Poder Judiciário tentará pressão de última hora para mudar a LDO na Assembléia. Juizes elevam o tom contra o governo S}artori.

O Judiciário gaúcho articula um movimento para tentar mudar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, que vai à votação na Comissão de Finanças da Assembleia nesta semana. A proposta do Executivo é de congelamento nas despesas com pessoal e encargos sociais em todos os poderes no próximo ano. O reajuste previsto, de 3%, cobre apenas o crescimento vegetativo da folha. 

Isto é o que informa o jornal Correio do Povo deste domingo.

Nesta sexta-feira, representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público e da Defensoria Pública foram recebidos para reunião a portas fechadas com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), José Aquino Flôres de Camargo, no Palácio da Justiça. Novo encontro ocorrerá antes da votação na Comissão de Finanças. 

Leia a entrevista que o jornal publica hoje:

Entrevista: José Aquino Flôres de Camargo: "Somos um jato e eles um teco-teco"

Correio do Povo: O Executivo argumenta que não tem dinheiro para cobrir todas as despesas e, por isso, o congelamento da LDO é inegociável. Por que o Judiciário discorda?
José Aquino Flôres de Camargo: Se fecharem o Tribunal de Justiça, se mandarem todos para casa, não vai adiantar. Nosso orçamento é inferior a R$ 3 bilhões/ano. Desejo que a correção seja de 8,13%, e o governador quer congelar. Isso não vai resolver. O Executivo sacou R$ 8,3 bilhões dos depósitos judiciais em seis anos. E não resolveu. Então, se retirar R$ 40 milhões ou R$ 60 milhões do Judiciário, não vai restabelecer as finanças. Mas, para o Judiciário, faz diferença. Estamos pedindo a variação do IPCA. Lá pelas tantas me ligaram para dizer que podem dar uma migalha. Então, prefiro ficar com o congelamento. Fiquei muito incomodado porque percebi que a ideia é fazer uma imposição, e isso não podemos aceitar. Se o Executivo atar o poder Judiciário e o Legislativo, quem vai conter os excessos do Executivo? 

CP: O Executivo tem problemas de administração?
Aquino: Em termos de administração, somos um jato e eles um teco-teco. Como conquistamos isso? Investimos em modernização, em potencialização de receitas, em programas de gestão, porque o Judiciário é uma sucessão de gestões. Não coloquei nenhuma pessoa aqui quando assumi. Troquei um assessor. Temos controle estatístico de qualidade, um Banco de Boas Práticas e um plano de segurança que vai ser adotado pelo Conselho Nacional de Justiça. Temos escassez de recursos, como os outros. Só que priorizamos nossas necessidades. Nosso índice de participação sobre o orçamento da administração direta é o menor dos últimos 10 anos. Nos últimos anos, o crescimento das nossas despesas foi muito inferior ao crescimento da Receita Corrente Líquida do RS. Hoje o Judiciário responde ele mesmo por 20% de seu financiamento. E vamos cortar mais? Até deixar de funcionar?

CP: O Judiciário é apontado como um poder que detém privilégios: altos salários, auxílio-moradia para magistrados...
Aquino:Alguns acreditam que o problema todo é que existe auxílio-moradia e auxílio-alimentação. O Tribunal de Justiça do RS nunca quis, isso foi imposto. Estamos recebendo, mas é uma questão nacional. Não há como não cumprir. O problema, hoje, é que o Judiciário está bem e o cenário geral vai mal. Só que isso não é responsabilidade do Judiciário. Outros gostam de citar nossos novos prédios, para dizer que o Estado gastou altas somas com o Judiciário. O Estado não gastou com nossas reformas. Elas foram custeadas com o Fundo de Aparelhamento do Judiciário. Ou seja, parte do lucro dos bancos. Para este ano, temos orçados R$ 343 milhões. E uma arrecadação estimada de R$ 480 milhões. A diferença vai para o Caixa Único. Aliás, o montante do Judiciário no Caixa Único está na ordem dos R$ 700 milhões. Os dividendos sobre estes valores também ficam com o Tesouro.

