Neste editorial, o jornal Folha de S. Paulo avisa que Dilma Roussef tem uma última chance para colocar nos eixos o seu governo e com isto estabilizar as crises econômica e política, evitando a pior crise social.
É uma situação extraordinária.
Tanto que o editorial foi parar na primeira página, repetindo o que fizeram os grandes jornais fizeram às vésperas do golpe de 64, quando pediram a cabeça de Jango. O jornal Correio da Manhã da época, o mais vigoroso opositor de Goulart publicou uma série de editoriais de capa, um deles intitulado "Basta", poucos dias antes do golpe.
Leia a Folha de hoje:
Às voltas com uma gravíssima crise político-econômica,
que ajudou a criar e a que tem respondido de forma errática e descoordenada;
vivendo a corrosão vertiginosa de seu apoio popular e parlamentar, a que se
soma o desmantelamento ético do PT e dos partidos que lhe prestaram apoio, a
administração Dilma Rousseff está por um fio.
A presidente abusou do direito de errar. Em menos de dez
meses de segundo mandato, perdeu a credibilidade e esgotou as reservas de
paciência que a sociedade lhe tinha a conferir. Precisa, agora, demonstrar que
ainda tem capacidade política de apresentar rumos para o país no tempo que lhe
resta de governo.
Trata-se de reconhecer as alarmantes dimensões da atual
crise e, sem hesitação, responder às emergências produzidas acima de tudo pela
irresponsabilidade generalizada que se verificou nos últimos anos.
Medidas extremas precisam ser tomadas. Impõe-se que a
presidente as leve quanto antes ao Congresso –e a este, que abandone a
provocação e a chantagem em prol da estabilidade econômica e social.
Também dos parlamentares depende o fim desta aflição;
deputados e senadores não podem se eximir de suas responsabilidades, muito
menos imaginar que serão preservados caso o país sucumba.
É imprescindível conter o aumento da dívida pública e a
degradação econômica. Cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade
sem precedentes, sob pena de que se tornem realidade pesadelos ainda piores,
como o fantasma da inflação descontrolada.
A contenção de despesas deve se concentrar em benefícios
perdulários da Previdência, cujas regras estão em descompasso não só com a
conjuntura mas também com a evolução demográfica nacional. Deve mirar ainda
subsídios a setores específicos da economia e desembolsos para parte dos
programas sociais.
As circunstâncias dramáticas também demandam uma
desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação,
que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro.
Além de adotar iniciativas de fácil legibilidade, como a
simbólica redução de ministérios e dos cargos comissionados, devem-se
providenciar mecanismos legais que resultem em efetivo controle das despesas
–incluindo salários para o funcionalismo–, condicionando sua expansão ao
crescimento do PIB.
Embora drásticas, tais medidas serão insuficientes para
tapar o rombo orçamentário cavado pela inépcia presidencial. Uma vez
implementadas, porém, darão ao governo crédito para demandar outro sacrífico –a
saber, alguma elevação da já obscena carga tributária, um fardo a ser repartido
do modo mais justo possível entre as diversas camadas da população.
Não há, infelizmente, como fugir de um aumento de
impostos, recorrendo-se a novas alíquotas sobre a renda dos mais privilegiados
e à ampliação emergencial de taxas sobre combustíveis, por exemplo.
O órgão chapa-branca ficou marrom por causa de tanta lama. Deve estar querendo mudar de cor, talvez preta...
ResponderExcluirque bosta de editorial... só um louco consegue imaginar que há saída para o país com dilma ainda na presidência...
ResponderExcluirSe a Folha abandona o governo o motivo é não haver mais governo.
ResponderExcluirA Folha faz jogo duplo e, no frigir dos ovos, fica ao lado da governANTA!
