O próprio Emilio Odebrecht, patriarca do grupo que controla a Braskem (no RS, a Braskem é dona do Polo de Triumnfo) contou na delação premiada que Dilma Roussef, então ministra de Minas e Energia, participou da decisão de Lula de impedir a estatização do setor petroquímico, cortar os passos da Petrobrás na área e dar tudo de mão beijada para os baianos.
Lula firmou um compromisso de governo com Emílio, durante a
sua campanha, de não estatizar o setor petroquímico, mas que parte dos
ministros do seu primeiro mandato e da diretoria da Petrobras vinham boicotando
o projeto. Odebrecht diz que pediu uma reunião com Lula e com os ministros da
Fazenda e de Minas e Energia para falar do projeto - na época Antônio Palocci e
Dilma Rousseff. Ele queria ter "uma discussão definitiva" sobre o
assunto.
"Ele aceitou e convocou essa reunião. (...) Nós
preparamos um material de exposição e apresentamos tudo nessa reunião, e
mostramos exatamente a todos, que os estudo da Petrobras era de estatizante
nisso, nisso, nisso, naquilo e o que nós queríamos como investidores, pra gente
saber se continuava ou não investindo no setor, (era saber) qual a posição do
governo, já que o governo já tinha se posicionado que não haveria a
reestatização do setor", disse Odebrecht.
"Houve uma série de discussões e o presidente tomou
uma atitude.
- Olha, a posição do governo é esta, e encarregou a Dilma ou o
Palocci, não me lembro bem qual foi que ele deu maior ascendência, para que
fizesse com que a Petrobras, via o Dutra ( José Eduardo Dutra, ex-presidente da
Petrobras,) e sua diretoria, realmente procedesse dessa forma daí pra frente.
Então essa reunião foi quase que um freio de arrumação (no setor)
Odebrecht relata que o tema da reestatização
"morreu" após essa reunião. Nos anos seguintes, a Braskem avançou no
setor petroquímico e fez 10 aquisições de empresas em 10 anos.
CLIQUE AQUI para ler com atenção toda a reportagem, que édo G1.Há também videos com falas dos delatores. É a história de como o PT traiu a classe operária, os trabalhadores da Petrobrás, entregando tudo para a Braskem em troca de dinheiro sujo para campanhas e para seus dirigentes.