A jornalista Sandra Guerreiro, Folha de S. Paulo, informou na noite desta terça-feira que o Senado instalou nesta terça (19) CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) para investigar o esquema de pagamento de propina a
integrantes do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), revelado
pela Operação Zelotes, da Polícia Federal. Em acordo fechado com o governo, o
PSDB conseguiu ficar com a presidência da CPI.
No RS, pelo menos RBS, Gerdau, Marcopolo e Mundial-Eberle, investigadas pela Polícia Federal, serão chamadas a falar na CPI.
Leia tudo:
Indicado pelo PMDB, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
foi eleito presidente da comissão. Como os peemedebistas reúnem a maior bancada
do Senado, eles têm a prerrogativa de indicar o presidente da CPI. O PT,
segunda maior bancada, escolheu a senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) para
ser relatora da comissão de inquérito.
Graziottin é conhecida por ser fiel defensora do Palácio
do Planalto no Congresso. Apesar de o presidente conduzir os trabalhos da CPI,
caberá à relatora elaborar o plano de trabalhos e ditar os rumos das
investigações. O senador Donizeti Nogueira (PT-TO) foi eleito vice-presidente
da CPI.
"A indicação para a presidência era do PMDB. O
partido apresentou a indicação do senador Ataídes, decidimos não questionar.
Esperamos que ele conduza os trabalhos de forma isenta", disse o líder do
PT, Humberto Costa (PE).
Além das bancadas do DEM e PSDB, senadores aliados do
governo federal apoiaram a criação da CPI, como Walter Pinheiro (PT-BA), Ângela
Portela (PT-RR), José Maranhão (PMDB-PB) e Zezé Perrella (PDT-MG). O PT também
não trabalhou para impedir a instalação dos trabalhos.
Ataídes prometeu trabalhar com "rigor" para
apurar as denúncias no Carf. O tucano disse que seu principal objetivo no
comando da CPI é devolver aos cofres públicos os recursos desviados em
irregularidades no órgão do Ministério da Fazenda – que é responsável por
julgar recursos de atuações aplicadas pela Receita Federal.
A Operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal no
mês passado, desarticulou um esquema de pagamento de propina a conselheiros do
órgão. Credores da União -a maior parte formada por grandes empresas -
subornavam integrantes do Carf, em troca de redução e, em alguns casos, o
perdão das multas aplicadas pela Receita.
Segundo a Polícia Federal, multas contra empresas somando
R$ 19 bilhões tiveram o julgamento alterado pela ação de uma quadrilha que
atuava junto ao órgão. O Carf é um tribunal administrativo formado por
representantes da Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje
processos que correspondem a R$ 580 bilhões.
Em termos de valores, há indícios mais fortes em relação
a processos que somam R$ 5 bilhões, envolvendo entre 15 e 20 empresas das mais
de 60 investigadas, algumas em mais de um processo.
Segundo Ataídes Oliveira, as fraudes cometidas no âmbito
do Carf representam valores que correspondem a um terço do ajuste fiscal
proposto pelo Executivo, o que merece investigação do Congresso.
"Um por cento de todo esse contencioso representa R$
327 bilhões. Portanto, a nossa responsabilidade é enorme. O povo espera desse
Congresso uma resposta e um trabalho muito efetivo", afirmou.
A CPI tem o prazo de quatro meses para realizar as
investigações, mas Ataídes disse que o período deve ser prorrogado diante da
quantidade de documentos que serão analisados pela CPI. No total, 11 senadores
serão titulares da comissão de inquérito e outros cinco suplentes.
Graziottin defendeu, como relatora, que a comissão de
inquérito primeiro analise toda a documentação levantada pela Polícia Federal e
Ministério Público, na Operação Zelotes, antes de dar início à tomada de
depoimentos de suspeitos de envolvimento nas fraudes.
"O mais importante é ouvir pessoas quando tivermos
conhecimento de alguns dados para organizar o plano de trabalhos que vamos
apresentar a esta comissão", afirmou a relatora.
Compartilhar40Tweetar774
Não é brincadeira não...se as coisas forem a fundo a RBS pode acabar, para desgosto de seus fundadores...triste para o RS e essa possilidade é real se, como disse, as coisas forem as últimas consequencias. AS pernas dessa empresa estão de barro!
ResponderExcluirSe a intenção foi arrebentar com a iniciativa privada do Brasil,será que o objetivo está sendo atingido?
ResponderExcluirVAI DAR NADINHA DE NADA.
ResponderExcluirDEPOIS, LÁ NO stf MUDAM TUDO, E ESTAS EMPRESAS AINDA VÃO PODER DESCONTAR DO IMPOSTO DE RENDA, COM VALORES CORRIGIDOS.
no final vão ganhar e ainda pedir indenização moral, esperem pra ver.
ResponderExcluirBom, se ontem a PF desbaratou escritórios de assessoria que tinham negociado títulos do século passado para empresas negociarem tributos, é tudo uma loucura.
ResponderExcluirAdvogados já disseram que não houve dolo, pois as compensações não vingaram.
Então tá tudo bem ...
É FÁCIL FICAR RICO ROUBANDO O POVO TRABALHADOR, NUM PAÍS SEM JUDICIÁRIO.
ResponderExcluirA Zero Hora está pronta para manchetear-ZH ESTÁ LIVRE DO CARF.
ResponderExcluirQuando? Depois de acertar a sua
continha com o fisco.
E que diabos de Carf, o que é isso? Dizem que é uma sigla que significa "Corruptos Arrumaram Recursos Fraudulentos".
Nosso judiciário é uma piada de péssimo gosto e devemos fazer panelaços para o STF também. O caminho de uma guerra civil foi decretado hoje, nenhum poder constituído de nosso país é democrático, nenhum é patriótico e nenhum deles tem honestidade para ser chamado de sério. Já somos prisioneiros em nossas casas por falta de segurança e estamos desarmados por uma legislação cínica, calhorda e esquerdista, não temos como povo mais opções dentro da democracia, pois o bom senso morreu no Brasil. Tempos muito difíceis virão em breve.
ResponderExcluirE como se posicionam os Senadores Ana Amélia Lemos e Lasier Martins, eleitos pela RBS, digo, PP e PDT?
ResponderExcluirGente.!.!.! Calma... Gente!
ResponderExcluirEsta CPI já nasceu morta.
As bancadas destas empresas no Congresso Nacional, deverão se comportar como amestrados e ao final pedir desculpas por ter tomado tempo de gente tão ocupada.
Ou alguém imagina um Onix chamando um empresário destes de ladrão de dinheiro público?
É viver para ver.
Tem que investigar também se as multas tem fundamento, pois a Receita emite sanções a seu bel-prazer e recusa, sem justificativa, qualquer argumentação do contribuinte. A CARF age da mesma forma. Se o extorquido é pequeno não tem condições de litigar na justiça que, muitas vezes, anula a penalização. Mas se cair na mão de um juiz alternativo, adeus...
ResponderExcluir