Passados os projetos de aumento de receita que foram
votados na Assembleia Legislativa no dia 22 de setembro, é o momento de o
governo apresentar à sociedade as medidas que adotará para a redução das
despesas. Se é verdade que diversas ações foram tomadas nessa linha, é verdade
também que nenhuma delas tem um impacto profundo na estrutura do Estado
gaúcho.
Reformas estruturais — privatizações, concessões, até
liquidações, se necessário — precisarão ser adotadas com convicção, ou não se
fará o aparato público caber na receita. Um Estado gigantesco, tributador e
ineficiente é também injusto e imoral! De que serve uma gráfica estatal se o
cidadão não tem segurança? Ou uma estatal de silos e armazéns, quando há filas
nos hospitais? Ou mesmo um banco estatal, quando a educação pública é tão
precária? Como manter essas estruturas defasadas, enquanto o Estado não entrega
aos cidadãos os serviços básicos pelos quais ele paga?
É hora de exercer o desapego — deixar o supérfluo para
trás para manter o essencial funcionando. Não se trata de Estado mínimo, como
ataca a esquerda, mas sim de um Estado moral, que entrega o que vende ao
cidadão. Sem a prestação dos serviços, o imposto não é mais do que um confisco,
uma apropriação pelos políticos do dinheiro do cidadão.
Não basta fazer como faz a esquerda: ser contra o aumento
de impostos e também contra o corte de despesas — numa matemática insana que
trouxe o Rio Grande do Sul ao caos no governo passado, e faz o mesmo em
Brasília. Essa é uma conduta irresponsável e oportunista.
Estou entre aqueles que são contra o aumento de impostos
mas não cruzam os braços esperando a vaca ir para o brejo, torcendo para o
"quanto pior, melhor". Sou contra aumento de impostos porque acredito
que o ajuste fiscal deve ocorrer na coluna das despesas. Se enfrentar as
despesas, exercer o desapego e voltar todos os esforços do Estado para os
serviços de segurança, saúde e educação, o governador Sartori entrará para a
história como o gestor que não passou adiante o problema, mas o enfrentou nas
suas raízes.
Assino embaixo.
ResponderExcluirAcho que chegou a hora do governo, qualquer governo, se dar conta que nossos bolsos não são mais estupraveis sempre que necessitam de mais dinheiro para cobrir suas incompetências.
ResponderExcluirEste idiota se absteve de votar.
ResponderExcluirEsse matador de chefes de familia condegue dormir? Qto mais escrever?
ResponderExcluirMATOU A PAU! É EXATAMENTE ISSO!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAqualito e Pingo de Cristal
ResponderExcluirO PMDB, em outra ocasião, com o ex-governador Antônio Britto, fez o mesmo discurso. Privatizou para diminuir o tamanho da máquina estatal. Ato contínuo, o governo do RS, que não precisava se preocupar mais com telefonia, energia elétrica, poderia se dedicar a cuidar exclusivamente de saúde, segurança e educação. Além do mais, o dinheiro das privatizações também seria utilizado para diminuir a dívida pública. E ao invés de mais concursos para funcionários públicos, mais terceirizações e contratos temporários. Isso foi lá pelos idos dos anos 90. Passados 25 anos, podemos ver o resultado dessas políticas.
Na CEEE, existem técnicos de nível médio e engenheiros, que recebem mais que o dobro dos próprios diretores da empresa. Está certo isto?
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