A charge é de André Mello, O Globo.
Andei por Salvador visitando mosteiros, templos e terreiros para um programa de tevê. Encontrei o carnaval duas vezes, em Ondina e no Rio Vermelho. Entrei na multidão para documentá-lo, mas não podia deixar de refletir. Não sou especialista em carnaval, nem mesmo fui um observador atento da festa nos últimos anos. Meditei um pouco sobre ele não no sentido que os budistas dão à meditação: um processo que esvazia a mente. Aliás, tenho dificuldade de alcançar esse estado de concentração e o mais perto que consigo chegar dele é quando estou boiando de costas. Meditação no meu caso é dar voltas sobre o tema.
Os entendidos dizem que o carnaval libera sentimentos reprimidos durante o ano de trabalho. Pensei: mas o que falta mais ser liberado? Na medida em que os costumes tornam-se mais ousados, o que restará aos foliões nos dias de festa?
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Na verdade "mosteiros, templos e terreiros" mudam tanto o mundo como esta alienação do carnaval em território de guerra. Dois mil anos e vender tudo e dar aos pobres continua a não fazer o mínimo sentido.
ResponderExcluirPois é! Eis Fernando Gabeira: um homem convicto e honesto em suas opiniões. Difícil de encontrar nos dias de hoje.
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