É ensurdecedor o silêncio obsequioso a que se dedicam desde sexta-feira as principais lideranças políica, sociais e culturais gaúchas diante do escândalo produzido pela inédita, criminosa, anti-ética e imoral gravação de diálogos privados por parte do vice-governador Paulo Feijó.
. Chegou a hora de falar.
. A gravação traiçoeira, como os grampos, os dossiês e as calúnias, são armas incivilizadas, ilegais e intoleráveis de ação política. Não fazem parte das tradições políticas do RS, conspurcam e reduzem a um velhacouto as melhores práticas de convivência civilizada e destemida que formaram as bases da vida gaúcha, onde os contrários sempre se enfrentaram de frente e nunca aceitaram o ataque pelas costas.
. Neste domingo, no RS, políticos e jornalistas já não tinham mais certeza a respeito da privacidade no uso dos seus telefones. Isto é só o prenúncio do fascismo guasca que Feijó incentivou e que o PT trata de aproveitar para reforçar suas práticas golpistas, bem expressa na consigna autoritária do "Fora Yeda", quando jamais cunhou a bandeira "Fora Lula", mesmo nos piores momentos do Mensalão.
. Muitos gaúchos e brasileiros que acompanham o que acontece aqui, começaram a falar e a entender o que está em jogo no Estado.
A seguir, a manifestação de um gaúcho que vê tudo isto de longe, do Rio:
"Políbio, nessa hora em que todos se escondem como avestruzes, se quiseres, podes publicar observação minha. Espero estar ajudando a ti e a outros, que procuram não consagrar a caça às bruxas, a qualquer custo, e de qualquer jeito. Do Rio de Janeiro acompanho, estarrecido, as notícias sobre a política do Rio Grande. Afora a gravidade dos assuntos, chama a atenção a ação detetivesca, realizada à socapa,com métodos estranhos às nossas melhores tradições políticas. Após o flerte com o atraso quase albanês que enxotou investimentos, que todos os Santos de nossas Missões protejamo Rio Grande dos exotismos e dos métodos da extrema direita. Um abraço, Gustavo Grisa - economista"
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