Nesta longa entrevistas (2 páginas) aos repórteres Guilherme Kolling e João Egydio Gamboa, a ex-governadora Yeda Crusius avisa que o déficit divulgado pelo governo estadual é muito maior e Sartori não pode contar com a
ajuda da União.
A foto é de Marco Quintana, também JC.
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No primeiro ano de mandato, 2007, a ex-governadora Yeda
Crusius (PSDB) parcelou o salário dos servidores públicos estaduais, situação
que se repetiu em julho, quando o atual chefe do Executivo, José Ivo Sartori
(PMDB), tomou a mesma medida. A tucana avalia que a situação de Sartori é muito
mais difícil, não só pelo déficit maior projetado para este ano, como também
pela crise política e as dificuldades do governo federal. "O Brasil quebrou."
Por isso, Yeda apoia o pacote de medidas propostas por Sartori, como a reforma
da previdência estadual. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, ela ainda
comenta semelhanças entre o início das duas gestões, caso do projeto de
aumentar a alíquota de ICMS, que não passou no governo da tucana. Também fala
da conjuntura nacional e critica a intervenção no PSDB do Rio Grande do Sul.
Jornal do Comércio - O governador Sartori diz que a
situação do Estado é mais difícil do que ele pensava. A senhora, ao assumir,
também observou que o quadro das finanças era grave. Qual era a situação?
Yeda Crusius - Falei que era muito difícil já na
campanha, e tínhamos um plano de governo, o que a gente propunha em quatro
anos, a resolução desses problemas. Assumimos e confirmamos (o quadro). Eu não
herdei um governo do PT, herdei do PMDB (do governador Germano Rigotto),
portanto, tínhamos a realidade do governo, não precisamos buscar do começo. E
se confirmou que o déficit era R$ 1,5 bilhão. O do Sartori é muito maior, R$ 5,4
bilhões é o que ele herda agora. E não tinha os dados, teve perda de tempo até
ver a verdadeira dimensão do problema. Outra semelhança é que a gente disse:
"não podemos perder receita". E a lei do aumento das alíquotas (do
ICMS) do tempo do Rigotto fenecia em 31 de dezembro (de 2006). Então, comecei
com menos receita (o projeto para manter o aumento do ICMS não foi aprovado).
Sartori agora enfrenta uma recessão até então maquiada, assim, tem menos
receita. E não pode contar com a ajuda do governo federal. Eu sabia que não
teria, por outra coisa, político-partidária.
JC - O ajuste no seu governo foi feito mesmo sem passar o
reajuste da alíquota do ICMS...
Yeda - Comecei com menos receita. Havíamos proposto
cortar 25% dos cargos de confiança (CCs) e gastos em custeio. Com menos
receita, cortamos 30% dos CCs e do custeio. Sartori começa com um déficit, o
dele é muito maior, e com perda inicial de receita, não tem de onde buscar – eu
não tinha por não contar com o governo federal, a experiência do primeiro mandato
do Lula (PT) mostrava que não viria para os não amigos. No caso do Sartori, o
Brasil quebrou nesse período. E no orçamento que ele herdou, há receitas
previstas que não vão se concretizar.
JC - Há também o problema estrutural das finanças.
Yeda - A gente via três problemas: a dívida, o Rio
Grande do Sul é o mais endividado; a previdência, o Estado é o que tem a maior
proporção de inativos sobre ativos; e a estrutura tributária, a parte fiscal. E
continuam esses problemas estruturais. Apesar de eu ter encaminhado o aumento
de capital do Banrisul – quiseram colocar um rótulo como se tivesse
privatizado, diziam que era igual ao (ex-governador Antonio) Britto (PMDB,
1995-1998), mas eu fiz um IPO (oferta inicial de ações), aumentei o capital do
Banrisul –, fiz dois fundos de aposentadoria com esses recursos. E, com um
empréstimo do Banco Mundial, reestruturamos (em parte) a dívida. E fiz o
déficit zero, então ataquei os três problemas. Mas o governo Sartori herda a
mesma coisa, com a diferença que naquele tempo ainda tinha céu de brigadeiro,
não tinha crise internacional, a taxa de juros Selic não era 14,25%. Então,
Sartori herda uma conjuntura pior, pega a tempestade perfeita. E pega a crise
política, a crise da confiança, o Brasil está em recessão, não está tendo
aquela expansão mínima do governo federal, que traz receita, emprego,
investimento. Ele pega a crise perfeita.
JC - E teve também em comum o parcelamento do salário dos
servidores, que, no seu caso, foi no primeiro ano. O problema é a política
salarial do Estado?
