor de R$ 10 mil para trabalhar na atenção básica de regiões carentes que não conseguem atrair médicos. Eles não têm vínculo empregatício com o Ministério da Saúde, pois, segundo a pasta, participam de uma especialização na atenção básica, nos moldes de uma residência médica.
. Já os cubanos, que são 5.378 dos 6.600 profissionais do programa, chegam ao Brasil por meio de um acordo entre os governos dos dois países, intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O governo brasileiro faz o pagamento à Opas e a organização repassa para Cuba, que fica com parte da verba.
Até o PT acha que a fuga de Pizzolato foi uma confissão de culpa
Ao lado de Barba, Pizzolato. O velho quadro do PT é abandonado pelo Partido depois que roubou para o Partrido, mas muito mais para si mesmo; e depois que quebrou a lei do silêncio.
O jornal O Estado de S. Paulo diz neste sábado que toda a armação que tornou possível a fuga de Pizzolato foi uma confissão de culpa - mas não no sentido que lhe dá o deputado Vicentinho, novo líder da bancada petista da Câmara. Para ele, a conduta do ex-diretor do BB causa "vergonha e constrangimento" ao partido. "Estamos defendendo a tese da inocência, combatendo o que foi feito no julgamento", argumenta, "então ele tinha que ter ficado aqui junto com os outros fazendo o debate." Isso é criar uma realidade paralela.
O jornal O Estado de S. Paulo diz neste sábado que toda a armação que tornou possível a fuga de Pizzolato foi uma confissão de culpa - mas não no sentido que lhe dá o deputado Vicentinho, novo líder da bancada petista da Câmara. Para ele, a conduta do ex-diretor do BB causa "vergonha e constrangimento" ao partido. "Estamos defendendo a tese da inocência, combatendo o que foi feito no julgamento", argumenta, "então ele tinha que ter ficado aqui junto com os outros fazendo o debate." Isso é criar uma realidade paralela.
Leia mais (o texto integral está no pé da página, porque estes trechos da nota que você lê foram selecionadas pelo editor):
. Sim, ao se escafeder, Pizzolato como que assinou
a confissão dos delitos individuais que nega da boca para fora. Mas eles
simplesmente não teriam ocorrido se a cúpula do PT - com ou sem o conhecimento
e o endosso do Primeiro Companheiro - não tivesse decidido comprar políticos
com dinheiro público.
. Se a narrativa da evasão do petista agora envergonha e
constrange a legenda, não é, como parece acreditar o deputado Vicentinho,
porque o companheiro não ficou aqui "fazendo o debate" (ou seja,
disparando vitupérios contra o Supremo Tribunal). Mas porque serviu para expor
ainda uma vez a esqualidez moral do partido do mensalão - esta sim, vergonhosa
e constrangedora.
PT gaúcho alugou salão nobre da Federasul para almoço de vaquinha para Zé Dirceu. Olívio critica vaquinhas no PT.
Será nesta segunda-feira o almoço que o PT do RS
realizará no Palácio do Comércio para arrecadar dinheiro com o objetivo de
ajudar a pagar a multa de R$ 971,1 mil de Zé Dirceu, o chefão da organização
criminosa do Mensalão, condenado e prfeso na Papuda, Brasília.
. O evento será no Salão Nobre da Federasul, normalmente
aberto somente para grandes eventos, o que significa que o PT do RS espera
muita gente.
. Ainda não se sabe se o governador Tarso Genro estará
presente.
. O ex-governador Olívio Dutra com certeza não comparecerá.
Ele voltou a conceder entrevista neste final de semana, desta vez para a
revista Veja, reclamando que "o gesto da vaquinha não pode ser uma
instrução do Partido, não pode ser uma deliberação partidária, não pode e nem
deve, porque isso não é republicano, não é correto".
. Olívio foi ainda mais longe, ao fechar com a posição do
ministro Gilmar Mendes, ao dizer que "a Justiça deve saber de onde é que
vêm os recursos, como é que rapidamente se amealharam esses recursos".
