Abri a janela, e o vento, velho rabugento, espalhou as folhas pelo chão.
Reparei no vaso, pelo acaso, a vida teimosa; na terra dura, rachada, o broto das frases nascendo:
– E Deus fez as flores, ainda sem nomes, no terceiro dia da criação.
– Essa é uma begônia. Valente. Tadinha, seca de dar pena. Parece a gente.
Constrangido, molhei a plantinha e escrevi dor. Fui embora. Fui pra casa, fui deitar.
Hoje, alegre de só ver, trouxe um pequeno regador. A vida, na janela, tem o rosa da minha flor.
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Vitor Bertini/ https://ahistoriadasexta.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com/ bertini.vitor@gmail.com
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