Marchezan Júnior ainda não cumpriu sua promessa de cortar 30% dos CCs porque quer lotear os cargos com os vereadores e compor maioria na Câmara. Ele também mantém gente em escalões importantes da prefeitura, ligados ao PMDB.
Com base nas votações de ontem na Câmara de Vereadores, o editor chegou à constatação de que dos 36 vereadores de Porto Alegre, apenas 11 formam a base de
sustentação da prefeitura (PSDB, PP, PTB, SD e Novo), mas apenas três votaram fechado com o prefeito em todos os casos:Janta (Solidariedade), Ramiro Rosário (PSDB) e Moisés Barboza. Outros sete militam na
oposição (PT, PSOL). Siglas como DEM, PSD, PRB e PR, que à primeira vista
teriam inclinação a votar com o governo, somam mais seis vereadores. Isso daria
a Marchezan 17 votos. Nessa conta, o apoio de pelo menos dois dos vereadores do
PMDB seria fundamental para consolidar maioria de 19 parlamentares.
Os dois vereadores mais inclinados no apoio ao governo tucano são Valter Nagelstein e Mendes Ribeiro. O problema do PMDB é justificar a razão pela qual faria a adesão, já que na oposição elegeu a maior bancada e fez 40% dos votos para prefeito. Só motivos fisiológicos justificariam a adesão.
O cenário neste momento é o seguinte:
- Situação: 11 vereadores (PSDB, PP, PTB, SDD e Novo)
- Independentes: 17 vereadores, puxados pelo PMDB (apenas Nagelstein ainda não aderiu), no caso PMDB, PDT, DEM, PSB, PRB, Pros, Rede e PS (PR está em cima do muro).
- Oposição: 7 vereadores do PT e PSOL.