. Num primeiro momento, os arrecadadores do dinheiro para
Zé Genoíno e Delúbio ofereceram abrir suas listas de adesões, mas até agora não
fizeram isto. Mesmo o presidente nacional do PT, Ruy Falcão, indignadíssimo
com as desconfianças de que se trata de dinheiro sujo, nova lavanderia aberta
pelos mensaleiros, não foi capaz de abrir as listas.
PT quer Lula na festa dos 67 anos de Tarso
O PT programa grande festa de aniversário para o
governador Tarso Genro, dia 15 de março. O governador fará 67 anos no dia 6,
mas aguardará uma semana pelos parabéns. O Partido quer trazer Lula para as
comemorações.
. Há bastante tempo Lula não aparece em Porto Alegre.
. E desde que foi acusado de alcagüete do Dops e da
ditarua militar pelo delegado Romeu Tuma Júnior, nem sequer entrevista concede
para a mídia do RS.
. Aliás, em março o autor de “!Assassinato de Reputações”
virá a Porto Alegre, o que quer dizer que talvezTuminha e Lula cruzem pelos
corredores do Sheraton.
Pelegos arrebanhados fora do Estado poderão encorpar piquetes nas garagens de Porto Alegre
Neste final de semana, Alceu Weber, dirigente da CUT no RS, membro do Sindicato dos Rodoviários, mas militante da oposição à atual direção, mesmo assim integrante da comissão de
negociações da greve dos rodoviários, recebeu 12 ligações vindas de seis
estados diferentes (entre eles São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) de pessoas
ligadas a sindicatos se oferecendo para ajudar nos piquetes nos portões
das garagens. É o que informa esta tarde o site zerohora.com
. São sindicalistas ligados a CUT, portanto ao PT, ou seja, alinhados ao governo federal. São pelêgos chapas-brancas mercenários.
. No final de hoje, Weber e seus companheiros vão discutir a oferta, mas ela não conta com o respaldo do Sindicato, que convocou assembléia para amanhã, com indicativo de acordo e retomada dos serviços.
. Nesta segunda, os piquetes estão proibidos por decisão judicial, a greve entrará no seu 15o dia de ilegalidade e se ocorrer violência a Brigada já recebeu ordem judicial para garantir a saída dos ônibus.
Elio Gaspari diz que dra. Ramona já teria sido deportada para Cuba se Tarso ainda fosse ministro da Justiça
Esta história dos boxeadores cubanos deportados para Cuba por Tarso Genro já é conhecida em prosa e verso, mas ela é recontada pelo jornalista Elio Gaspari, porque serve de comparação entre o que fez o então ministro da Justiça de Lula e o que faz agora o ministro da Justiça de Dilma. A comparação sublinha o caráter autoritário, cruel e desumano do atual governador do RS. Leia tudo:
Em 2007, durante os Jogos Pan-Americanos, dois boxeadores
cubanos, atraídos por um empresário alemão, abandonaram a delegação de seu
país. Mobilizada pelo comissariado, a polícia achou-os no interior do Estado do
Rio e manteve-os num regime de liberdade vigiada. Mais coisas estranhas
aconteceram. Seus advogados viram-se autuados por desacato. O delegado da
Polícia Federal Felício Laterça informou que eles se recusaram a pedir refúgio
no Brasil, pois queriam voltar ao "país que amam". Dias depois,
formalmente deportados, os dois embarcaram num jatinho vindo da Venezuela e o
ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que os críticos do governo "têm
uma visão de que ninguém jamais quer voltar a Cuba, isso é uma rematada
bobagem". Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara amavam tanto seu país que
fugiram da ilha pouco depois.
Em agosto passado, quando começou a discussão em torno da
vinda de médicos cubanos ao Brasil, o advogado-geral da União deu um toque
jurídico ao precedente ocorrido no mandarinato de Tarso Genro. Quando lhe
perguntaram o que aconteceria se um cubano quisesse pedir asilo, respondeu:
"Parece que não teriam direito a essa pretensão. Provavelmente seriam
devolvidos". Seria um aviso. Nessa época, o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, dizia que isso não vinha ocorrendo em outros países onde havia médicos
cubanos. Quem acreditou nele (o signatário, por exemplo) fez papel de paspalho.
