Artigo, Francisco Ferraz, Estadão de hoje: Delação premiada – bem público e interesse privado.

A política é uma atividade muito complexa e complicada, uma área de que os mais prudentes se aproximam com cuidado, humildade, muito estudo e uma disciplina rigorosa, destinada a conter a arrogância intelectual, a precipitação e a confusão entre valores pessoais e a realidade. Tomemos um exemplo da realidade política brasileira atual: o episódio envolvendo o senador Delcídio Amaral e que o levou à prisão.

Se alguém declarasse que com uma única ação política teria o poder de provocar as a seguir listadas consequências políticas, seria por todos considerado um inconsequente e não mereceria nenhuma atenção:

1) levar à prisão o senador Delcídio e o empresário André Esteves;

2) constranger o STF e alguns de seus ministros;

3) revigorar a legitimidade do juiz Sergio Moro e a equipe da PF e MP e a presunção de veracidade das acusações já feitas;

4) remover do centro da cena política o deputado Eduardo Cunha;

5) reforçar as ameaças que pairam sobre Lula e conseguir calá-lo; e

6) constranger o vice-presidente da República.

Embora nem mesmo o autor da gravação pudesse ter previsto o conteúdo da conversa em todos os detalhes, a reunião provocou todas as consequências acima, do mais alto interesse público, e outras que me dispenso de acrescentar. Como é possível que isso tenha sucedido?

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Um comentário:

  1. Ciro chama Cunha de ladrão e diz que Temer assinou decretos de “pedaladas”.

    Fernando Brito · 05/12/2015

    Em entrevista dada ontem a Mariana Godoy, na Rede TV, o ex-ministro Ciro Gomes, de maneira direta, além de dizer com todas as letras que Eduardo Cunha é “ladrão”, acusa o vice-presidente Michel Temer de estar conspirando pelo golpe de Estado contra Dilma Rousseff.

    Ciro, que acusa Temer de ser “sócio em tudo” de Eduardo Cunha, diz que o vice-presidente está sendo hipócrita em coonestar o discurso das “pedaladas fiscais” porque, além de não serem crimes de responsabilidade, são uma prática comum e diz que já tem separados decretos assinados por Michel Temer, nos seus períodos de interinidade, onde ele também praticaria “pedaladas” orçamentárias.

    Xi, editor e tias do jô, o temer achava que ia sair de lombo liso e ainda com o cargo de presidente vai levar um trolhaço e ficar bem quetinho na função que foi eleito. Vão colar na cacunda dele a pexa de traidor e, como o julgamento do impedimento é POLITICO, vai acabar sendo enquadrado nos mesmos termos que a Presidente por ter assinado CINCO decretos de PEDALADAS FISCAIS, ou seja, ou mobiliza a bancada para abasolver a Presidente ou dança junto. Ou o julgamento politico só serve para a Presidente?

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