Renan Calheiros virou réu por peculato. STF decidiu processar o senador por 8 votos contra 3.

Mônica Veloso, ex-amante de Renan, é o pivô do caso. Renan usou dinheiro público e de propinas da empreiteira para pagar cama, comida, luxo e pensão para a filha que deixou do relacionamento.


Embora a sessão ainda prossiga, já existem votos suficientes para a admissibilidade do processo movido pela PGR contra o senador Renan Calheiros por crime de peculato.

Renan é réu e agora será julgado pelo STF.

É possível que mesmo se tornando réu, o presidente do Senado não seja punido por prescrição dos crimes, já que a pena para o crime de peculato vai até o máximo de oito anos e o processo já se arrasta por nove anos.

Edson Fachin, relator do processo no STF, votou pelo recebimento da denúncia pela prática de peculato (desvio de dinheiro público), mas rejeitou a de falsidadedeológica e uso de documento falso.

Outros cinco ministros, formando a maioria de seis, também votaram pela admissibilidade do crime de peculato.

O que pesa contra Renan

A investigação contra o presidente do Senado começou em 2007, mas só em 2013 a denúncia foi oferecida pela PGR ao Supremo. Nesse caso, Renan é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.

Em troca, despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal e teve uma filha, teriam sido pagas pela empresa, entre elas a pensão a alimentícia da menina.

O peemedebista também é acusado de ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. A defesa de Renan nega as acusações.