Petrobrás começou a reduzir os preços dos combustíveis

Você sabia, leitor, que nesta sexta-feira a Petrobrás baixou o preço do queresone para aviação em 17,8%¨? Pois baixou. Podia ter diminuído muito mais. Os preços da gasolina e do óleo diesel deveriam estar custando 38% mais e estão congelados desde março.

. Como se sabe, os preços do petróleo desbaram para 1/3 do que valiam há meio ano.

. No artigo a seguir, Celso Ming, do jornal O Estado de S. Paulo, conta o que está acontecendo:

Celso Ming: Os preços políticos da Petrobrás.

Ontem a Petrobrás baixou em 17,8% os preços do querosene de aviação (QAV) porque teve de ajustá-los aos valores de mercado. Mas os preços da gasolina e do óleo diesel, que poderiam estar entre cerca de 24% e 38% mais baixos, continuam congelados desde maio.A política de preços da Petrobrás é dúbia e pouco transparente. Seus dirigentes afirmam que há enormes inconvenientes em definir os preços internos ao sabor da volatilidade do mercado. Por isso, preferem trabalhar com preços fixos, reajustáveis apenas de tempos em tempos, sabe-se lá por que critério.Um punhado de fatores determina a variação dos preços. Mas há quatro mais importantes. O primeiro são as oscilações dos preços no mercado internacional. O segundo é o câmbio, que determina em reais os preços cotados em dólares. O terceiro é a composição do combustível. Aí entram petróleos de qualidades diferentes que formam o mix a ser refinado, mais as misturas que definem a octanagem e o volume de álcool. O quarto são os impostos, que variam com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).A política de preços da Petrobrás segue regimes diferentes.Para o querosene de aviação, óleo combustível e nafta (matéria-prima da petroquímica), os reajustes são mensais. Nesse caso, a Petrobrás não se importa com a volatilidade.Para a definição dos preços da gasolina e do óleo diesel, ela não segue nenhuma regra objetiva de que o distinto público tenha conhecimento. O último reajuste da gasolina e do diesel ocorreu em maio, quando o barril do petróleo em Nova York estava a US$ 115. Até essa data, os preços haviam permanecido congelados por mais de dois anos.De lá para cá, muita coisa aconteceu. Em julho, as cotações internacionais atingiram o pico de US$ 147 por barril e, em seguida, rolaram montanha abaixo. Chegaram ao fundo dia 21 e fecharam ontem a US$ 54. Pelos cálculos do analista Walter de Vitto, da consultoria Tendências, que leva em conta a maioria dos fatores que compõem os preços, a gasolina brasileira está 38% mais cara do que a obtida no mercado americano. Se for considerada a qualidade (octanagem), a diferença sobe para 45%.Como têm apontado os relatórios do Banco Central, não se esperam reajustes dos combustíveis neste ano. E não há indicações de que possam acontecer nos primeiros meses de 2009. No entanto, a queda dos preços a níveis normais de mercado ajudaria a conter a inflação que, neste ano, ameaça estourar a meta.A perspectiva de "longo prazo" para a política de preços da Petrobrás acoberta objetivos de conseqüências ainda mais lesivas ao consumidor, porque desestimula a concorrência. Qual seria o interesse de investir em refinarias no Brasil se a Petrobrás pode matar o concorrente em alguns meses com preços atrasados, ao contrário do que ocorre hoje? Até mesmo a importação de óleo diesel e de gasolina pelas distribuidoras privadas, que já enfrentam o oligopólio de dutos e instalações, fica complicada.Já há inúmeras indicações de que a Petrobrás é mal administrada e de que suas contas são politicamente manipuladas. Essa prática de preços pode esconder coisas ainda mais esquisitas.

Depois de ficar quase 1 semana fora da mídia, Chávez manda Colômbia retirar seu cônsul de Maracaibo

O ditador venezuelano, Hugo Chávez, pediu neste domingo (30), à Colômbia que retire imediatamente seu cônsul em Maracaibo, Carlos Galvis Fajardo, por suposto envolvimento em planos de desestabilização contra seu Governo.