CP: Existe a possibilidade de o Judiciário negociar atrasos ou valores dos duodécimos?
Aquino:Vamos fazer valer a Constituição. As pessoas podem ter a opção política que desejarem, contanto que respeitem a Constituição. O que existe de mais sórdido em todo esse processo é a tentativa de colocar ações na conta do Judiciário e repetir isso diariamente para a população. Por exemplo: o governo é obrigado a pagar os salários em dia e tem que pagar o duodécimo. Ele precisa fazer isso porque está na Constituição. Não é porque quer ou porque não quer. Mas, então, anuncia: “Preciso fazer este pagamento, porque o Judiciário determinou, então não vou poder fazer aquele outro.” Isso é uma inversão total. Além disso, o governo pode ter dificuldades, mas impossibilidade material, não. O Executivo está fazendo um enfrentamento. O que estamos tratando aqui é de democracia e de estado democrático de direito.

De: Claudiomar Barcellos [mailto:claudiusbarcars@gmail.com]
Enviada em: sábado, 27 de junho de 2015 19:20
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Re: Aconteceu no Congresso Nacional , e a mídia não deu o devido destaque: FORA PT!


O karma negativo (choque de retôrno) está começando a agir contra a gang dos Petraljhas e PTontos!!!!
Depois de arrazarem com o Brasil e alguns Estados como no RS, agora, o Povo está acordando, e, como se observa, os trabalhadores traídos pela "burguesia marxista", a Nomenklatura caviar/champonhota e seus Apparatichiki (cargos em  comissão aos milhares, sugando o Erário Público).8
Ou o Brasil acaba com o PT et caterva  ou, estes, terminam de acabar com  Brasil !!!
Está na hora de constituir uma Junta de Salvação Nacional, alter a legislação vigente,prender e processar a súcia petista, dando-lhes penas de prisão perpétua, sem direito á condicional, por se comportarem como traidores do Brasil.



BRASIL, ACORDANDO  !!!


---------- Mensagem encaminhada ----------

4 comentários:

  1. Políbio,

    Os "barnabés" do Judiciário ainda não acordaram para a nova realidade do RS e BR.

    Acabou a GRANA!!!!

    Podem começar cortando os "benefícios": - Férias 60 dias; - Auxilio Moradia Universal ......

    Vai SOBRAR juíz!!!

    JulioK

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  2. Presidente José Aquino Flôres de Camargo é inegável a excelência do Judiciário gaúcho.
    Mas o episódio do auxílio-moradia é um ponto fora da curva, em todos os sentidos.
    Para recuperar a credibilidade e o respeito da sociedade gaúcha, creio que o nosso respeitável TJ deveria divulgar manifesto ao Relator e demais Ministros do STF para que julguem imediatamente a ação que deu origem ao pagamento precário dessa vantagem, mesmo que seja uma voz isolada.
    Se o plenário do STF entender que é devida a vantagem pode ser paga nas atuais condições, então não haveria razão para a continuidade das criticas.

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  3. Para os juízes pode-se cortar gastos da segurança, da educação e saúde onde milhões de reais estão deixando de serem repassados para os hospitais, mas não pede-se sequer sonhar em mexer nos salários da elite do judiciário, o sacrifício deve ser feito com os outros!

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  4. " Isto é o que informa o jornal Correio do Povo deste domingo.

    Nesta sexta-feira, representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público e da Defensoria Pública foram recebidos para reunião a portas fechadas com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), José Aquino Flôres de Camargo, no Palácio da Justiça. Novo encontro ocorrerá antes da votação na Comissão de Finanças. "

    A Turma completa do corporativismo se reunindo. Claro que as decisões deles serão em comum acordo e não podem pagar a conta. Só quem deve pagar a conta é o povo contribuinte que está ficando sem saúde, sem educação e sem segurança.
    Se o Executivo, como eles dizem é o culpado eu acho que eles não podem tirar o deles da reta, pois também são culpados, pois apesar do Poder ser exercito com independência, também deve ser exercido em harmonia e isto significa que todos os poderes mais as instituições dotadas de independência financeira são igualmente responsáveis pelos destinos do Estado. Sem essa de cair fora e não querer pagar a conta. Todos precisam pagar a conta juntos.

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