Viajei. Fiquei longe de casa por seis semanas. Voltei: o vizinho da frente mutilou seis árvores.
Transformou minhas janelas pintadas com o céu colorido das estações em um deserto azul de ventos e nuvens irreconhecíveis. Podou tudo.
Tudo ele pode. O terreno é dele; as árvores são dele, os galhos e as folhas eram dele. Só a vista e os sonhos eram meus.
As folhas mudavam de cor denunciando a passagem do tempo e embalavam meus textos: as do alto anunciavam chuvas, as do meio dançavam ao sabor dos ventos e as de baixo se deixavam tocar. Em dias de sol…
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Pao e circo, editor? O Bolsonaro com tornozeleira, STF impondo medidas cautelares, Flavio fugindo pra Europa e tu postando crônicas.
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ResponderExcluirO que é o politicamente correto? Nunca foi sobre "o quê" falar; mas, sim, sobre "quem" pode falar... Veja o vídeo:
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Afinal, no Brasil, se alguém for rico e não for político, é suspeito por definição.
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Terror, fuzilamento e fome: toda utopia tem seu campo de extermínio real ou metafórico.
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Isso é revelador. Traduz uma nova teologia política: a identidade como batismo secular. Uma espécie de sacramento negativo, que imuniza o sujeito de toda culpa.
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