Opinião do editor - Pobre PSDB, nem seu sistema eletrônico de votação nas prévias resiste a um bom hacker

O PSDB experimenta o veneno da traição que praticou na CCJ da Câmara, quando seus deputados traíram posições históricas de seus líderes e votaram contra o voto auditável, porque o sistema de votação eletrônica que quer aplicar nas prévias de domingo demonstraram vulnerabilidade extrema e foi até fraudado ao vivo e a cores.

A crise surgiu numa reunião no início da semana, quando viralizou um vídeo nas redes tucanas em que um vereador ensina como fraudar o sistema de votação pelo aplicativo. Na gravação, o parlamentar se passa por outra pessoa e sua participação é validada. Sob o impacto do vídeo, aliados de Eduardo Leite, que sempre foram a favor do software, se mostraram surpresos com a fragilidade do sistema e pediram o adiamento da disputa.

Em nota publicada na terça-feira 16, o PSDB informou que as falhas que aparecem no vídeo do vereador já foram corrigidas e que o sistema agora tem não só a dupla verificação via mensagem SMS, mas também um Itoken (um código gerado para cada participante), o que aumentaria a segurança. A sigla admite que o sistema ainda tem riscos, porém ressalta que eles são “menores do que uma votação em cédula de papel”.