A grande dúvida em relação ao ministro Joaquim Levy é por
que ele permanece no governo Dilma. A saída parece natural desde que ficaram
mais fortes os ataques internos contra ele. Aos muitos interlocutores que
perguntaram por que ele fica em uma equipe que nunca demonstrou valorizar seu
trabalho, Levy responde que acha que ainda tem contribuições a dar.
Em um ambiente assim, em que o ministro da Fazenda vira
alvo da própria base governista, e em uma crise desta dimensão, qualquer
reunião como a de ontem à tarde pode dar origem a uma onda de especulações
sobre a saída do ministro. Ainda mais quando há tanto fundamento, como foi o
caso ontem. A grande dúvida, na verdade, não é se o ministro Joaquim Levy sai
do governo, mas quando ele sai.
Houve vários momentos de estresse nesse período em que
ele está no governo. Levy nunca se importou muito com os integrantes do PT,
empresários ligados ao governo, ou líderes sindicais que o criticaram ou
pediram sua cabeça. Mas na última semana houve demonstrações públicas de
hostilidade a ele, e ao programa que tem tentado executar no governo até agora,
lideradas pelo ex-presidente Lula. Na convenção da CUT, o ex-presidente Lula
fez um discurso atacando o ajuste fiscal e foi interrompido várias vezes pelo
coro “fora Levy”. Depois disso, Lula passou a trabalhar abertamente pela troca
do ministro da Fazenda, culpando-o pelos desastres que foram plantados antes da
sua chegada e fortalecidos pela base do governo.
Um momento de grande tensão em que o ministro quase
deixou o governo foi o do envio do Orçamento deficitário para o Congresso. Ele
só foi informado quando já era fato consumado. A decisão fora tomada numa
reunião da qual não participou. Na época, quando um interlocutor perguntou por
que não deixava o governo, ele disse que não era o tipo de pessoa que sai no
pior momento e que previa que haveria muita turbulência a partir daquela decisão
equivocada. De fato, as consequências foram o rebaixamento do Brasil, a
disparada do dólar, o salto do custo cobrado do país e de suas empresas em
empréstimos no exterior.
Numa conversa com um interlocutor frequente, Joaquim Levy
disse que sabe que está na linha de tiro de cada vez mais gente, mas que tenta
manter a calma e continuar trabalhando. Nos últimos meses, ele fez inclusive o
que nunca em sua vida profissional teve a habilidade de fazer: a negociação
política para conseguir apoio às medidas propostas para reequilibrar o
Orçamento. E o fez porque no governo falta de tudo, inclusive, e
principalmente, articulador político. Levy acha que com essa sua iniciativa de
interlocução com o Congresso conseguiu em alguns momentos evitar o pior. O
problema é que frequentemente a maior derrota vem das bases do governo, como a
aprovação da permissão de recálculo da aposentadoria, que aprofunda o déficit
da Previdência e que teve apoio maciço do PT.
O Brasil está vivendo uma recessão forte com uma inflação
perto de 10% e nada disso se deve à tentativa de ajuste fiscal comandada pelo
ministro Levy. A inflação foi reprimida nos últimos anos com manipulação de
tarifas públicas. Os gastos públicos foram exacerbados nos últimos anos e, como
ficou provado pelo TCU, foram manipulados e jogados para adiante nas famosas
pedaladas fiscais.
A reunião de ontem, na parte em que participaram outros
ministros, foi dedicada ao problema de como pagar os atrasados aos bancos
públicos para eliminar qualquer risco de um processo semelhante ao do ano
passado nas contas públicas. Como esse é um dos caminhos do impeachment, a
presidente está preocupada em eliminar qualquer ruído com o Tribunal de Contas.
O problema é que os atrasados são uma conta alta demais para ser quitada de uma
vez. A engenharia financeira para pagar tudo o que se deve ao Banco do Brasil e
BNDES, e mais a conta de tarifas não pagas à Caixa, é muito alta.
O PT quer criar um caos social para perpetuar no poder - golpe de esquerda
ResponderExcluirTrabuco mandou ele ficar e só sai quando Trabuco mandar. A única coisa que sustenta esse governo ridículo é Joaquim Levy, na qual é interlocutor tanto para empresários, tanto para com investidores estrangeiros. A hora que ele sair esse governo rui por completo. Se o Brasil tivesse um presidente que cortasse gastos com certeza o Brasil faria superávit primário e pagava juros sem ser rebaixado, mas esperar isso de uma figura que é defendida pela Bolívia, Cuba e Venezuela é sonhar demais.
ResponderExcluir"PLANO PETRALHA"
ResponderExcluirO PT QUER UM NOVO FUNARO,VAI DESPACHAR LEVY QUE VAI LEVAR A CULPA.
TUDO SE CONFIGURA,TAL QUAL NA VENEZUELA IRÁ FALTAR ATÉ PAPEL HIGIENICO,CARNE JÁ ESTÁ FORA DO ALCANCE,COMBUSTÍVEIS,ENERGIA,TODAS AS INFRAESTRUTURAS SUCATEADAS,INFLAÇÃOTROTEANDO E INICIANDO O GALOPE...
LULA INVOCOU O DIABO...
Políbio,
ResponderExcluirTadinho do Levy:
- Capacho do Trabuco;
- Capacho da Dillma.
JulioK
O LEVI TINHA MAIS QUE MANDAR O PT, A DILMA E O LULA PARA AQUELE LUGAR...
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