A vida como ela foi - O segredo do croquete perfeito, por Fernando Albrecht

A foto é de Ricardo Stricher.

Fernando Allvrecht é jornalista do Jornal do Comércio, Porto Alegre. Ele assina a página 3 do diário. Neste seu artigo, "A vida como ela foi", ele conta história vivida na Capital. Vale a pena ler:

O causo que se segue quem despejou nos ouvidos do jornalista Paulo Burd contou foi Jorge Carlos Magalhães, o Magu. Uma turma de jornalistas costumava se reunir num boteco no Centro de Porto Alegre para beber e, como tira-gosto, um croquete com um tempero incrível. Um toque perfeito de sal. A turma sempre perguntava pro bodegueiro qual o tempero, queriam cumprimentar a cozinheira. O bodegueiro desconversava, dizia que o segredo era a alma do negócio e não deixava ninguém entrar na cozinha.

Até que num dia alguém do grupo fez uma sórdida manobra para desviar a atenção do dono do botequim e invadiu a cozinha para descobrir o segredo do tempero do croquete. Fazia um calor dos demônios. E, numa imensa frigideira, estavam os croquetes. À frente, um negro enorme, suando às bicas, e com um braço só. Com a mão restante tirava um punhado de carne de uma bacia, enrolava na pança suada e atirava no óleo fervente.

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Um comentário:

  1. Croquete perfeito era o do Chalé da Praça Quinze, nos aos 1960/70.
    Com um chop gelado.

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