Não bastasse a crise fiscal, o governo do Rio Grande do
Sul ainda terá de enfrentar um novo e grande esqueleto que teve origem no
governo anterior. Trata-se de um passivo gerado pelo encerramento dos contratos
das concessões rodoviárias, entre maio e dezembro de 2013. Em 2008, o estado
reconheceu um valor aproximado de R$ 1,7 bilhão, relativo aos desequilíbrios
econômico-financeiros das sete concessionárias.
A informação acima é da revista eletrônica de infraestrutura e logística, Modal. CLIQUE AQUI para examinar a publicação.
Leia a entrevista completa de Guillermo Deluca,
atual presidente da GSS (Gestão de Sistemas de Saneamento), do grupo Aegea
Saneamento, ex-presidente da Univias, em entrevista a MODAL.
De acordo com o executivo, apesar dos próprios contratos
e a legislação garantirem a resolução desses desequilíbrios sem a necessidade
de comprometer recursos públicos, o governo do estado ignorou essa alternativa.
Diálogo
“A ausência de medidas por parte do poder concedente,
mesmo com o interesse das concessionárias de resolver a questão na esfera
administrativa, não deixou opção a não ser a da via judicial”, destaca
Deluca. No momento, seis processos das concessionárias
transcorrem na Justiça Federal e um na Justiça Estadual. O desfecho ainda está
longe. Entretanto, o interesse em encontrar uma saída que dispense a
intervenção da justiça, continua de pé: “Entendo que o poder público deveria
ter procurado formas que desonerarem o cidadão, como pode ocorrer se a justiça
sentenciar a favor das concessionárias”, diz Deluca. “Mas permanecemos sempre
dispostos ao diálogo para achar uma saída.”
Manipulação política
Sobre as críticas às
concessões do Rio Grande do Sul, Deluca admite erros de ambas as parte, das
empresas e do governo. Contudo, entende que eles poderiam ter sido corrigidos
ao seu tempo com os contratos vigentes. “A implantação de pedágios nas rodovias
instalou no imaginário das pessoas o falso conceito de que, a partir desse
momento, havia que pagar para utilizá-las, como se antes não fosse necessário”,
diz Deluca.
Colocou-se também na pauta política o cerceamento do
direito de ir e vir das pessoas que os pedágios supostamente representariam. Um
argumento desarticulado em todas as instâncias judiciais pelas quais o assunto
transitou. Houve também, por meio de informações falsas e sem nenhum rigor
técnico, manipulação política para instalar a ideia de que as concessionárias
perceberam lucros exorbitantes, listou o ex-presidente da Univias.
Desoneração
Em sua opinião, não se pode falar em fracasso do programa
de concessões rodoviárias do Rio Grande do Sul. Um argumento importante,
segundo Deluca, é o fato de que durante 15 anos o estado e a União foram
desonerados da manutenção e de melhorias em aproximadamente 1.800 quilômetros
da malha viária no território do RS.
“Os usuários passaram a trafegar em condições seguras
graças ao bom estado dos pavimentos e da sinalização. Diminuíram os custos
operativos dos veículos de carga, além de contar com serviços que os assistiam
em caso de necessidade sem custo adicional ao da tarifa de pedágio. Além disso,
diversas pesquisas junto aos usuários, algumas encomendadas pelo estado como
parte do monitoramento do contrato e outras pelas concessionárias, coincidiram
numa contundente aprovação do programa como um todo. As concessões também
aqueceram as economias regionais e as empresas geraram empregos nas cidades
servidas pelas rodovias concedidas.”
O maior erro
Se tivesse que apontar o maior erro, Deluca cita o fato
de que o programa foi concebido com um prazo curto, de 15 anos, quando no
geral, no resto do país, é entre 25 e 30 anos. “Isso não permitiu maior
quantidade de obras como duplicações e ampliações de capacidade, já que a amortização
dessas ocorre em prazos maiores”, defende. “As concessionárias
propuseram uma adequação do prazo com incorporação de novas obras, quitação dos
débitos do estado gerados em descumprimentos do contrato e diminuição de
tarifas, o que não foi acolhida pelo poder público. A opção do estado foi de
não estender os contratos e criar uma empresa pública para colocar sob sua
gestão a administração das rodovias estaduais com pedágio.”
Herança
Como herança do programa, Deluca diz que ficaram lições
para as empresas e para o governo do estado. “As empresas aprenderam a ser
concessionárias, mas o poder público do Rio Grande precisa amadurecer como
concedente”, avalia. “Desde o seu início, em 1968, e na sequência,
os governos que se sucederam jamais o trataram como um projeto de estado e sim
como uma iniciativa de outro governo. Se havia ajustes a realizar, e de fato
houve, uma atitude madura teria sido sentar-se à mesa de negociações com as
concessionárias e resolver. O contrato e as leis permitiam. Ao final, os
interesses políticos dos governos falaram mais alto que os interesses do
estado”, conclui
JÁ PREVIAMENTE TUDO COMBINADO PARA MESMO COM AUMENTO DE IMPOSTOS FALTAR DINHEIRO PARA SALÁRIOS DOS EXECUTIVOS. E ASSIM VÃO APARECER MUITAS OUTRAS "PENDENGAS" QUE VÃO FALAR QUE SÃO DE GOVERNOS ANTERIORES.
ResponderExcluirVão se acertar, tem eleição municipal em 2016.
ResponderExcluirUSO DE EXTINTORES EM CARROS DE PASSEIO DEIXA DE SER OBRIGATÓRIO.
ResponderExcluirPROVA QUE VOLTAMOS AOS VELHOS TEMPOS, MUITO BOM ISSO, PARA OS MAIS VELHOS, AGORA TEMOS QUE "ENSINAR" OS MAIS NOVOS COMO SE VIVE BEM COM INFLAÇÃO E OS GOVERNOS.
O Estado está quebrado e não tem as mínimas condições de investimento em rodovias.Para termos qualidade e segurança, não resta outra alternativa,senão a privatização de todas as rodovias existentes no RS.
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/IABRS?fref=nf
ResponderExcluirOlha a vanguarda do atraso atacando outra vez! Eles vão conseguir parar as obras do Cais Mauá!!
É gauchada, a coisa tá cada vez mais feia...
Entrar no Google e ver "Profecia de Ernesto Geisel".Que vai saber o motivo dessa pindanga.
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