Para discutir em juízo o contrato, governo de SC deposita em juízo parcela mensal da dívida com a União

O governo de Santa Catarina decidiu não depositar a parcela de R$ 89 milhões da dívida com a União que vencia nesta terça-feira. As parcelas do RS são de R$ 280 milhões mensais. 

Para não configurar calote, o governo estadual abriu uma conta específica para aplicar o valor da parcela e está chamando de "depósito administrativo" o expediente. O Estado espera a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STF) sobre o recurso que move contra a União sobre a cobrança de juros sobre juros na dívida.

O governo gaúcho ajuizou ação de igual teor.

Ao contrário do Rio Grande do Sul, no entanto, que por diversas vezes nos últimos meses não depositou o valor da parcela devida à União e teve suas contas bloqueadas, Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina, fez questão de destacar que a medida não acontece por falta de recursos financeiros.

O site da revista Amanhã, Porto Alegre, publica esta explicaç;ão do governador catarinense:

-  Temos o dinheiro para fazer o pagamento mensal da dívida, mas optamos pelo depósito em uma conta própria para mostrar nosso questionamento. Temos tradição de honrar todos os pagamentos, mas essa é uma questão de justiça”, explicou o governador em coletiva de imprensa. A lei aprovada em 2014 para a renegociação das dívidas de Estados prevê o recálculo dos valores utilizando a taxa Selic simples. No entanto, no decreto federal assinado no final do ano passado para regulamentar a aplicação do novo indexador das dívidas dos Estados, a União impõe a cobrança da chamada Selic capitalizada (juros sobre juros). Santa Catarina e Rio Grande do Sul entraram com um mandado de segurança no STJ contestando a medida que, ao invés de facilitar o pagamento, tem aumentado o valor do saldo devedor.

Raimundo Colombo observou que, em 1998, a dívida de Santa Catarina era de R$ 4 bilhões. Até 2015 foram pagos R$ 13 bilhões e, ainda, o Estado estaria devendo, segundo cálculos do governo federal, quase R$ 9 bilhões. “Estamos buscando nosso direito. Hoje, pagamos juros muito altos e a dívida, ao invés de diminuir, só aumenta. A lei que deveria ter entrado em vigor em fevereiro beneficiaria todos os estados com descontos. Mas o decreto federal, feito depois, mudou essa proposta”, observa Colombo. 

5 comentários:

  1. Catarinenses podem de bom tom dizer que tem Governador.

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    1. Tem um cuzão que dos estados do sul foi o único a ir puxar o saco da Dilma contrao impeachment.
      Quanto mais ele bajula esse governo ilegítimo, mais assaltado nós somos, quem mandou reeleger alguém que tem a cara de pau de falar que os professores e médicos devem trabalhar não pelos seus salários mais pela honra de exercer suas profissões.

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  2. Senhor Editor,

    STF é Supremo Tribunal Federal. STJ é Superior Tribunal de Justiça.

    O MS de Santa Catarina foi interposto no STF e veio a não ser conhecido pelo Min. Edson Fachin, sendo que no dia de hoje foi protocolado agravo regimental em face dessa decisão.

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  3. Vejam a diferença entre os valores, quase 200 milhões a mais por mês.
    E o nosso deficit cada vez maior !

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  4. Esse governo federal criminoso do PT está cobrando juros de cheque especial das dívidas dos Estados!
    SEPARATISMO DO SUL JÁ! Judeus de todo o planeta seriam bem vindos!

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