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by Reinaldo Azevedo.
Uma operação inédita está em curso na Câmara dos
Deputados. Não foi deflagrada nem contra notórios ladrões de dinheiro público.
Jamais um fraudador da boa-fé do eleitorado mobilizou tanto os ânimos dos
parlamentares. O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) se transformou no símbolo do
mal. Lembro aqui que o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) já era processado pelo
STF no caso do mensalão — acabou condenado por corrupção passiva, peculato e
lavagem de dinheiro — E SE TORNOU PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA. Ou seja: um deputado-réu cuidava da constitucionalidade dos projetos
da Casa. Numa agressão flagrante ao bom senso e numa clara manifestação de
escárnio e de desprezo pelo Supremo, mesmo condenados, o próprio João Paulo e
José Genoino (PT-SP) integram, hojue, a CCJ, que é a comissão mais importante
da Casa.
“Ah, então isso justifica tudo?” Não! Isso não justifica
tudo. Só estou evidenciando a que grau chega a tolerância da Câmara com os
malfeitos. No que diz respeito aos gays, Feliciano se posicionou contra o
casamento de pessoas do mesmo sexo. É um direito dele. Tachar isso de homofobia
é piada. É patrulha das mais grotescas. Eu, por exemplo, sou favorável. E daí?
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