. "A única forma de eu não expulsar esse cônsul geral é que o Governo da Colômbia o leve já", declarou Chávez em um ato oficial transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão.

. O chefe de Estado citou uma ligação telefônica do cônsul, obtida por seu Governo e feita por José Obdulio, um suposto assessor do presidente colombiano, Álvaro Uribe.

CLIQUE aqui para ler a matéria completa do jornal O Estado de S.Paulo.

Leitor avisa: "Te ler aqui de SP é como viver o dia a dia do Rio Grande"


OPINIÃO DO LEITOR

No blog do Reinaldo Azevedo, obtenho a visão nacional por excelência. Quanto ao blog do Polibio Braga, meu velho companheiro da velha guarda trabalhista, sinto-me presente na arena política e econômica do meu Estado natal, como se ainda estivesse vivendo e trabalhando aí. Desde São Paulo, onde estou radicado, vivencio o dia a dia do Rio Grande através da sua excepcional lavra. Almir Duarte de Oliveira, São Paulo, SP.

Hillary será a Condoleezza de Obama

O presidente eleito dos EUA Barack Obama nomeará Hillary Clinton como sua secretária de Estado nesta segunda (1/12), segundo informações de funcionários do Partido Democrata que não quiseram se identificar, já que não estão autorizados a revelar detalhes sobre a equipe de transição. Obama planeja dar a notícia em uma entrevista coletiva em Chicago, onde também deve fazer o anúncio de sua equipe de segurança nacional.

. O jornal The New York Times informou que o ex-presidente Bill Clinton concordou em revelar os nomes de mais de 200 mil doadores de sua fundação para ajudar a eliminar quaisquer preocupações éticas, uma vez que sua mulher Hillary está sendo considerada para o mais alto posto da diplomacia dos EUA. As informações são da Dow Jones.

. Alguns assessores indicaram que Obama havia contemplado Hillary há meses como secretária do Departamento de Estado e por isso, convidou-a a ir a Chicago para falar sobre o posto apenas uma semana depois das eleições de 4 de novembro. Eles teriam se reuniram em particular em 13 de novembro no centro da cidade.

Yeda defende nome de Serra, mas melhor para o RS é Dilma.

Neste domingo, a governadora gaúcha Yeda Crusius produziu duas entrevistas, mas apenas uma delas interessa de verdade, a que ela concedeu a Dora Kramer, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, porque a conversa com dois repórteres do jornal Zero Hora foi bem pobrezinha e nem vale a pena registrar, a não ser pelo fato de que vem aí um novo Conselho de Notáveis no RS, solução que os governos procuram sempre que não sabem o que fazer da vida.

. O caso do Estadão é mais substancioso, porque a governadora resolveu analisar a sucessão presidencial e bateu forte. Sua análise serve para o PSDB, mas dificilmente serve aos interesses do RS, porque a candidatura de outro paulista ao Planalto só interessa a São Paulo.

. Neste momento, o que mais interessa ao RS é uma candidatura local. É claro que se trata da ministra Dilma Roussef, que não é apenas o ministro mais forte do atual governo há muito tempo, seu CEO mais importante, mas também terá uma formidável máquina administrativa, política e partidária para ampará-la, sem contar os altos índices de popularidade do seu governo. Dilma tem enorme experiência administrativa, é competente e demonstrou isto em todos os cargos por onde passou. Seus compromissos com os interesses do RS são comprováveis na comparação com a falta de interesse de Serra para com o RS (Serra não tem compromisso nenhum com o RS).

. Isto é o que interessa ao RS. O próprio PMDB, Partido hegemônico no Estado, já percebeu isto e marcha para apoiá-la, o mesmo devendo fazer o PDT e o PTB no RS.

Os pontos que devem ser ressalvados na fala de Yeda a Dora Kramer:

- Yeda abre o jogo, detona Alckmin, seu ex-aliado, apóia totalmente Serra e remete Aécio para uma hipotética candidatura ao Senado.
Neste caso, a governadora interpreta tudo com absoluta correção.

