Jorge Victor Rodrigues, ex-conselheiro do Carf, negocia
propinas com o advogado Jeferson Salazar, representando o Banco Bozano Safra. -
Os áudios obtidos pela Rádio Guaíba podem ser ouvidos no site da Rádio Guaíba. CLIQUE AQUI para acessar. Entre os grupos investigados, encontram-se também os gaúchos RBS, Gerdau, Marcopolo e Mundial-Eberle.
A grande mídia só fala o necessário sobre as investigações e sobre a CPI. Mesmo a CPI, não se atreve a chamar os presidentes e CEOs dos grupos empresariais sob escrutíneo.
O material, que é inédito e exclusivo, foi apresentado no programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, esta tarde, que divulgou grampos telefônicos da Operação Zelotes. O texto a seguir é do site da emissora. Leia tudo:
Nos áudios, o ex-integrante do Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais (Carf) e procurador da Fazenda Nacional Jorge Victor Rodrigues
negocia propina de R$ 28 milhões com o representante do Banco Bozzano Safra,
Jefferson Salazar, em troca de redução de uma dívida de suposta sonegação de R$
280 milhões em impostos devidos à Receita Federal.
Deflagrada no fim de março e com origem em uma carta
anônima, a operação busca desvendar um dos maiores esquemas de sonegação fiscal
já descobertos no País. De acordo com a Polícia Federal, quadrilhas, formadas
por conselheiros, ex-conselheiros e servidores públicos, revertiam ou anulavam,
junto ao Carf, multas impostas pelo governo federal.
As empresas pagavam propina de até 10% do valor devido
para os grupos manipularem vereditos do Carf em processos de casos que envolvem
dívidas tributárias, anulando ou atenuando cobranças da Receita. A expectativa
é de que as primeiras seis empresas sejam denunciadas nos próximos dias, uma
delas no Rio Grande do Sul. Entre os grupos gaúchos investigados, estão RBS,
Gerdau, Marcopolo e Mundial-Eberle.
O Carf soma hoje cerca de R$ 516 bilhões em processos
para julgamento. Estão sendo analisados 74 julgamentos do conselho, realizados
entre 2005 e 2013, nos quais R$ 19,6 bilhões podem ter deixado de ser
recolhidos.
No início, Jefferson estranha a ligação de um número não
habitual ao do ex-conselheiro dizendo que não conhecia esse telefone. Jorge
sustenta que a precaução é importante. ”Quando eu te falar, você vai entender o
motivo da minha precaução. Vai ver se procede ou não a medida”. Jorge explica
ter um cliente com um problema para resolver, que não chegou a um acordo de
valores com outra pessoa, citada como Leonardo. O ex-conselheiro detalha o
pagamento dos honorários explicando que eles (empresas) fazem um contrato onde
está acertado o pagamento completo de R$ 28 milhões, correspondentes a 10% do
valor do processo no Carf (R$ 280 milhões).
Desse valor, a proposta é de que R$ 8 milhões fiquem
comprometidos com parte da ação em São Paulo. Jorge esclarece que dentro dos
outros “20″ está o valor da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e que
o cliente pede um prazo de cinco meses para resolver o problema, já que está
preocupado com a troca de governo. ”Está incluído também a procuradoria que tem
uma boca grande. Aí, como você faria é contigo. Você tem que palmilhar bem o
terreno, ver se dá samba e aí a gente volta a se falar”. O advogado responde
dizendo que precisa de mais elementos do caso para começar a trabalhar logo,
mas deixa claro que está de acordo com o valor proposto
Políbio, direcionar seus leitores ao site da Guaíba e mencionar como referência o programa Esfera Pública do nauseante e parcial Juremir Machado da Silva é menosprezar seus leitores. Este Sr. é militante a soldo do PT e parte da cota esquerdista da Empresa. Com todo o respeito, assim fica puxado... por mais culpados do RGS que existam na Zelotes.
ResponderExcluir-Políbio, estes vagabundos do vídeo, dentre outros, já estão presos?
ResponderExcluirTudo isto ocorre em virtude da alta carga tributária imposta no nosso país. A carga tributária é tamanha que incentiva o risco da sonegação. Cria-se dificuldade para vender facilidade. Se a carga tributária fosse menor, em valores aceitáveis e plausíveis, não valeria a pena o risco da sonegação e com certeza mais empresas pagariam aumentando a arrecadação.
ResponderExcluirA propina não teria sentido, porque o risco não valeria a pena ao contrário da situação atual em que os valores impostos são altíssimos que incentiva a sonegação e o risco da corrupção.
Mesmo com toda essa sonegação os valores arrecadados pelo governo são altíssimos. Imaginem se não houvesse sonegação.
Quando é que a cadeia começa a funcionar na Zelotes, como acontece na Lava Jato? E Políbio, algum percentual dessa grana sonegada na Zelotes e se recuperada pode respingar pros cofres do estado, pra dar uma forcinha pro Sartori?
ResponderExcluirO anônimo das 18:13 é daqueles que justificam crimes se a circunstância não for favorável, tipo aquele agente público que diz que aceitou propina porque ganha pouco. Graças a esse tipo de gente que o país tá onde tá.
ResponderExcluirFalaram em Procuradoria no caso. O antigo chefe da Procuradoria junto ao CARF, na época do esquema investigado na Operação Zelotes é o atual Procurador-Geral da Fazenda Nacional, o Riscado. Caso típico de alguém q "caiu pra cima" no governo Dilma.
ResponderExcluirDizem q é um sujeito sério, mas é curioso colocar alguém tão próximo do problema numa função tão importante, não acham?