A PENA, por Vitor Bertini.

A PENA, por Vitor Bertini.

Chegou flanando, silencioso, e pousou ao meu lado. Pousado, ficou quieto um tempo. Depois, alternando os olhos, catou algumas migalhas, disse algumas coisas e ficou me encarando - até ir embora. Ainda sou capaz de sentir no rosto a lufada de ar com pó e de ouvir o barulho surdo de suas asas enormes. 

Acompanhei sua trajetória em direção aos céus até o momento em que ele, revirando o pescoço, voltou a me olhar. Levantei do banco, juntei a pena que caíra, baixei a cabeça pensando na desproporcionalidade entre o tamanho de seu corpo e a envergadura de suas asas e, atrasado, segui meu caminho. Pensava também no fato de ter ouvido um pássaro falar.

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