Saiba quais os setores da economia que seriam mais afetados com racionamento de energia

Em meio às preocupações acerca do cenário para a economia com o possível racionamento de energia elétrica, os analistas do Banf of America Merrill Lynch fizeram suas projeções sobre o que pode acontecer em um possível cenário crítico para a contenção de energia no País.

. As expectativas de Felipe Hirai, Marina Valle, Felipe Leal e David Beker, analistas do BofA, acreditam que o governo só deva implementar um programa de racionamento em um cenário crítico, dado o impacto negativo que isso poderia ocorrer para o PIB (Produto Interno Bruto) em um ano pré-eleitoral. Os analistas esperam um impacto negativo deste racionamento em 0,9 ponto percentual, assumindo que os efeitos se equiparem aos de 2001.O ano de 2001  foi um ano bastante atípico, com os impactos da bolha de tecnologia, crise da Argentina, eleições presidenciais em 2002 e o aperto monetário, que tornou o cenário econômico bastante desafiador. Já pelo lado da inflação, a produção de energia através de fonte térmica deve diminuir o impacto negativo para 5% das tarifas de energia, ou 0,17% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Vale ressaltar que a LCA Consultores acredita que o impacto negativo do preço de energia na inflação deva ser maior, em cerca de 11%.

Apesar de melhor preparadas, o setor industrial deve enfrentar um racionamento da produção caso os níveis de água nas hidrelétricas se tornem mais baixos; o setor de autopeças devem ser os mais afetados. Também entre os mais prejudicados, está o setor de eletrônicos com o declínio do volume de vendas no curto prazo.
Já os setores que devem apresentar um desempenho acima da média do mercado, apesar do racionamento, estão o financeiro, o de consumo e o de telecomunicações. Além disso, varejistas têxteis e companhias ligadas ao consumo não-cíclico, como a Ambev (AMBV4), devem sofrer um impacto limitado na demanda e a maiores custos operacionais, uma vez que deve acionar geradores e reduzir os horários de atendimento em loja.Enquanto isso, as empresas de telefonia teriam pouco impacto, uma vez que o custo de energia representa cerca de 6% do seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). 

* Clipping www.ig.com.br

Um comentário:

  1. Biriva do Cerro do Tigre9 de janeiro de 2013 às 16:53

    Agora quando cair um raio os empresários devem começar a chorar!!!

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