Quando Padilha dizia isso já haviam pulado o muro dezenas de médicos e o
governo americano criara para eles uma porta de acesso ao país, sem contudo
assegurar-lhes o direito a exercer a medicina.
Ao buscar a proteção do DEM, a médica Ramona Matos
Rodriguez foi mais cautelosa que os dois boxeadores, mas o governo da doutora
Dilma comportou-se de maneira muito mais civilizada que o de Lula. Adams ficou
calado e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reconheceu o direito da
médica de pedir refúgio no Brasil e nega ter posto a polícia no lance.
Há mais de dois mil médicos cubanos trabalhando no
Brasil. Pelos mais diversos motivos, não fizeram o que fez Ramona. Felizmente,
Cardozo não repetiu a "rematada bobagem" policial ocorrida quando
Tarso Genro era ministro da Justiça.
Porto Alegre, Novo Hamburgo e Canoas lideram o ranking gaúcho das cidades mais violentas do RS
Com base no balanço das ocorrências no Estado em 2013, divulgado na
semana passada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), o jornal Zero Hora deste domningo revelou um cenário
de avanço nos crimes violentos — roubo, homicídios, latrocínios —, com destaque
para municípios do Interior, comparado a uma década atrás.
. Em função dos números que tabulou, o jornal criou os rankings de cinco
dos principais crimes — homicídio doloso, latrocínio, roubo de veículo, furto
de veículo e roubo — ocorridos ao longo de 2013 e escalonados conforme o índice
sobre 100 mil habitantes. Cada lista foi formada por 10 municípios, todos com
mais de 50 mil habitantes. No total, há 42 cidades gaúchas nessa faixa
populacional. Dessas, 27 — 13 delas na Região Metropolitana — apareceram nos
rankings e correspondem à metade da população do Estado.
. Ao lado, você pode examinar a relação das cidades mais violentas do RS.
. É surpreendente a posição de Novo Hamburgo e Canoas, em segundo e terceiro lugares. São duas cidades governadas pelo PT há vários anos, portanto cidades que foram escolhidas pelos governos federal e estadual para funcionarem como vitrinas dos programas de Dilma e Tarso na área da segurança pública, com seus investimentos nos chamados Territórios da Paz (Dilma abandonou este projeto, criado por Tarso quando foi ministro da Justiça) e Unidades de Polícia Pacificadora.
Dilma vaza informações de que não quer Eliseu Padilha no ministério
Os vazamentos feitos pelo Planalto esta semana, dando conta de que a presidente Dilma Roussef não quer saber do deputado Eliseu Padilha no seu governo, deixou irritado o parlamentar e fragilizou a posição que vinha adotando no RS de pleno apoio à reeleição da candidata do PT.
. A informação desmonta as declarações do próprio Padilha, que vinha avisando que não aceitaria cargos no governo.
CLIQUE AQUI para ler editorial do Estadão, "A oposição parece acordar".
. A informação desmonta as declarações do próprio Padilha, que vinha avisando que não aceitaria cargos no governo.
CLIQUE AQUI para ler editorial do Estadão, "A oposição parece acordar".
Rosane Oliveira diz que Dilma poderá abandonar o palanque de Tarso, caso PMDB e PDT também fechem com ela pára o Planalto
A editora de Política da RBS diz na edição de hoje do jornal Zero Hora que é cada vez mais forte a possibilidade de a presidente
Dilma Rousseff não defender abertamente a reeleição do governador Tarso Genro
nas eleições de outubro. Leia mais:
Caso PMDB e PDT decidam apoiar Dilma, a petista virá
ao Rio Grande do Sul apenas para defender a própria candidatura, e não
participará de comícios e eventos da campanha de Tarso. Diante desse quadro, a
direção estadual do PT procurou o ex-presidente Lula e já iniciou as tratativas
para trazê-lo ao palanque de Tarso.
– Ele (Lula) está organizando a própria agenda, mas já
tivemos uma sinalização positiva de que ele virá para a campanha do Tarso –
afirma o presidente do PT no Estado, Ary Vanazzi.
