Proposta de pagar mais para quem se aposenta é escapismo do Pacotarso

"Isto aí, surgiu como coelho de cartola de mágico", foi o que afirmou em tom de dura crítica o  o diretor de Previdência da Ajuris, Cláudio Luís Martinewsky, ao se referir a proposta que deve oferecer aumento da gratificação de permanência no trabalho aos servidores próximos da aposentadoria para diminuir a sangria da conta previdenciária do Estado

. Para tornar atrativa a proposta de adiar as datas das aposentadorias para categorias numerosas como o magistério e os servidores da segurança, o governador Tarso Genro, vai adicioná-la a dois projetos de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul,  que já tratam de gratificações para os professores e praças da Brigada Militar (BM).

- O projeto de lei complementar 59/2011, que beneficia os integrantes do magistério gaúcho, prevê que à gratificação especial seja adicionado 80% do vencimento básico do Professor Classe A, Nível 1.  O projeto de lei complementar 60/2011, que envolve os servidores militares da Brigada Militar, determina que seja adicionado à gratificação de incentivo a permanência no serviço ativo de 80% do soldo básico da graduação de primeiro sargento da Brigada Militar. A gratificação, que hoje é de 35% do salário, deve passar para 50% Funcionários públicos que tenham alcançado as condições para se aposentar podem optar por permanecer em serviço, se o secretário da Pasta a que são vinculados concordar. Eles continuam a contribuir para a previdência, concorrem a promoções e passam a receber o benefício. Mas, segundo dados da Fazenda, no universo de servidores, são poucos os que fazem esta opção. A taxa de adesão é de 2,4%. Em números absolutos, isso significa que, dos 119.324 servidores ativos do Executivo, apenas 2.835 se enquadram nesta situação. O Estado quer alcançar o magistério, a categoria mais numerosa do funcionalismo. Dos 59.929 servidores do magistério, somente 187 aderiram à gratificação atual. Muitos professores se aposentam aos 55 anos. Diversos vão para a rede particular.
Nota do editor

O blog Polícia & Política faz a seguinte análise da proposta:

Enquanto não discutir tempo de serviço, idade limite para aposentadoria, cotas compulsórias, fundo previdenciário controlado pelos servidores e principalmente salários dignos para os servidores públicos nada vai mudar efetivamente. Esses projetos tem a finalidade de dar fôlego ao atual governo de maneira cruel e maquiavélica, por um lado o aumento de arrecadação e por outro o velho costume petista de jogar os servidores que ganham um salário melhor contra os inúmeros desafortunados que ostentam os piores salários do país. E o governo desfila de bonzinho distribuindo renda com o salários dos servidores e com a taxação da população em geral.

3 comentários:

  1. Na verdade não existe outro modo de aumentar salários a não ser "com a taxação da população em geral"! O resto é demagogia. E de uma população que ganha mal ou pior, é discurso vazio este tipo de promessa. A única saída e permitir que a economia cresça e a renda em geral aumente. Não se tira água de pedra.

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  2. NUMEROS DO GOVERNO ESTADUAL:
    www.sefaz.rs.gov.br - disponivel a todos.
    Funcionários em Fev. 2011:
    -Matriculas: 383095 funcionarios
    -Ativos: 49%
    -Inativos e Pencionistas: 51%

    EM 2010 FOI GASTO COM FOLHA + 13º = a média mensal de R$ 1.275.000. bilhão para ativos e inativos.Ou seja mais de 73% da arrecadação.
    Não esta incluso IP 3,1% e diarias.

    PREVIDENCIA DOS SERVIDORES 2010:
    -Arrecadação: R$ 1.406.000.
    -Despesa: 6.506.000.
    Deficit: R$ 5;100.000. bilhões.

    SECRETARIA DA EDUCAÇÃO/PROFESSORES:
    -185949 Matriculas(servidores) dos quais (97621 ativos e 88328 inativos)e custa mensalmente a média de R$ 310 milhões.

    ESTES NUMEROS DEMONSTRAM QUE NÃO EXISTE SOLUÇÃO SEM DOR LAGRIMAS E SANGUE.
    -Não tem como pagar salarios aos ativos e continuar pagando salario integral para aposentados e pencionistas.

    Não resolve pessoas do Judiciarios ou MP dizerem que tem de cobrar dividas e vender imóveis pois isso tudo é finito, o dilema das aposentadorias e pensões integrais e eternas a filhos que não casam para ficar eternamente mamando.

    O ESTADO GASTA MENSALMENTE R$ 600 MILHÕES PRA FUNCIONARIOS ATIVOS E OUTROS R$ 675 MILHÕES PARA APOSENTADOS E PENCIONISTAS.

    É EVIDENTE,CRISTALINO QUE NINGUEM QUER PERDER O PRIVILÉGIO ADQUIRIDO MAS ANALISE E VEJA SE EXISTE SOLUÇÃO SEM DOR OU LAGRIMAS.AUMENTAR TRIBUTOS NÃO DÁ, A ARRECADAÇÃO SE MANTEM NA MESMA E OS GASTOS COM FUNCIONÁRIOS SÓ AUMENTA.

    ESTA DEVE SER UMA SOLUÇÃO DE ESTADO NÃO DE GOVERNO, O POVO DEVE PARTICIPAR POIS NÃO AGUANTA MAIS PAGAR IMPOSTOS E NÃO RECBER SERVIÇOS COMO INFRAESTRUTURA EM TROCA.

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  3. Tanto Modaz como o Anônimo das 9h de 30.05 estão corretos. Não dá para manter essa situação.As aposentadorias do setor público terá que passar por uma mudança radical. Não há como sustentar essa gente toda com aposentadorias irreais (=marajá). A população ganha mal e vive mal, mas precisa pagar impostos para sustentar uma parcela da sociedade com filé. Quanto mais adiarem a solução do problema pior ficará. Tarso que mostre a que veio.....

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