O jornal "O Estado de S. Paulo" faz coro, hoje,
aos comentários de colunistas e de políticos, segundo os quais a presidente
Dilma Rousseff decidiu reavaliar os nomes que irão compor o ministério do
segundo mandato, após tomar conhecimento da lista de 28 políticos citados pelo
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários do esquema de
corrupção na estatal, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Antes
cotado para o primeiro escalão do governo, o presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), deve ser a primeira vítima da "lupa" de
Dilma.
. Na sua coluna "Diário do Poder", o jornalista
Claudio Humberto vai na mesma direção, e informa que o vazamento para o
"Estadão" foi uma gentileza do MPF, visando ajudar Dilma e facilitar o
expurgo antecipado de nomes "ruins".
. O editor está convencido de que as análises são
precipitadas, incompletas e incorretas.
. Caso realmente Dilma estivesse aguardando pela lista e
mesmo estivesse contando com o vazamento combinado, para só então tomar
decisões, seria preciso aguardar pelas demais listas a caminho, a principal das
quais é do doleiro Alberto Youssef.
. E ninguém garante que a própria Dilma não estará numa
delas, porque na do jornal ela já andou queimando os dedos, conforme denúncia
de que Antonio Palocci pediu e levou R$ 3 milhões do doleiro para sua campanha
de 2010.
. Dilma aguardará pela lista completa, prometida pelo
Procurador Geral da República para fevereiro ?
. Em público, a presidente tem dito que é preciso
aguardar as provas, mas, na prática, avisou que não vai correr os mesmos riscos
de seu primeiro ano de governo, em 2011, quando sete ministros foram abatidos
na "faxina" ética, seis deles no rasto das denúncias de corrupção.
Na lista dos políticos acusados por Costa de receberem
repasses do esquema na Petrobras, 8 são do PT, 8 do PMDB, 10 do PP, 1 do PSB e
1 do PSDB. O Planalto tem certeza de que os nomes divulgados pelo Estado
compõem mesmo a lista sob análise de Janot, a ser reforçada com outras
delações, como a do doleiro Alberto Youssef.
. O ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci (PT),
coordenador da campanha de Dilma na eleição de 2010, e o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), também foram mencionados no depoimento de Costa e
negaram "com veemência" a denúncia. Renan tem apadrinhados no
governo, como o atual ministro do Turismo, Vinícius Lages. De acordo com
auxiliares de Dilma, porém, a inclusão do aliado na lista de Costa não afetará
a escalação do ministério. Mesmo assim, há preocupação no Planalto com o
impacto das delações na campanha de Renan para se reeleger presidente do
Senado, em fevereiro de 2015.
. O governo vive tempos difíceis no relacionamento com a
base aliada no Congresso e, para piorar o quadro, o líder do PMDB na Câmara,
Eduardo Cunha (RJ), é favorito para comandar a Casa. Desafeto de Dilma, Cunha
disputará a sucessão de Henrique Eduardo Alves à presidência da Câmara contra
os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG).
. A expectativa dos adversários de Dilma é a de que a
Operação Lava Jato alveje muitos aliados até fevereiro. Na quarta-feira, a
presidente não escondeu os problemas para montar a equipe ao ser questionada
pela colega da Argentina, Cristina Kirchner, se anunciaria logo os novos
ministros. "Você não sabe como é difícil no Brasil", desabafou ela.
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O método escolhido para ocupação de cargos importantes no governo é este. Quanto maior a ficha amis qualificado
ResponderExcluirSe Dilma depender da honestidade e competência de seus candidatos a ministros, o Brasil não terá nenhum ministro nos próximos 4 anos!!!
ResponderExcluirO pt fica cada vez mais, sem nomes. O futuro do partido parece ser catastrófico. E quanto à Dilma, penso que ela está atolada até o pescoço no petrolão, afora outros escândalos que aparecerão.
ResponderExcluir-Parece que ela irá convidar o Maluf pra ministro. Dilma precisa de um ficha-limpa. quaquaquaqua
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