O título original do artigo é "Um estranho no ninho".
Ex-ministro esbarrou em interesses políticos. A demissão
do advogado-geral da União (AGU) Fábio Medina Osório pode ser explicada pela
disputa de poder — num governo que começa a se estruturar com base num núcleo
político de líderes do PMDB — e, por outro lado, pela necessidade de trabalhar
em equipe sem perder a autonomia.
Não há dúvida de que o estilo impetuoso de Medina Osório
e sua ambição política deixaram espaço para intrigas e mal-entendidos, mas o
fato de não ter ligações políticas sólidas dentro do partido que assumiu o
governo deixou-o isolado na sua posição firme de combate à corrupção fora do,
digamos assim, modelo concebido pelo núcleo duro do Palácio do Planalto,
especialmente o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, quem lhe deu o
aval para a nomeação.
Desde o início Medina Osório parecia um estranho no
ninho. Perdeu o status de ministro sem que fosse comunicado antes; foi acusado
de ter tomado indevidamente um avião da FAB para ir a Curitiba; ou de ter sido
displicente no episódio da primeira destituição do presidente da Empresa
Brasileira de Comunicação, que acabou revertida pelo Supremo.
Na verdade estava sendo fritado por uma intriga política
que ele atribuiu na época ao secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil,
Gustavo do Vale Rocha, afilhado de Eduardo Cunha, advogado do PMDB há longos
anos e da confiança do próprio presidente Michel Temer.
Sua luta para montar uma equipe própria acabou gerando
atritos dentro da AGU, e ele foi boicotado internamente, inclusive pela
funcionária nomeada para o seu lugar, Grace Mendonça, que comicamente alegou a
falta de um HD para não copiar documentos requisitados por Medina Osório ao
STF.
CLIQUE AQUI para ler mais.
O Quadrilha exonerou o ministro Medina por esse combater os corruptos.
ResponderExcluirFim da lavajato.
Ou, melhor a lavajato só vai pegar alguns escolhidos. A nova quadrilha que alojou-se no Planalto está se blindando.
Tudo bem mas pergunto; como a moeda tem dois lados só estamos vendo um lado só. Será que o dito cidadão não meteu os pés pelas mãos? Só por ser gaúcho não significa ser o maioral. Cade o outro lado desta história.
ResponderExcluirJoel
Saiu agora no O Globo;
ResponderExcluirhttp://oglobo.globo.com/brasil/demitido-por-temer-osorio-enviou-dilma-pareceres-negando-pedaladas-20084385
Quer dizer que nega as pedaladas da Dilma? Fala sério.
Não acho que o Fábio Medina Osório enviou pareceres negando as pedaladas fiscais.
ResponderExcluirPela matéria, o que ele fez, junto do Ricardo Lodi, foi autorizar o acesso a documentos do Governo do período em que ela foi Presidente, além de solicitar laudos de técnicos do TCU. Mas isso não significa, em hipótese alguma, que ele, FÁBIO MEDINA OSÓRIO, na qualidade de AGU, elaborou os pareceres e com eles concordou.
Como dizia o TIM MAIA, "uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa."
A defesa de Dilma poderia muito bem requisitar tais documentos e laudos técnicos diretamente no processo de impeachment, mas, o Lodi, sabendo que o FÁBIO foi promotor de carreira e tem conhecimento do contraditório e da ampla defesa, postulou tais documentos, sem necessidade do pedido no processo.
Acho que o Governo soltou isso para fritar o FÁBIO. Como essa gente do PMDB é insuportável!
Muito bem falado.
ResponderExcluirMedina era estranho no ninho.Comportou-se como se fosse do PT.
E mais:Arrogância não bota a mesa.Ele foi bem "gaúcho'.
O cara "se achou muito".
Se foi demitido, é porque é muito HONESTO para a função. A unica diferença do PT para PMDB, PSDB é alguns outros, é que o primeiro é mais rápido e menos escrupuloso para roubar.
ResponderExcluir