Com Aristóteles nos aproximamos do ódio pela superfície. Aprendemos que a gente sente raiva no varejo, seja de Sócrates ou de Cálias, mas ódio a gente tem por atacado. O verbo do ódio, miseîn, está no radical do ódio aos gêneros,misandria, misoginia. O ódio não tem afinidades eletivas: quem odeia um gênero de pessoas, um tipo, uma classe (genus, no original aristotélico) odeia indistintamente todos os indivíduos dessa classe.
Na temporalidade, o ódio também se distingue da indignação: a raiva passa, a gente vai se cansando de ter raiva, vai esquecendo, e eventualmente caminha para o esquecimento artificial: o difícil trabalho do perdão, nutrido pelo amor. O ódio não termina enquanto não mata o alvo inocente, aleatório. Em uma página de seu diário, Imre Kertész cunhou a expressão “ódio platônico aos judeus” para definir o antissemitismo, porque mesmo onde não existem judeus existe antissemitismo (Kertész, Imre. Diario de la galera. Tradução de Adam Kovasics. Barcelona: Acantillado, 2004. p. 182).
Todo antissemita cultua o ódio. Está, por assim dizer, acostumado ao ódio. Não tem dificuldade de acionar esse ódio para uma nova classe quando lhe convém.
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O Thalmude é uma bela escola judaica de ódio e despreo aos gentios ou coins (não judeus), mesmo à aqueles que amam os israelitas ou hebreus como eu que tambem sou descendente. Aos que amam a Jesus Cristo o ódio é infinitamente maior.
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