Receita flagrou aluguéis pagos por Gabas por mansão de filha de ex-presidente da Previ e ex-nora do senador Raimundo Lira

Documento produzido pela Receita Federal no âmbito da Operação Custo Brasil – que apura desvios de mais de R$ 100 milhões nos empréstimos consignados de servidores federais – revela que o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas pagou R$ 46,8 mil para a filha do ex-presidente da Previ (fundo de pensão dos servidores do Banco do Brasil), Vanessa Bilacchi, ex-nora do senador Raimundo Lira, o presidente da Comissão Especial do Impeachment,  pelo aluguel da mansão em que ele mora, em Brasília.

Carlos Gabas é dono da Harley que dava caronas a Dilma nos seus passeios por Brasília. Na semana passada, ele prestou depoimento na PF sob condução coercitiva.

A reportagem é de Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Júlia Affonso, Estadão de hoje. Leia tudo:

Com mais de 450 metros quadrados de área construída, num amplo terreno no Lago Norte da capital federal, Gabas mora no imóvel desde 2006, segundo documento da Receita. São quatro suítes e duas dependências de empregados, piscina, minicampo e canil.

“Foi declarado pagamento de aluguel de imóvel no valor de R$ 36,8 mil para Rodolfo Figueiredo Lira, filho do senador Rodolfo (sic) Lira e ex-marido de Vanessa Bilacchi”, informa relatório documento da Receita. O pai de Rodolfo Figueiredo Lira é o senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, presidente da Comissão de Impeachment da presidente Dilma. “Vanessa é filha de Jair Bilacchi, ex-presidente do fundo de pensão Previ.”

O documento da Receita anexado nos autos da Custo Brasil aponta ainda que, no ano-calendário 2013 (base 2012), Gabas declarou ter pago aluguéis para “Vanessa e para Rodolfo no valor de R$ 44 mil e, no ano seguinte, outros R$ 46,8 mil somente para Vanessa”.

Conhecido por ter levado a presidente afastada Dilma Rousseff para um passeio na garupa de sua moto Harley Davidson, em 2013, Gabas foi alvo da Operação Custo Brasil. Ele era um dos beneficiários da propina de 70% cobrada da empresa Consist Software, para que ela operasse o sistema via internet de créditos consignados dos servidores federais. Uma esquema que entre 2010 e 2015 desvio mais de R$ 100 milhões, em especial, para o PT e membros do partido.
Além de Gabas, os alvos principais são o ex-ministro do Planejamento e Comunicações Paulo Bernardo, sua mulher a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) – que será investigada outro procedimento – os ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Paulo Ferreira e o ex-secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo, na gestão Fernando Haddad (PT), Valter Correia da Silva.

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4 comentários:

  1. o GABAS não pagou nada, ele usou o dinheiro roubado para pagar, então quem pagou fomos todos nós que fomos surrupiados por eles.

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  2. Eles são filhotes da Dilma e do Lularapio!

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  3. CADE AS ALGEMAS DOS CHEFOES DILMA E LULA

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  4. Por tudo que tenho lido e observado até agora, vai chegar num ponto em que, pela quantidade de políticos envolvidos na Lava Jato, será feito um "grande acordão" em nome da "Governabilidade". Em suma as punições, se houverem, serão brandas ou inexistentes.

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