Entrevista, Antonio di Pietro, ex-magistrado dos Mãos Limpas - Moro tem que cumprir o seu dever e pagar as consequências.

Antonio Di Pietro, o homem da Operação Mãos Limpas, falou sobre a Lava Jato para o jornal O Estado de S. Paulo de ontem, estabelecendo comparações surpreendentes entre o que ele fez e o que faz o juiz Sérgio Moro no Brasil.

A operação Mãos Limpas  decapitou a classe política italiana, derrubou um governo e extinguiu os maiores partidos políticos do país. Vinte e três anos mais tarde, o juiz Sergio Moro, autor de um trabalho sobre as Mãos Limpas, segue os passos de Antonio Di Pietro em Curitiba.

Di Pietro dá este conselho a Sérgio Moro:

- Antes de mais nada, exprimo toda a minha solidariedade ao juiz brasileiro que está conduzindo essa investigação. E, infelizmente, devo lhe dizer que, como sempre repete minha irmã: “Faça o seu dever e pague as consequências…”

Sobre as vilanias atuais dos investigados, falou o italiano:

- Aconteceu na Itália e, parece-me, está acontecendo também no Brasil: as pessoas que têm poder, em vez de ajudarem juízes e procuradores a revelar delitos nas altas esferas institucionais, impedem que eles façam o próprio dever, criminalizando-os. Não me sinto no direito de dar conselhos ao juiz brasileiro, porque ele certamente sabe disso melhor do que eu, mas digo uma coisa: a única maneira de levar a cabo uma operação dessas é não se submeter a ninguém, é não abaixar a cabeça para ninguém, assim como ele está fazendo e, espero, possa continuar a fazer.

CLIQUE AQUI para ler tudo. Vale a pena. Leia e passe adiante.

14 comentários:

  1. Vamos ser realistas e deixamos de lado toda essa coisa de heróis e super heróis que só exite na cabeça de americanos.
    Me orgulho de existir um brasileiro como Sérgio Moro no Brasil.
    É muita coragem!!
    Acima de tudo devemos estar juntos ao lado dele.

    ResponderExcluir
  2. VIVAAAAAA O BRASIL VIVAAAAAA SÉRGIO MORO O VERDADEIRO HERÓI BRASILEIRO.

    ResponderExcluir
  3. Vamos comemorar um tribunal que julga de acordo com a opinião pública?

    13/03/2016 - Carlos Eduardo

    “Que teríamos feito sem os juristas alemães?” - Adolf Hitler

    Em 1938, o líder nazista Adolf Hitler foi escolhido o “homem do ano” da revista Time. Antes disso, Hitler figurou na capa de diversas revistas europeias e norte-americanas, no mais das vezes com matérias elogiosas acerca de sua luta contra a corrupção e o comunismo que “ameaçavam os valores ocidentais”. Seus discursos contra a degeneração da política (e do povo) faziam com que as opiniões e ações dos nazistas contassem com amplo apoio da opinião pública, não só na Alemanha. O apelo transformador/moralizador da política e as reformas da economia (adequada aos detentores do poder econômico) fizeram emergir rapidamente um consenso social em favor de Hitler e de suas políticas.

    Diversos estudos apontam que a população alemã (mas, vale insistir, não só a população alemã) apoiava Hitler e demonizava seus opositores, inebriada por matérias jornalísticas e propaganda, conquistada através de imagens e da manipulação de significantes de forte apelo popular (tais como “inimigo”, “corrupção”, “valores tradicionais”, etc.).[1] Em material de repressão aos delitos, os nazistas, também com amplo apoio da opinião pública, defendiam o lema “o punho desce com força”[2] e a relativização/desconsideração de direitos e garantias individuais em nome dos superiores “interesses do povo”.

    A “justiça penal nazista” estabeleceu-se às custas dos direitos e garantias individuais, estas percebidas como obstáculos à eficiência do Estado e ao projeto de purificação das relações sociais e do corpo político empreendida pelo grupo político de Hitler. Aliás, a defesa da “lei e da ordem”, “da disciplina e da moral” eram elementos retóricos presentes em diversos discursos e passaram a integrar a mitologia nazista. Com o apoio da maioria dos meios de comunicação, que apoiavam o afastamento de limites legais ao exercício do poder penal, propagandeando uma justiça penal mais célere e efetiva, alimentou-se a imagem populista de Hitler como a de um herói contra o crime e a corrupção, o que levou ao aumento do apoio popular a suas propostas.

    Hitler, aproveitando-se de seu prestigio, também cogitava alterações legislativas em matéria penal, sempre a insistir na “fraqueza” dos dispositivos legais que impediriam o combate ao crime. Se o legislativo aplaudia e encampava as propostas de Hitler, o Judiciário também não representou um obstáculo ao projeto nazista. Muito pelo contrário.