- A governadora atribui a Serra melhores condições de administrar a crise global desde dentro do governo, por sua experiência em crises anteriores.
Nisto há um equívoco. O governo FHC, com Serra, errou a mão em todas as crises internacionais e foi incapaz de circunscrever os problemas, ao contrário do atual governo, que faz a lição de casa com enorme competência, sem contar o fato de que os fundamentos da economia são de longe muito melhores - mas muito melhores.

- Temos duas locomotivas andando, diz Yeda.
Sim, Serra e Aécio, quem não sabe. Apesar disto, descartar Dilma, apoiada por Lula, por um governo exitoso e pelo PT, parece alguma coisa muito exagerada. O governo atual não está em crise, até pelo contrário.

OPINIÃO DO LEITOR

Nunca pensei em ver Políbio defendendo a condidatura de um petista, ainda mais da Dilma, que, ao contrário do que afirma o colunista, nunca demonstrou nenhuma competência em nenhum dos cargos que assumui, em especial o último, pois mente e é incapaz de fazer o PAC andar. O PAC não passa de um pacderme, é só ver as obras da BR 101, em especial aqui no RS.Quanto o PT gastará para ter apoio de jornalistas à canditada Dilma? Jeferson Antunes, Porto Alegre, RS.

Nota do editor - Quando o editor defende ações pontuais do governo Yeda, a acusação é de que o governo estadual gasta, mesmo quanto, para obter o apoio ? O editor não é vaquinha de preséio, não é do PSDB nem do PMDB e também não é do PTB ou PDT. Quanto à competência de Dilma, o editor foi quem a substituiu na secretaria da Fazenda de Porto Alegre e depois governou com ela no governo do Estado, um na secretaria da Casa Civil e outro na secretaria de Minas e Energia. Dilma sempre se mostrou muito, mas muito competente, e agora está melhor. Mais: dela conhece e defende o RS mil vezes mais do que o paulista Serra e o mineiro Aécio, que só dominam dados do Estado por ouvir falar.

Governo Lula libera gastos de estatais

O governo começou a liberar as estatais da obrigação de acumular superávits primários para que impulsionem os investimentos do setor público. Entre outubro de 2007 e outubro deste ano, o valor anualizado da poupança das empresas federais caiu (incluindo pagamentos de Itaipu) de R$ 20 bilhões para R$ 6,5 bilhões, enquanto os investimentos - liderados pela Petrobrás, que já tomou emprestado mais de R$ 35 bilhões no ano - subiram de R$ 27,5 bilhões para R$ 37,6 bilhões.

. O movimento, que vinha ocorrendo por conta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), se intensificou em outubro, com o agravamento da crise internacional. Boa parte dessas estratégia de incrementar os investimentos das estatais deriva também do perfil do governo Lula: baixíssima capacidade de investir o dinheiro do Orçamento da União e altíssima disposição política para aumentar o custeio - só a conta da folha de salários (ativos e inativos), vai pular de R$ 120 bilhões, ano passado, para R$ 150 bilhões no ano ano que vem.

. A liberação das metas fiscais é antiga reivindicação da cúpula das estatais e já chegou a ser sugerida até por economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), uma vez que essas empresas não têm dívidas que justifiquem superávit tão elevado. Hoje, o dinheiro economizado pelas estatais fica no caixa, sem poder ser utilizado para investimentos.

. Durante algum tempo, esses superávits foram usados para ajudar a cumprir as metas fiscais do setor público. As disponibilidades em caixa das estatais, estimadas em R$ 45 bilhões pelo Banco Central, integram os chamados créditos do setor público, que são descontados do valor bruto da dívida para se chegar à dívida líquida.

Gilmar Mendes liga infidelidade partidária ao mensalão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticou na sexta-feira (29), durante palestra, as constantes trocas de partidos, que em sua avaliação "tinham chegado a um limite que a vista já não alcança". "Basta mencionar uma palavra e todos vão entender: mensalão", disse o ministro. "Não era troca partidária meramente por conveniência política", afirmou, durante curso na Escola Judicial da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul.

