Sócio da construtora está disposto a revelar três casos
de favorecimento ao ex-presidente se fechar um acordo de delação premiada. Ao lado, foto de Veja do luxuoso sítio de Lula, depois de totalmente remodelado pela OAS.
Os repórteres Gabriel Castro e Marcela Mattos, revelam hoje no site da revsitas Veja que a oposição quer ouvir Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que trocou com Lula claras ações de tráfico de influência. "Como alguém que se diz ligado aos trabalhadores
quer toda essa mordomia paga por empreiteiras?" perguntou esta tarde o deputado Rubens Bueno, PPS.
Leia tudo:
Representantes da oposição querem que a CPI da Petrobras
ouça Léo Pinheiro, executivo e sócio da construtora OAS que está preso
e, como mostra reportagem de VEJA desta semana, dá sinais de que pode
contar o que sabe sobre as relações da empresa com o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
A reportagem mostrou que o executivo está disposto a
revelar os detalhes de ao menos três casos que evidenciam a relação de
cumplicidade entre o ex-presidente e os responsáveis pela empreiteira: a
reforma de um sítio em Atibaia (SP), as obras do prédio onde fica o tríplex de
Lula no Guarujá (SP) e a obtenção de um emprego para o marido de Rosemary
Noronha, que desfrutava da intimidade do ex-presidente. Nos três casos, a OAS
prestou favores a Lula.
O requerimento de convocação do executivo já havia sido
aprovado, mas a audiência não tem data para ocorrer. Diante das revelações
trazidas por VEJA, parlamentares de oposição reforçam a necessidade de ouvi-lo.
"Seguramente a CPI vai ser um palco importante para, quem sabe, o Léo
Pinheiro trazer informações importantes para a sociedade", diz o líder da
oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), que condena a "troca de
favores" entre Lula e os sócios da empreiteira.
Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), o caso
torna mais evidente a contradição entre a postura política de Lula e suas
práticas. "Como alguém que se diz ligado aos trabalhadores quer toda essa
mordomia paga por empreiteiras que são contratadas do poder público e está
fazendo obras desse tipo?", indaga o parlamentar.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) afirma que
o presidente Lula vem perdendo a aura de imunidade. O parlamentar também
ironiza o silêncio do petista desde que a reportagem foi publicada. "O rei
está nu. Ele foi despido daquela condição e agora está acuado. Em outros
momentos ele agia de outra forma". O democrata, entretanto, acredita que
Pinheiro pode optar por não fechar um acordo de delação premiada: "Esse é
um jogo com pessoas que não têm limite, vide o caso Celso Daniel", diz
ele.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB),
acredita que uma delação premiada de Léo Pinheiro seria produtiva para detalhar
esses casos. "Ninguém está imune a investigações. São fatos que têm de ser
apurados. E as delações têm se mostrado muito eficazes para elucidar isso
tudo", diz.
Já o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirma
que, independentemente de um acordo de delação premiada os órgãos de
investigação precisam agir. "Isso é uma coisa séria, que merece a devida
investigação por parte da CPI e dos órgãos competentes, como a Polícia Federal,
o Ministério Público. O Léo Pinheiro deve ter informações muito valiosas que
devem ser reveladas", defende.
Ou seja, estão usando o Juiz Moro para manter o empresário preso até ele dizer o que eles querem que o empresário diga, nem que seja a força. Tá bom. Sai fora ho.
ResponderExcluirRevista VEJA:
ResponderExcluirConheça a Abril Mídia, uma atualização.....
Confirmada a retomada pela Previ de parte do famoso edifício-sede da Abril na Marginal Pinheiros, talvez seja a hora de entender exatamente qual o tamanho do atual segundo maior conglomerado de mídia do Brasil e 157° maior grupo econômico do país. Segundo a publicação Grandes Grupos do jornal Valor Econômico, a Abril Mídia seria o único dos 200 maiores grupos econômicos do Brasil a ter patrimônio negativo. Ou seja, se vender tudo o que possui a empresa ainda ficaria com uma dívida de R$ 121 milhões (valores de 2013).
Desde 2006, 30% da Abril Mídia é de propriedade do grupo sul-africano Naspers, que cumpriu importante papel de sustentação ideológica do regime de apartheid.
Ao longo dos últimos anos, a Abril investiu em uma série de negócios. Mas, foi obrigada a fechar a gravadora Abril Music, o site Usina do Som e os canais de TV paga Fiz TV e Idea TV. Devolveu para seus donos originais as franquias no Brasil da MTV, HBO e ESPN. Vendeu a TVA, canais de TV aberta (que eram usados para transmitir a MTV), o Eurochannel e sua participação no UOL e na DirecTV Brasil. Nos anos 70 a empresa já se envolvera no rumoroso caso de quebra dos hotéis Quatro Rodas.