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EXCELENTE A ENTREVISTA DELA! SABE O QUE FALA,NÃO FEZ E FAZ BRAVATAS,MAS ELA INFELIZMENTE PEGOU UMA TEMPESTADE IRRESPONSÁVEL DOS PROTESTOS DE SERVIDORES E ENTRE ELES A "BAIXARIA" DOS PROFESSORES.IMAGINA SE AGORA ELA ESTIVESSE NO GOVERNO,SERIA APEDREJADA NA RUA PELO PSOL,QUE FAZ A PARTE SUJA DO PT,AQUELA PARTE MAIS PODRE MESMO,DE INCENDIAR E TUMULTUAR TUDO O QUE VEM PELA FRENTE. FORAM PRA FRENTE DA CASA DA EX GOVERNADORA,QUEIMARAM COLCHÃO,BAIXARIA TOTAL.COM O TARSO TUDO AMOR E PAZ,MESMO SENDO ELE QUE ASSINOU O PISO DOS PROFESSORES.AGORA ESTÁ O SARTORI COM UM PEPINÃO NAS MÃOS,PELA IRRESPONSABILIDADE DO PT.E ESTÁ GERANDO PROTESTOS EM TODOS OS CANTOS E A UNIÃO NÃO ESBOÇA UMA REAÇÃO DE AJUDA,BANDO DE CANALHAS.
ResponderExcluirEXCELENTE A ENTREVISTA DELA! SABE O QUE FALA,NÃO FEZ E FAZ BRAVATAS,MAS ELA INFELIZMENTE PEGOU UMA TEMPESTADE IRRESPONSÁVEL DOS PROTESTOS DE SERVIDORES E ENTRE ELES A "BAIXARIA" DOS PROFESSORES.IMAGINA SE AGORA ELA ESTIVESSE NO GOVERNO,SERIA APEDREJADA NA RUA PELO PSOL,QUE FAZ A PARTE SUJA DO PT,AQUELA PARTE MAIS PODRE MESMO,DE INCENDIAR E TUMULTUAR TUDO O QUE VEM PELA FRENTE. FORAM PRA FRENTE DA CASA DA EX GOVERNADORA,QUEIMARAM COLCHÃO,BAIXARIA TOTAL.COM O TARSO TUDO AMOR E PAZ,MESMO SENDO ELE QUE ASSINOU O PISO DOS PROFESSORES.AGORA ESTÁ O SARTORI COM UM PEPINÃO NAS MÃOS,PELA IRRESPONSABILIDADE DO PT.E ESTÁ GERANDO PROTESTOS EM TODOS OS CANTOS E A UNIÃO NÃO ESBOÇA UMA REAÇÃO DE AJUDA,BANDO DE CANALHAS.
ResponderExcluir"Perfeito": 30 assassinatos num único final de semana! Yeda foi uma das que deixou o RS assim e ainda recebe mais de 25 mil como ex-Governadora para discursar! Êta trem bão...
ResponderExcluirYeda tem mais maturidade com a questão econômica até por formação. Não foi politicamente correta e atacou o Tarso de forma consistente, além de mostrar um cenário mais realista do que o mostrado pelo DCE da PUC e do dono da Have a Nice Communist Beer. Deveria tentar uma nova investida ao menos na prefeitura da capital, com PT, PDT concorrendo, mesmo com o desgaste, poderia vencer.
ResponderExcluirDONA YEDA É UMA PESSOA EXTREMAMENTE EDUCADA.
ResponderExcluirO secretário Feltes disse que piores dias ainda virão.
ResponderExcluirPode ter certeza sr. Secretário, virão mesmo!!!
Neste fim de semana 17 homicídios em Porto Alegre.
Vai piorar mesmo!
É bom lembrar que a Governadora Yeda Cruzius recebeu o Estado e teve que parcelar o pagamento do funcionalismo e organizar as finanças porque receceu o governo do Governador Rigoto, do PMDB, mesmo partido do Tiririca da Serra, não foi do PT.
ResponderExcluirNão é de se admirar a violência campeando no RS (e no Brasil) depois da famigerada campanha de desarmamento. Os bandidos ficaram mais atrevidos por que sabem que o cidadão de bem foi desarmado pelo governo federal. E não dá pra esquecer aquela esculhambação na Segurança, permitida pelo governo Tarso nas manifestações de junho de 2013, quando a bandidagem tocava fogo, quebrava patrimônio público e privado, e a Brigada sendo orientada a só assistir. Querem uma cena mais exemplar daquele período? Um vagabundo sapateando em cima de uma viatura da BM, bem no centro de Porto Alegre, e dali descendo incólume, sem levar uma cacetada que fosse ou uma bala nas pernas. O Tarso mandou a BM não reagir, deixar os "movimentos sociais" fazerem e acontecerem. DESDE ENTÃO A SEGURANÇA PERDEU O RESPEITO!!!
ResponderExcluirO RS continua acreditando nesses irresponsáveis da esquerda.
ResponderExcluirEnquanto for assim estamos perdidos.
A RBS vai colocar Manuela na prefeitura. Escrevem...
ResponderExcluirVeja bem que ela disse que não podia contar com a ajuda federal por causa de questões político partidárias.
ResponderExcluirOu seja, ela ainda teve que contornar a maldita política partidária interferindo na sua administração.