. Contudo, Mendes negou que estivesse manifestando posição sobre o processo, que será julgado no STF. "Não, eu estou dizendo que a prática pode ter chegado até mesmo a um fenômeno de corrupção na vida política, no que diz respeito à fidelidade partidária", ponderou. Ao abordar temas polêmicos que o STF tem em pauta, Mendes acredita que o poder de investigação do Ministério Público começará a ser avaliado. Ele disse considerar o caso do mensalão importante, pois afeta garantias individuais.

. Mas ele acredita que há poucas sessões antes do recesso do Judiciário para que a questão seja apreciada ainda este ano. "A rigor, precisamos dar uma resposta para o futuro, saber o que o Ministério Público pode ou não pode", afirmou. O presidente do Supremo preferiu ainda não comentar a possibilidade de a defesa do banqueiro Daniel Dantas usar discursos de ministros do Supremo para tentar desqualificar o delegado Protógenes Queiroz - mentor da Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro - e o inquérito policial. "É uma questão que está correndo na primeira instância e não tenho posição sobre isso", disse.

. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parceiros da AS ameaçam o Brasil com calote de US$ 5 bi

A decisão dos governos de Venezuela, Bolívia e Paraguai de realizar auditorias em suas dívidas externas, a exemplo do Equador, transformou o Brasil em alvo político e financeiro na América do Sul, revela José Casado.

. O BNDES acumula mais de US$ 5 bilhões em empréstimos concedidos principalmente a esses quatro países, como parte da política de financiamento estatal às exportações de bens e serviços de engenharia.

. Após auditoria nos contratos com o Brasil, o governo equatoriano anunciou o calote na dívida com o BNDES, a Venezuela formou uma comissão de auditoria e o Paraguai fez outra. “Isso tudo tem cheiro de desastre”, disse um assessor da Presidência.

PF investiga marqueteiro de Lula por movimentação suspeita

João Santana, o marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é investigado desde 2006 pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal por movimentações financeiras suspeitas durante a campanha eleitoral de 2004. Transações entre a Santana & Associados Marketing e Propaganda Ltda., o PT e a NDEC (Núcleo de Desenvolvimento Estratégico de Comunicação), uma produtora de vídeo envolvida em escândalos com governos petistas desde 2003, estão sendo esmiuçadas na Bahia, sob segredo de Justiça.

. As investigações começaram após a comunicação feita pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que registrou em seu relatório "movimentação suspeita" em conta corrente da Santana & Associados. O órgão detectou o recebimento de R$ 950 mil do PT e R$ 600 mil da NDEC - em dois pagamentos, de R$ 300 mil -, em setembro e outubro de 2004, véspera do primeiro e segundo turnos das eleições.

. As transações deram origem ao inquérito policial número 326/2006 para apurar crime de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos ou valores. Um laudo pericial feito pela PF, que faz parte do inquérito, é considerado peça fundamental para a defesa da Santana & Associados para provar que os recebimentos decorreram de serviços legalmente prestados a três campanhas eleitorais naquele ano e que tudo foi registrado contabilmente e informado à Receita Federal.

. Enquanto não for concluído o inquérito, no entanto, a procuradoria considera que a empresa de Santana, o PT e a NDEC podem ter se envolvido em uma triangulação financeira para ocultar a movimentação de dinheiro não-declarado na campanha eleitoral de 2004. A investigação, ainda não relatada pela PF, pode virar uma denúncia criminal do Ministério Público Federal ou ser arquivada.

CUT, campeã de lobby no governo federal, pede “regulamentação da atividade

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Arthur Henrique Santos, vê com naturalidade o fato de a entidade encabeçar a lista das campeãs do lobby na administração pública federal. Diz que isso é conseqüência da representatividade da CUT, que representa 85% das entidades de servidores públicos no Brasil.

. "Sem essa relação com o poder público não teríamos espaço para defender os interesses dos trabalhadores da área pública e privada que representamos", disse ele, que defende a regulamentação da atividade de lobby.

. Como porta-voz da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Viveiros disse que a atuação da entidade é transparente e baseada em estudos técnicos.

. Diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria, José Augusto Fernandes diz que a presença de membro da entidade na interlocução com a administração pública resulta de um programa de ação que busca sensibilizar o governo para o desenvolvimento do setor.
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