Nesta reportagem do site nsc total, de Florianópolis, fica claro que a pressa moderna não combina com quem já viveu mais. O que diz a matéria: "E é justamente essa incompatibilidade que alimenta um dos preconceitos mais ignorados: o etarismo, como aponta o médico Drauzio Varella. Para ele, o incômodo com o idoso vem da nossa dificuldade em aceitar a passagem do tempo. “Eles andam devagar, falam devagar — e isso nos incomoda”, resume o médico em um vídeo de seu canal no Youtube. O que parece apenas falta de paciência esconde uma intolerância real com quem envelheceu e agora é visto como estorvo em uma sociedade que valoriza apenas o desempenho".
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kkkkkkkkk... tratam os idosos como se nunca fossem ser um deles.
ResponderExcluirGente burra...
Imagina, da forma que vejo os jovens de hoje em dia, não valem nada. Gente medíocre, ignorante.
ResponderExcluirÉ uma situação muito triste. O pior é que os idosos, sedentos por convívio social, se refugiam no Parcão, nas micaretas da terceira idade da extrema-direita, para "defender as consignas"!
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ResponderExcluirhttps://www.nsctotal.com.br/noticias/drauzio-varella-aponta-o-habito-inofensivo-que-esta-excluindo-os-mais-velhos-da-sociedade
Drauzio Varella aponta o hábito ‘inofensivo’ que está excluindo os mais velhos da sociedade.
Atitudes impacientes revelam como a sociedade trata mal quem envelhece
16/08/2025 - 08:38 - Atualizada em: 17/08/2025 - 09:39
Agência Hora
agenciahora@nsc.com.br
A pressa moderna não combina com quem já viveu mais. E é justamente essa incompatibilidade que alimenta um dos preconceitos mais ignorados: o etarismo, como aponta o médico Drauzio Varella.
Para ele, o incômodo com o idoso vem da nossa dificuldade em aceitar a passagem do tempo. “Eles andam devagar, falam devagar — e isso nos incomoda”, resume o médico em um vídeo de seu canal no Youtube.
O que parece apenas falta de paciência esconde uma intolerância real com quem envelheceu e agora é visto como estorvo em uma sociedade que valoriza apenas o desempenho.
Vídeo (YouTube) "Etarismo: por que ainda tratamos os idosos com impaciência?", link:
https://www.youtube.com/watch?v=b0ekjpqvo_s
O preconceito está nos detalhes
Etarismo não é algo gritante. Ele acontece em pequenos gestos: cortar uma fala, suspirar com impaciência, ignorar. E tudo isso vai minando o espaço social dos idosos sem que percebamos.
“É impressionante como nós temos pouca paciência com os mais velhos”, afirma Drauzio. Essa impaciência cotidiana virou regra, e o pior: é aceita como natural pela maioria das pessoas.
O resultado é um ambiente onde o idoso precisa se adaptar ou se esconder. Não há espaço para desacelerar, refletir ou simplesmente ocupar o tempo com o próprio ritmo.
Exclusão disfarçada de eficiência
“Você anda devagar na rua e o outro já buzinou atrás. Virou um incômodo”, critica Drauzio. O mundo não está mais preparado para quem caminha fora do ritmo da pressa coletiva.
Essa lógica é cruel porque desumaniza. Deixa de ver o idoso como pessoa para tratá-lo como obstáculo. Como se sua presença prejudicasse o andamento da vida dos outros.
Jorge Félix, pesquisador sobre envelhecimento, complementa no vídeo: “O envelhecimento não é uma doença. Mas o idoso é tratado como um doente desde o momento em que envelhece.” Um rótulo que impacta inclusive o acesso à saúde.
Fingimos que nunca vamos envelhecer
Para Drauzio, existe um medo coletivo de envelhecer. E esse medo se transforma em desprezo por quem já chegou lá. “Os jovens acham que não vão envelhecer. Mas vão”, afirma.
Esse tipo de pensamento cria distância entre gerações e alimenta o ciclo do preconceito. Ignoramos os idosos para não confrontar o próprio futuro e, com isso, normalizamos a exclusão.
A rejeição ao idoso é uma recusa simbólica ao tempo. E isso compromete a possibilidade de construir uma sociedade mais acolhedora, mais justa e preparada para o envelhecimento populacional.
Aprender a respeitar o tempo dos outros
Drauzio é direto: “Vamos ter que nos preparar para viver numa sociedade mais velha.” Os dados mostram que o Brasil está envelhecendo, mas as atitudes ainda parecem presas ao passado.
Incluir os mais velhos exige mudar o olhar. Isso envolve escutar mais, julgar menos e entender que a vivência acumulada é uma riqueza, e não um peso.
Valorizar o idoso é, acima de tudo, valorizar a própria humanidade. Porque envelhecer é um privilégio. E a forma como tratamos os outros agora define como seremos tratados depois.