Opinião - Morreu o último esquerdista que valia a pena ler quando não falava sobre suas fantasias políticas

Roberto Rachewsky, Porto Alegre, é escritor. Este material é do seu Instagram.

Pois é. Morreu Veríssimo. O último esquerdista empedernido que valia a pena ler quando escrevia sobre a vida real e não sobre suas fantasias politicas. Veríssimo deveria usar seu nome verdadeiro quando escrevia crônicas tragicômicas sobre o cotidiano do homem comum. Quando resolvia fazer proselitismo promovendo, inacreditavelmente, a ideologia marxista, deveria usar o pseudônimo Falsíssimo. 

Caladão, bonachão, meio antissocial, nos deixava falando sozinho. Talvez seu jeito de responder quando percebia a falta de argumentos racionais fosse com o som do silêncio, como eternizado por Simon & Gurfunkel.

Tive a oportunidade de conversar com Veríssimo duas vezes. A que interessa ocorreu na casa da Dna. Lydia Ling. Tentei encerrar uma discussão sobre desigualdade social e igualdade de oportunidades usando de exemplo o dicionário. 

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