O candidato do PSDB, José Serra, voltou a denunciar o PT nesta quinta-feira, responsabilizando o Partido e a candidata Dilma Roussef pela espionagem e quebra do sigilo fiscal de dirigentes tucanos. A sindicância aberta pela Receita Federal foi entregue ao vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, uma das vítimas, por ordem judicial. A Receita não queria entregar nada. A sindicância mostrou claramente a violação e forneceu os nomes dos violadores. Serra disse que o material foi para o comitê central de Dilma, a mando do jornalista Luiz Lanzetta e do ex-prefeito Fernando Pimentel, para forjar dossiês falsos contra Serra, visando prejudicá-lo eleitoralmente. Um dos cunhados de Serra teve seu sigilo violado.
. Nesta quinta-feira, a União Geral dos Trabalhadores tirou nota de protesto, porque um dos seus membros também teve o sigilo violado:
"Diante do vazamento dos dados fiscais sigilosos da Receita Federal, que foram acessados em outubro do ano passado e que agora se tornaram públicos, incluindo além de políticos ligados ao PSDB, o nosso companheiro Gilmar Argenta, chefe de gabinete do deputado federal Roberto Santiago (PV), que é também vice-presidente licenciado da UGT, é um ato inaceitável de invasão de privacidade que compromete e coloca em risco todos os esforços que a classe trabalhadora brasileira vem fazendo, desde os tempos da ditadura militar, a favor da consolidação da democracia. Repudiamos veementemente a ação dos aloprados que em nome de supostas estratégias partidárias e eleitoreiras se julgam acima do Estado e atuam fora da lei e fora dos princípios democráticos. Só uma apuração imediata e transparente com punição exemplar e uma retratação oficial do Estado brasileiro nos ajudará a retomar, com tranquilidade cidadã, a construção da democracia brasileira tão abalada por uma péssima distribuição de renda, por graves problemas de Educação e necessitada de gerar muito mais oportunidades para todos os brasileiros.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT