Este líder petista do Paraná, até há poucos dias ocupante de gabinete no Palácio do Planalto, está preso há um mês por acusação de estupro de menor e pedofilia. Ele é acusado de usar dinheiro público e pressões políticas para pagar suas orgias sexuais. Na foto, com suas mentoras.
Desde quarta-feira a tarde a notícia circulava nas redes sociais, mas somente nesta quinta a tarde a revista Veja confirmou que eles ofereceram 1 000 reais para mães de adolescentes
para que elas inocentassem o ex-assessor da Casa Civil, que está preso por
estupro. A reportagem é de Gabriel Castro, de Brasília.
A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta quarta-feira o
filho e o advogado de Eduardo Gaievski, ex-assessor da Casa Civil que, após
revelação de VEJA, foi preso sob acusação de abusar sexualmente de
menores. Fernando Borges e André Gaievski foram flagrados quando conduziam duas
testemunhas do caso até um cartório da cidade de Francisco Beltrão, onde elas
prestariam declarações inocentando o petista. Cada uma das mulheres, que são
mães de vítimas de Gaievski, havia recebido 1 000 reais em troca do
depoimento.
. O Ministério Público do Paraná recebeu a denúncia de que
a dupla e dois irmãos dele, Francisco e Edmundo Gaievski, estavam coagindo
testemunhas do caso. Na terça-feira, os policiais presenciaram o momento em que
o grupo entregou o dinheiro às duas mulheres. Nesta quinta, enquanto se
deslocavam para o cartório com as mães das vítimas, o filho e o advogado de
Eduardo Gaievski foram presos. Eles se negaram a dar informações aos policiais.
As duas mulheres, entretanto, admitiram a coação. "As mães receberam 1 000 reais cada uma. Elas
gastaram parte do dinheiro e, na quarta-feira, estavam com o restante do valor
no carro", explica o delegado Sandro Barros, responsável pelo flagrante.
Ele diz que a fraude foi comprovada: "Elas iam fazer uma declaração, no
cartório, em favor de Eduardo Gaievski".
Fernando Borges e André Gaievski serão indiciados pelo
artigo 343 do Código Penal, que fala em "dar, oferecer ou prometer
dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha" para "fazer
afirmação falsa em depoimento". A pena é de três a quatro anos de prisão.
- O ex-assessor da Casa Civil responde por estupro de
vulnerável (dezessete vezes) e assédio sexual. Ele oferecia dinheiro e
cargos na prefeitura para as adolescentes e suas famílias. Após a revelação do
caso, ele foi rapidamente afastado do cargo no ministério.