O partido aposta que Lula irá se desdobrar não apenas
para reeleger Dilma, mas será o principal cabo eleitoral da sigla para aumentar
o número de Estados governados pelo PT. Já a presidente terá de ter uma postura
mais comedida nas eleições estaduais, devido ao grande número de partidos que
vão integrar a aliança nacional. Tarso estabeleceu, como condição para
concorrer, a vinda de Dilma ao seu palanque, mas, segundo o presidente nacional
do PT, Rui Falcão, o governador mudou de ideia. Em entrevista coletiva em São
Paulo, Falcão descartou a possibilidade:
– O governador já mudou de opinião. Ele me telefonou,
depois eu falei com o presidente do diretório estadual. O que ele (Tarso) diz é
que, onde tiver mais de um apoiador da presidente, que ela não faça opção, não
apareça em nenhum palanque.
Interlocutores do governador garantem, porém, que Falcão
entendeu errado a mensagem e que Tarso não mudou de ideia. O governador mantém
a opinião de que, no Rio Grande do Sul, o único projeto que Dilma pode defender
com coerência é o do PT.
Entrevista, Giovani Feltes - Este é um governo de papel
ENTREVISTA
Deputado Giovani Feltes, PMDB
O governador Tarso Genro diz que sem renegociação da
dívida com a União o próximo governador será um mero pagador da Folha
Faltou ele dizer que quem deixou o governo nessa situação
foi ele mesmo. Este é um governo de papel.
O que o senhor percebe em relação ao apoio à candidatura
dele, já que o senhor está em Rio Grande e faz roteiro pelo Litoral Sul ?
Se eu não fosse responsável com o povo gaúcho e coerente
com o apoio ao candidato do PMDB, eu diria que seria bom que o eleitor cravasse o nome do Tarso para ele provar o veneno da própria comida que está deixando.
Seria um bom modo de castigá-lo pela gestão desastrosa que promove no Estado.
O PMDB poderá sair com José Ivo Sartori ou Paulo
Ziukolski, dois ex-prefeitos festejados como bons gestores. Se o Partido vencer
as eleições, como resolverá o impasse das finanças públicas ?
É a segunda vez que o PT enterra o Estado e alguém acaba
escalado para ajustar as contas públicas, tarefa que nem de longe é possível
realizar numa só gestão. O fato é que o Estado indutor do Tarso não passou de
balela, porque o seu governo não tem como induzir sequer a CEEE para fornecer
energia.
Mas o governador dizia até há pouco que dinheiro não
iria faltar para nada.
Não diz mais. Onde foi parar o dinheiro que ele dizia
possuir em quantidade ? Agora diz que não tem um níquel em caixa.
Met Sul prevê domingo de extremo calor. Será o oitavo dia seguido com 40ºC no RS
Os termômetros marcaram 42,8ºC na estação
automática particular de Santa Rosa, maior marca desde o começo das observações
voluntárias há 18 anos. Fez ainda 40,5ºC na estação particular de Teutônia,
39,9ºC em Santa Cruz do Sul, 39,2ºC em São Luiz Gonzaga, 39,0ºC em São Borja,
38,4ºC em Iraí e 38,2ºC em Lajeado. A inesperada formação de um sistema
convectivo de mesoescala na costa do Litoral Norte trouxe mais nuvens e vento
para Porto Alegre, frustrando um aquecimento maior. A máxima em Porto Alegre
foi de 34,6ºC, valor abaixo do que era previsto. A proximidade da Capital da
costa, onde atuava a instabilidade, trouxe a máxima menor, tanto que em Santa
Cruz do Sul, cidade relativamente próxima de Porto Alegre, porém mais
continentalizada, fez quase 40ºC. A Capital teve uma madrugada rara de calor
com marcas acima de 30ºC a noite toda em alguns bairros. A temperatura não
baixou de 28,3ºC na estação convencional do Jardim Botânico, o que teria sido a
maior mínima em 104 anos de dados da cidade não fosse a chuva e o temporal de
verão com vento (foto abaixo de Danilo Chagas Ribeiro do site Popa) que
derrubou a temperatura para 21,1ºC. Na Barra do Chuí, no final do sábado, houve
vendaval com rajadas de 106,5 km/h.
