* Clipping revista Veja. Título original: Vai passar. Autor(es): J.R.Guzzo
Veja - 22/07/2013
Nunca se viu até hoje o caso de dois cachorros que tenham
trocado, de livre e espontânea vontade, o osso de um pelo osso do outro, ensina
Adam Smith. Ninguém como o velho Smith para dizer cenas verdades. No caso, ele
falava do livre-comércio — uma característica exclusiva do ser humano, assim
como a palavra, a escrita e outras coisas que distinguem os homens dos animais.
O pensador escocês que informou ao mundo, mais de 200 anos atrás, que o
capitalismo existia, explicou como funcionava e demonstrou por que era
indispensável para a evolução racional da sociedade, ia direto ao ponto em
matéria de economia — mas sua clareza é a mesma quando transportada para a
política. Nenhum partido, em nenhuma democracia do mundo, entra numa eleição
para perder. Não quer trocar seu osso com ninguém, quando está no governo — e
quando está fora não quer trocar nada, e sim tirar o osso de quem está dentro.
O Brasil, é claro, vive segundo essa mesma regra. Mas a história, aqui, é muito
mais quente, porque o osso em disputa é muito maior. Perder uma eleição lá fora
é ruim — mas no fim é apenas isso, uma derrota. Aqui não. Se o PT perder a
eleição presidencial de 2014. seja com a presidente Dilma Rousseff ou com o
ex-presidente Lula, vai haver um terremoto na vida pessoal de dezenas de
milhares de pessoas, possivelmente muito mais, a começar por seus bolsos. No
caso, iriam embora o governo, os anéis e os dedos.
É disso, e só disso, que se trata.
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Correto o texto. Assim, acredito na adulteração das urnas eletrônicas se for necessário, para esta gente.
ResponderExcluirNem o poder moderador, STF, poderá mudar, pelo tempo que leva para julgar qualquer demanda simples, que dirá um complexa.
Restará as ruas, caso alguma pesquisa de boca de urna contradizer no que contiver nas urnas. Aí "o bicho irá pegar"!
O Brasil que existe nos jornais:
ResponderExcluirExiste um jornalismo fast-food que se limita a seguir todo movimento de manada, a apresentar visões extraordinariamente simplistas da realidade ou a exercitar a opinião (leiga) sobre assuntos da maior profundiade.
Em todos esses casos, valem-se do expediente da "autoridade" - no caso, a possibilidade de sua opinião, por mais primária que seja, saia publicada em jornais de alta circulação ou em jornais de TV.
Esse movimento teve início no pós-redemocratização e está estreitamente ligado ao florescimento dos âncoras de rádio de TV e seus bordões de fácil alcance - tipo "isto é uma vergonha".
Sempre valeu para rádio e TV, mas não tinha espaço entre formadores de opinião - categoria na qual se enquadravam os jornais, antes da deblacle dos últimos anos.
Um dos mais fáceis recursos de marketing consiste em juntar um conjunto de temas negativos para concluir que tudo está negativo - ou o inverso.
Por exemplo, junto a tortura a quatro réus acusados de um crime aqui, com um ato de vandalismo ali, algumas tragédias sanitárias acolá e passo ao leitor a percepção de que aqueles fragmentos de realidade se constituem no todo.
Ora, países, estados, cidades, grandes empresas, são organizações complexas, das quais se pode extrair centenas de exemplos positivos e negativos.
Poderia falar do evento da SBPC em Recife, da euforia dos jovens com a redescoberta da política, da ascensão da nova música brasileira, dos resultados da indústria naval, do trabalho excepcional de ONGs e OSCIPs em parceria com o setor público, da universidade do MST, da recuperação pontual das bolsas e dizer que o país é uma maravilha.
O tal país terminal ou pujante não é o país real: é aquele que existe na cobertura da mídia, na cabeça do jornalista, no cérebro de quem não consegue enxergar além do retrato em branco e preto do momento.
É o marketing da notícia, uma opção que os jornais escolheram para se tornarem irrelevantes junto à opinião pública que conta.
Tomara que que o petralha das 18:23 continue pensando assim quando o PT sair do poder, já que na oposição eles são do quanto pior melhor, ao contrário da oposição de hoje. Se, na oposição, os petralhas continuarem com este pensamento aí eu vou concluir que eles evoluiram.
ResponderExcluirSeria divertido ver a oposição vencer a eleição e 2.014 e a cumpanheirada toda indo embora para casa desempregada, sem carros oficiais e cartões corporativos, tendo que acordar 5h30 da manhã, pegar o busão lotado e fazer ficha nas empresas. Uma vida de seria muito saudável para eles.
ResponderExcluirO texto das 18:23 é de Franklin Martins. A sutileza da safadeza quer enrolar todos os leitores do Polibio.
ResponderExcluirEste é o cara que foi da Globo, mas tem outras amebas vermelhas aí!
Leiam com atenção e com cuidado para não embarcar em canoa furada.
Lula saiu de cena para se preservar. Deve concorrer e ganhar. Já estava combinado que Dilma ficaria somente um mandato. Lula tem mais eleitores e mais simpatizantes. Para o PT, é questão de vida ou morte. Há um contingente extraordinário que ficaria desempregado. Veja o caso de Alessandro Teixeira, que foi exonerado do Mdic, mas ficou no Gabinete de Dilma. São todos uns incompetentes que nenhuma empresa contrataria. Há colunista política que afirma que esses profissionais, tanto lá como cá, precisam ganhar bem porque são disputadíssimos. O mercado não confirma a tese. Essa teoria só existe na cabeça dela.
ResponderExcluirÉ senhor das 18:23, vamos então traçar um controle social da mídia, q tal?
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