PGR se reúne com integrantes da Lava Jato em Brasília

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recebeu nesta segunda-feira em Brasília integrantes da força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato que atuam em Curitiba. Na reunião, o chefe da equipe, procurador Deltan Dallagnol, apresentou um balanço dos três anos da operação, que realizou 150 acordos de delação premiada de investigados que tiveram participação nos desvios de recursos da Petrobras.

De acordo com o último levantamento feito pela PGR, o trabalho da força-tarefa resultou 1,7 mil procedimentos de investigação abertos, 877 buscas e apreensões, 221 conduções coercitivas, 97 prisões temporárias e seis em flagrante. Os dados abrangem março de 2014 e agosto de 2017. A partir das investigações foram proferidas 165 condenações contra 107 pessoas, totalizando 1.634 anos e sete meses de prisão.

Os crimes investigados envolvem R$ 6,4 bilhões em pagamento de propina. R$ 10,3 bilhões desviados da estatal e de outros órgãos públicos envolvidos nos desvios foram recuperados.

3 comentários:

  1. TCU ESCONDE FARRA DAS VIAGENS COM ATOS SECRETOS

    Brasil 09.10.17 14:42 - O Antagonista

    O Antagonista apurou que ministros do TCU adotam atos secretos para esconder o quanto recebem em diárias e, assim, descumprir o determinado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

    A LDO proíbe a compra de passagens em classe executiva ou primeira classe e limita as diárias nacionais a 700 reais. No entanto, os valores dos pagamentos de diárias nacionais ou internacionais dos ministros não são mais publicados em lugar nenhum. Antes constavam no boletim interno do tribunal, como os demais atos relativos aos servidores e procuradores.
    O resultado é uma farra sem precedentes, mesmo para o histórico do TCU.

    Como existem ministros-substitutos, os titulares só querem saber de viajar, de preferência para o exterior.

    Com a farra correndo solta, tem até auditor procurando evento em Las Vegas e na Flórida.

    Ninguém controla as contas do Tribunal de Contas da União.

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  2. Merval Pereira foi o palestrante mais bem pago pelo Senac-RJ, suspeito de irregularidades que podem levá-lo à intervenção:

    Kiko Nogueira - 9 out 2017 - DCM

    Merval: R$ 25 mil por palestra para o Senac

    A notícia é do Intercept.

    Uma auditoria no Senac do Rio de Janeiro apontou diversas irregularidades na gestão de Orlando Diniz, amigo e ex-vizinho do ex-governador Sérgio Cabral, condenado na Lava Jato a 45 anos de prisão.

    (A relação era muito boa. A governanta de Sérgio Cabral, Sônia Baptista contou em depoimento à Justiça Federal que os gastos pessoais do ex-governador que ficavam sob sua responsabilidade giravam em torno de R$ 120 mil a R$ 150 mil por mês. Sônia era lotada no Senac, mas não aparecia para trabalhar: “Era como se eu estivesse cedida”.)

    O documento, diz o Intercept, está sendo analisado pelo Conselho Fiscal do Senac Nacional. Se tudo for comprovado, pode ser pedida intervenção na entidade.

    O Senac já demitiu mais de mil pessoas entre janeiro e maio. No ano passado, o orçamento era de mais de 450 milhões de reais.

    O dinheiro, escrevem os repórteres George Marques e Ruben Berta, é advindo de contribuições parafiscais, porcentagem obrigatória que as empresas têm que recolher em suas folhas de pagamento. Basicamente recursos públicos, portanto.

    Não há transparência nos gastos, como manda a lei: “Não foram disponibilizadas, por exemplo, prestações de contas de dez contratos de patrocínio realizados em 2016, que somaram quase R$ 9 milhões, envolvendo as empresas Open Brasil, Backstage Empreendimentos, CE Produções e Eventos, Infoglobo (responsável pelos jornais ‘O Globo e ‘Extra’), além da Fundação Roberto Marinho”.

    Um das principais fontes de custos era com palestras, especialmente de profissionais da Globo. Em 2016, R$ 2,979 milhões foram desembolsados para jornalistas, colunistas e comentaristas.

    “Verificamos que a ligação dos prestadores de serviços com as Organizações Globo é uma das características singulares apresentadas com vistas a justificar a não observância do dever de licitar”, lê-se no relatório.

    Quem mais lucrou com essas conferências foi Merval Pereira. Sua participação num colóquio chamado “Mapa do Comércio” valeu R$ 375 mil. Notas fiscais que o Intercept obteve mostram que Merval faturou R$ 25 mil por palestra — sem licitação.

    O tema era “Perspectivas para o Brasil”, uma “análise prospectiva sobre o que o Governo Dilma pode fazer para evitar o impeachment no Congresso e avaliação do que seria um novo governo de união nacional com a derrubada da presidente e a chegada de Michel Temer”.

    Merval é crítico contumaz das palestras de Lula. Em julho, defendeu que o ex-presidente “precisa explicar” a renda oriunda delas.

    “Lula tinha toda condição de ser milionário, diante do preço que cobrava pelas palestras que diz ter feito a partir de 2010”, diz.

    “A explicação fica complicada porque um dos diretores da Odebrecht afirmou ter sido preparado um esquema, com as palestras, para que o ex-presidente tivesse uma boa aposentadoria”.

    Em abril, Merval lembrou que “os negócios pessoais de Lula se confundiam com as decisões do governo”.

    Para Merval, as palestras serviam para compensar “os favores que Lula fez para a empreiteira [Odebrecht] nos anos em que foi presidente.”

    Esse raciocínio vale para as organizações Globo, o Senac e o próprio Merval? O solerte colunista nunca soube de nada sobre seu contratante? Nunca lhe interessou saber?

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  3. Onde está esse dinheiro? Deve voltar aos cofres públicos.

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