Porto Alegre, 10h17min, 28 graus
Manhã de sol forte, mas temperatura ainda amena em Porto Alegre: 28 graus as 10h17min A previsão para a tarde é de 39 graus.
Pedro Passos, dono da natural, presidente do Iedi,k diz que a confiança dos empresários no governo acabou
Nesta entrevista a seguir, publicada no Estadão deste domingo, Cleide Silva e Ricardo apresentam Pedro Passos como um dos principais representantes da
indústria brasileira. Ele avisa que o atual modelo econômico do PT acabou. Leia tudo:
Além de ser um dos fundadores e sócios da fabricante de
cosméticos Natura, ele é presidente do Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial (Iedi), organização que reúne alguns dos maiores
industriais do País. Passos atribui os resultados ruins da indústria de 2013,
divulgados na semana passada, ao que chamou de "ambiente econômico
prejudicado". Para o empresário, "falta direção" na economia e
há insegurança no meio empresarial. "O clima de confiança do empresariado
não existe, acabou", disse Passos, na entrevista a seguir.
O que explica os dados ruins da produção industrial em
2013, especialmente em dezembro?
Foi uma surpresa negativa, a queda foi muito maior do que
se previa. Uma primeira análise mostra um desempenho setorial disperso, com
retração nos setores de consumo. Mas tivemos performance melhor de alguns
setores, inclusive dos ligados ao comércio exterior. Setores de transporte,
calçados e madeira, apesar da fragilidade, exportaram mais, principalmente para
a Argentina. Apesar de um resultado global muito ruim, há uma perspectiva
positiva.
Como o setor empresarial reage a esse resultado?
O ambiente econômico está muito prejudicado no País. A
taxa de investimento é muito baixa, o clima de confiança não existe, acabou.
Falta direção. Não está claro para onde estamos indo, quais são os grandes
compromissos. Isso cria instabilidade. O resultado de dezembro é um problema
que vem se acumulando há muito tempo. E esse cenário não nos dá muita esperança
porque a gente já entra em 2014 com ritmo lento. E ainda sujeitos à
volatilidade da economia internacional. Esse cenário volátil repercute com a
falta de definição interna. As dificuldades que temos em saber qual é o
caminho, qual é a aposta (do País), criam um ambiente de muita insegurança no
meio empresarial.
Como assim?
Existe necessidade de uma nova definição de modelo
econômico. O cenário muda e o País precisa se adaptar. É importante retomar uma
agenda que o Iedi coloca há algum tempo, de busca de produtividade.
CLIQUE AQUI para ler toda a entrevista.
CLIQUE AQUI para ler toda a entrevista.
Dra. Ramona denuncia: "Meus passos, de quem me ajudou e da minha família, são seguidos no Brasil e em Cuba"
A entrevista a seguir foi feita pela repórter Marcela Mattos, da Veja de Brasília. A revista que circula traz outra entrevista e uma reportagem completa sobre o caso. No RS, a mídia diária tradicional não disputa o assunto em uma única linha sequer. Há silêncio absoluto, muito embora a pauta seja a das liberdades públicas e privadas, como também dos direitos humanos. O governo e a ministra Maria do Rosário calam-se diante do escândalo do qual são protagonistas, já que foram desnudados ao praticar novo regime de trabalho escravo, conforme fica visível no contrato divulgado pela dra. Ramona e nas Diretrizes publicadas aqui em primeira mão. Leia os trechos selecionados da entrevista pelo editor. Ao pé da nota a seguir, link com a entrevista completa.
Há uma semana, a médica cubana Ramona Matos Rodriguez, de
51 anos, fugiu da cidade de Pacajá (PA), onde estava desde outubro
trabalhando em um posto de saúde, e viajou para Brasília. Saiu de casa cedo,
levando apenas uma pequena mala com roupas e toda a documentação necessária
para comprovar o que o governo brasileiro sempre escondeu: o contrato
diferenciado firmado com profissionais de Cuba para ingressarem no
programa Mais Médicos, futura bandeira eleitoral de Dilma
Rousseff. Enquanto todos os profissionais recebem 10.000 reais por mês, os
cubanos têm salário de 400 dólares – cerca de 1.000 reais. Segundo ela, há uma
promessa de que outros 600 dólares seriam depositados em uma conta
bancária em Havana – o que Ramona diz não acreditar.
