Embu das Artes tem duas faces – ou duas almas, não sei. A primeira é a de ima cidade do interior, típica da primeira expansão paulista, com sua praça central, sua igreja centenária e suas ruas herdadas das estradas abertas pelos jesuítas e outros exploradores. A outraéa de um atípica periferia metropolitana, com dezenas de bairros dormitório, mais ou menos sob controle de empreendedores da ilegalidade e do clientelismo político “de esquerda”. Separando as duas faces, que tentam ignorar-se sem sucesso, um alonga cicatriza corta de leste a oeste: a Rodovia Régis Bittencourt, ou “a BR”, também conhecida por seu trecho na Serra do Cafezal como rodovia da morte, testemunha viva da incapacidade da Federação de atuar com um mínimo de decência em São Paulo desde os anos 30 do século passado.
Subitamente, como um raio em céu já bastante anuviado, Embu das Artes tornou-se, no palavrório repetitivo dos produtores de notícias, o símbolo perfeito da situação de pré-falência do País.
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