Familiar de Zé Otávio diz que ele está muito doente. Ele pede compreensão e moderação diante do escândalo dos travestis

Esta foto de Gaúcha/H mostra brigadianos diante do edifício onde mora o deputado. Eles conseguiram afastar os travestis, depois que o deputado pagou R$ 2,5 mil que supostamente devia à dupla que tinha chamado pouco antes.

Embora a mídia tradicional gaúcha esteja ignorando ou tratando com extremo cuidado o escândalo causado por dois travestis na sexta-feira de manhã em Porto Alegre, quando escracharam em altos brados o deputado Zé Otávio Germano, recolhido na seu apartamento da rua das Palmeiras, o caso viralizou nas redes sociais.

O jornalista que mais fundo foi na cobertura foi Vitor Vieira, no seu blog Vide Versus. Vitor não apenas replicou reportagem publicada pelo site e pelo jornal Zero Hora, como divulgou vídeo feito por um dos vizinhos do deputado, mostrando dois travestis diante do prédio, cobrando em altos brados uma dívida por serviços prestados e não quitados.

Um escândalo pessoal inédito na história política do RS.

Esta tarde, o jornalista Farid Germano Filho, primo do deputado, foi o primeiro familiar a tocar no assunto, contrariado com cobranças que lhe fazem por WhatsApp. Ele pediu compreensão e moderação diante da tragédia pessoal de Zé Otávio, que segundo Farid "está muito doente e precisa ser internado para tratamento", o que parece evidente pela extensa narrativa que fez sobre o caso o jornal Zero Hora. Ele reconhece que cada um é responsável pelas escolhas que faz, mas que "a família, sobretudo a mãe, sofre muito", contou o jornalista. E não se trata apenas do escândalo dos travestis, mas também do indiciamento do deputado em casos como os da Operação Rodin e da Operação Lava jato. Neste caso, os próprios bens de Zé Otávio foram bloqueados.