O que mudou em relação à rotina em Pacajá?
É uma
mudança radical. Eu não podia fazer o que estou fazendo aqui, que é me
expressar livremente. Não podia dizer o que sentia ou o que pensava nem com as
duas médicas cubanas que moravam comigo, porque elas poderiam relatar ao nosso
superior. Também não tinha liberdade para sair na rua ou ir para qualquer
lugar. Tinha de pedir permissão para um médico cubano que era um coordenador do
programa. A minha vida em Pacajá era de trabalho, eu trabalhava com muitos
pacientes, era a única médica do posto de saúde, e gostava muito. Aqui estou
tranquila porque estou protegida, mas estou muito ansiosa por tudo o que está
acontecendo. Não consigo dormir. De noite fico muito nervosa, durmo no máximo
quatro horas.
Mas quando a senhora pedia permissão para sair, eles
autorizavam?
Eu nunca pedi porque sabia que não iam autorizar. Não
tinha liberdade de pedir. As cubanas que moravam comigo diziam que se eu
quisesse ir para algum lugar, deveria informá-las para que
pedissem ao nosso coordenador. Não sei qual a relação entre as médicas e o
coordenador, não me interessava, mas não tinha boa relação com elas.
A senhora mantinha contato com sua filha em
Cuba?
Sim, eu telefonava de um orelhão. Aqui em Brasília tenho falado com
ela todos os dias, de uma a duas vezes. Ela me disse que a minha irmã que
morava na minha casa foi desalojada pela polícia e pelo Partido Comunista.
Minha casa era do Estado, eu sabia que isso iria acontecer. Minha filha mora em
outro lugar e conta que eles a visitam todos os dias, perguntam se sabia que eu
desistiria do programa. Ela responde que não sabia nada, o que é verdade.
A denúncia que fiz sobre
o salário menor que os cubanos recebem, sobre o tratamento discriminatório
com os médicos cubanos.
A senhora avalia que a sua atitude pode mudar a realidade
dos cubanos que estão no Brasil?
Acredito que sim. Não posso afirmar que
eles vão passar a receber 10.000 reais por mês, isso depende de muita gente.
Mas penso que isso é possível. Eles são médicos e têm os mesmos direitos de
todos. O que me move é a liberdade de expressão, a liberdade de denunciar tudo
isso para que não siga acontecendo com outras pessoas.
Para onde vai o dinheiro que vocês estão deixando de
receber?
Não sei. As pessoas no Brasil dizem que esse dinheiro vai para o
regime cubano, mas nós jamais soubemos dos detalhes do programa.
A senhora já ouviu falar sobre o contrato com a
Organização Panamericana da Saúde (Opas)?
Não. O contrato que
fechamos foi com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora. Não sei nem que
entidade é essa. Três dias antes de vir, nos deram o contrato e assinamos.
Quando fui para a Bolívia, não foi por essa sociedade. Foi uma missão médica
humanitária. Esse é diferente, um contrato que eu não sabia com quem eu estava
fechando. O Ministério da Saúde de Cuba que intermediou.
O plano da senhora é voltar para os Estados Unidos?
Meu
plano é ser livre. Agora tenho de trabalhar para me manter. A primeira petição
que fiz foi para ir para os Estados Unidos participar do Parole [programa
que recebe médicos desertores], estou esperando uma resposta da Embaixada Americana que
disse que eu teria de esperar de três a quatro meses.
Na última terça-feira, recebi um telefonema da pessoa que me ajudou a fugir e ela me disse que a Polícia Federal tinha ido a casa dela, que não era a casa que eu morava, porque tinham rastreado as minhas ligações. Eles disseram que sabiam que eu tinha ligado para ela e que ela me ajudou a fugir. Os policiais disseram ainda que sabiam onde eu estava e que viriam me buscar em Brasília. Também acionaram a amiga que me buscou no aeroporto quando eu cheguei aqui.
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da entrevista.