O editor conversou durante 40 minutos, esta manhã, com o presidente da Procergs, a estatal de TI do governo do RS, Antonio Ramos. A entrevista foi a pedido do editor.
A idéia foi saber o que quer fazer o governo Sartori na área, bastante privilegiada pelo governo Tarso Genro, PT, que apostou muitas fichas nos serviços de Tecnologia da Informação, tendo criado, inclusive, um ativo e inflado Gabinete Digital, que colocou a serviço da sua promoção pessoal.
A Procergs trabalha apenas para as administrações direta e indireta, onde buscará praticamente os R$ 270 milhões que faturará este ano, boa parte dos quais com seus principais clientes, Corsan, Detran e IPE. A estatal possui 1.181 empregados.
A receita deste ano será pelo menos 5% menores do que as do ano passado, o que decorre do duríssimo ajuste fiscal do governo estadual, portanto de cortes pesados de gastos, sobretudo do custeio da máquina pública.
Como os investimentos de TI da Procergs dependem do caixa do Tesouro do Estado, já que não trabalha com ferramenta de lucro nos preços que cobra dos seus clientes estatais estaduais, os cofres da estatal estão normalmente esgualepados.
Está na hora de repensar seriamente a estrutura de TI do Estado. O que se vê são sobreposições de estruturas: a PROCERGS (inflada) mantida sob o pretexto de ser o datacenter, a provedora de soluções e a estrutura de desenvolvimento de software para o Estado. Mas os órgãos da administração direta e indireta mantém estrutura própria de TI, adquirem diretamente por meio de licitações a sua própria infraestrutura, e inclusive efetuam as suas próprias contratações de soluções e também das chamadas "fábricas de software". Assim, por que manter a PROCERGS??? Só pelo datacenter não se justifica a estrutura. Melhor distribuir os funcionários pelos diversos órgãos do Estado - são funcionários capacitados e certificados (às expensas do Estado) e que seriam melhor aproveitados se estivessem atuando diretamente nos órgãos.
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