    Juízes, alguns por convicção (adeptos de uma visão de mundo autoritária), outros acovardados, mudaram posicionamentos jurisprudenciais sedimentados para atender ao Führer (vale lembrar que na mitologia alemã o Führer era a corporificação dos interesses do povo alemão). Vale lembrar, por exemplo, que para Carl Schmitt, importante teórico ligado ao projeto nazista, o “povo” representava a esfera apolítica, uma das três que compõem a unidade política, junto à esfera estática (Estado) e à esfera dinâmica (Movimento/Partido Nazista), esta a responsável por dirigir as demais e produzir homogeneidade entre governantes e governados, isso através do Führer (aqui está a base do chamado “decisionismo institucionalista”, exercido sem amarras por Hitler, mas também pelos juízes nazistas).

    O medo de juízes de desagradar a “opinião pública” (...)

    Xi, editor e tias do jô e o juiz moro manda email para a Globo para que ouçam as ruas...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tu é bem ordinário mesmo... compara Moro com Hitler. Tá sentindo que vai perder teu cc. Já não ganha mais pão com mortadela. Em breve vai para fila do SINE, aí tu vais ver o que é bom para tosse...

      Excluir
    2. NAZISTAS = PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA DOS TRABALHADORES ALEMÃES = PT ALEMÃO

      Excluir
  4. Xiii. E você não acha que com o aparelhamento do STF e da AGU sua quadrilha não aparelhou o judiciario?
    Ou só vale na alemanha nazista?

    Voce está de acordo que nossa industria, que levou 60 anos para atingir uma rabeira mundial, tenha voltado a 1950? Isto é, do zero?

    Ou foi o fhc o culpado?

    ResponderExcluir
  5. Eu morava em Torino na época da operação Mani Pulite. Acompanhei de perto. Começou com a prisão, de Mario Chiesa, ligado ao PSI. Chiesa ocupava a diretoria de uma "instituição filantrópica" e era acusado de receber propina de uma empresa de limpeza.
    Chiesa começou a falar e incriminar colegas.
    As acusações cresceram de forma exponencial. Cada político, empresário ou funcionário público detido, implicava dezenas de outros em seus depoimentos. Alguma diferença com o Lava Jato? Lá foram para a cadeia os partidos DC (democracia Cristiana)e o PSI acabaram deixando de existir após perderem legitimidade e votos. E após a operação, o valor médio das obras públicas caiu - o que seria um indício de uma queda no superfaturamento.
    Joel Robinson

    ResponderExcluir
  6. Xi, as 13:52, muito dinheiro guardado lá fora pra te pagar?

    ResponderExcluir
  7. Na entrevista o tal juiz entrou na politica foi candidato e se quebrou. Hoje é advogado frustrado porque perdeu o poder de juiz.

    ResponderExcluir
  8. Para Dalmo Dallari, Sergio Moro se deixou influir pela publicidade

    14/03/2016 - Dayane Santos

    Moro se deslumbrou, diz Dallari sobre e-mail do juiz à imprensa

    “O juiz Sérgio Moro perdeu de vista os limites e responsabilidade da magistratura e se deixou influir pela publicidade”, avalia o professor emérito da USP e jurista Dalmo Dallari ao comentar o email enviado por Moro, responsável pela Operação Lava Jato, à jornalista Cristiana Lobo, da Globonews, para pedir que as forças políticas "ouçam a voz das ruas".

    Transformado como “herói” pela mídia, Moro reafirma a relação promíscua com a imprensa pelo golpe. Ele se disse "tocado" com as menções feitas por manifestantes e atribuiu isso "à generosidade do povo brasileiro".

    Dallari classificou a atitude como um deslumbramento do juiz. “Venho acompanhando com atenção o desempenho do juiz Sérgio Moro e acho que ele realmente se excedeu, se deslumbrou com a louvação da imprensa e comete muito excessos, inclusive excessos jurídicos, julgando situações que fogem da sua competência”, afirmou o jurista que é um dos mais importantes constitucionalistas do país.

    Para Dallari, Moro tem “exagerado no rigor impulsionado pela publicidade”. E acrescenta: “Eu tenho restrições ao juiz. Ele não se conteve nos limites jurídicos, não teve a atitude que se espera de um magistrado”.

    ResponderExcluir
  9. O povo brasileiro esta' com Moro. Mexeu com ele, mexeu com todo o pais.

    ResponderExcluir
  10. >>

    “Faça o seu dever e pague as consequências…”

    Que frase mais idiota! Aposto que foi tradução errada!

    <<

    ResponderExcluir
  11. TODOS TEM QUE APOIAR O JUIZ SÉRGIO MORO E A EQUIPE DA LAVA JATO NO QUER FOR POSSÍVEL. TODOS DEVEM APOIAR.

    ResponderExcluir

Prezado leitor: o seu comentário é de sua exclusiva responsabilidade, conforme dispõe o Marco Civil da Internet. O fato de ser utilizado o anonimato, não o exime de responsabilidade, porque a qualquer momento seu IP pode ser levantado judicialmente e a identidade do autor surgirá de maneira clara. O editor apenas disponibiliza sua via, sua estrada, para que o leitor utilize-a, mas não tem qualquer responsabilidade em relação aos conteúdos aqui disponibilizados.

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/