O autor é editor do Blog do Puggina.
Não é preciso que me digam. Há uma esquerda que não sofre dos mesmos males que afetam o esquerdismo brasileiro produzindo sequelas institucionais, econômicas e sociais gravíssimas. Existe uma esquerda diferente, sim, mas no Brasil ela é como certas espécies raras da nossa fauna: difícil de achar. A que mais se tem por aí herdou os resquícios do comunismo clássico, ainda vigente no Leste Europeu à época da fundação do PT em 1980. Naqueles momentos iniciais, o partido incorporou a maior parte da intelectualidade comunista e da militância na luta armada beneficiadas pela anistia. Eram trotskista em muitos casos, stalinista noutros.
Foi por esse DNA que, dez anos tarde, quando os governos comunistas europeus foram obrigados a se apear ou foram jogados para fora do lombo das sociedades que tinham como montaria, o partido e seus congêneres na América Latina criaram o Foro de São Paulo em iniciativa de Lula e Fidel Castro.
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Análise perfeita, caro PUGGINA.
ResponderExcluirCaro senhor Percival, aqui na América Latina faz tempo que não se usa a palavra comunista. Eles são, por escolha própria, denominados bolivarianos. Óbvio que é um eufemismo, pois é a mesma coisa. Mas é assim que eles se auto denominam.
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