ResponderExcluirEditor, como se tratava da Falha de São Paulo fui ler o artigo porque achei estranho um jornal chapa branca pedir a cabeça de presidanta, mas o que eu li foi que o jornal está pedindo que "Medidas extremas precisam ser tomadas. Impõe-se que a presidente as leve quanto antes ao Congresso –e a este, que abandone a provocação e a chantagem em prol da estabilidade econômica e social", e no final, pasmem, ainda dá sugestões para aumento de impostos. Quer dizer, o jornal está pedindo redução de despesas mas principalmente aumento de impostos, isto é, ele está mesmo é tentando induzir os parlamentares e "vacinar" a opinião pública que é preciso aumentar impostos. Jornaleco chapa branca de m...! Hoje nós temos que tomar cuidado e ler atentamente, e entender a real intenção do que estão escrevendo nos jornais!
ResponderExcluirNão concordo com o editorial, no que tange ao aumento de impostos.
ResponderExcluirNo momento que escrevo estas linhas o impostômetro marca, R$ 1.396.916.000.000,00.
E não para de subir como se fosse um foguete.
Precisa-se fazer os cortes de forma dramática e enxugar toda a máquina governamental.
Por exemplo, cortar 20 ministérios, a presidência da republica não precisa de 4600 funcionários, Os senadores deveriam ter vergonha na cara e devolver a frota nova de carros comprados esta semana, rever todos os contratos perdulários que este governo fez com empreitares, repassar estas obras para as nossas competentíssimas, FFAA, e por aí vai, não vou aqui colocar tudo que é necessário fazer, pois não sou o ministro nem o presidente, mas são coisas que qualquer dona de casa brasileira com mais de dois neurônios conhece e aplica diariamente.
Aumento de impostos, nem pensar, pois a economia já esta em grave recessão e o aumento de impostos fará com que haja aumento deste problema e por conseguinte também o aumento do desemprego.
Aumentar imposto, é alimentar o circulo vicioso.
Será que neste país, somente eu penso assim?
O que foi? Atrasaram o pixuleco da Falha de São Paulo?
ResponderExcluirBlog do CLAUDIO HUMBERTO:
ResponderExcluirExecutivos da Andrade Gutierrez implicam PSDB
Tucanos foram citados por dois executivos da Andrade Gutierrez
Publicado: 13 de setembro de 2015
Redação
Os dois executivos da empreiteira teriam citado três dos principais senadores do PSDB. (Fotos: Agência senado)
Acordo de delação premiada firmado por dois executivos da construtora mineira Andrade Gutierrez, uma das integrantes do cartel de empreiteiras responsável pela roubalheira à Petrobras, envolve no esquema do Petrolão as principais lideranças do PSDB, maior partido de oposição ao governo Dilma. São citados na delação os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP).
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) já foi indicado pelo Procurador-Geral, Rodrigo Janot, como um dos alvos da investigação da Lava Jato.
A Andrade Gutierrez contribuiu com R$ 19 milhões para a campanha a presidente da República do senador tucano Aécio Neves.
Xi, será que desta vez vai? Ou não vem ao caso? Ou tucano é inimputável?
O mijador as 14:23. Tú não és inimputável!
ResponderExcluirSei não, mas acho que Lula, Dilma e o PT estão arrependidos de terem ROUBADO AS ELEIÇÕES do ano passado!!! Se tivessem respeitado "a vontade das urnas", quem estaria hoje encalacrado seria o Minerin!!!!
ResponderExcluirQUEM PERDEU É QUE GANHOU!
ResponderExcluirACHEI MUITO ESTRANHO: PERGUNTADO SE QUERIA CONFERENCIA DE VOTOS, LOGO APÓS A ELEIÇÃO, AECIO RESPONDEU DE PRONTO:
-"NÃO, NADA DISSO, A ELEIÇÃO FOI VÁLIDA, NADA A RECLAMAR"
Nunca vi um politico perdedor não reclamar.Agora sabemos que quem perdeu GANHOU!
Dilma foi BUCHA DE CANHÃO que LULA usou. DIZ que Pretende voltar e salvar a pátria, e consertar o Brasil que entregou em boas condições....háháhá
Na banânia, não duvido!
Recorrer a um congresso "bichado", onde no mínimo a sua grande maioria de membros se encontra comprometida com propinas oriundas dos diversos escândalos, é não ter um mínimo de senso crítico na busca de soluções para essa crise monumental desencadeada pela administração petralha. Um lixo, este editorial!
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