A coletiva do deputado do PSD não esclareceu nada, a não ser que Jardel sentia-se sequestrado politicamente pelo próprio pessoal que nomeou para seu gabinete. Ele não disse quem enfiou-os goela abaixo e nem por que razão ficou calado e sem ação durante tanto tempo. Jardel também não esclareceu o que irá fazer e o que acontecerá com suas relações com o PSD. O episódio todo é muito escabroso.
O deputado estadual Mário Jardel (PSD) admitiu neste
sábado ao jornal Correio do Povo, Porto Alegre, que dissolveu seu gabinete na Assembleia Legislativa porque não tinha
controle do mandato. Jardel deu uma entrevista coletiva para, segundo
ele, “apresentar uma justificativa para a sociedade gaúcha”. Ele ausentou-se do
trabalho no início da semana passada, com atestado médico de depressão, demitiu
17 de seus 21 assessores, e ficou incomunicável desde então.
Leia a reportagem de hoje do jornal:
Acompanhado pelo presidente municipal da sigla, Nelcir
Tessaro, o ex-jogador de futebol também disse que herdou os ex-assessores da
campanha eleitoral que foi gerenciada pelo PSD e pelo deputado Danrlei de Deus. Jardel afirmou que foi refém político do grupo e não
concordava com a forma como trabalhavam os assessores, mas evitou dar detalhes
sobre quais eram os objetos de sua discordância.
O que ele disse:
- Eu não mandava no meu
gabinete. As pessoas que estavam na minha campanha, do próprio partido, vieram
para o gabinete. Eu estava na política e eu vi que não era do jeito que deveria
ser, por isso tomei essa decisão. Não quero entrar em detalhes. Foi tudo muito constrangedor.
Antes do encontro com veículos de imprensa, que ocorreu à
tarde, Jardel teve reunião com o presidente estadual, vice-governador do estado
José Cairoli.
Sobre a confusão envolvendo demissões, contratação de
gente para gerenciar crise, novas dispensas e recontratação de alguns dos
assessores, Jardel limitou-se a dizer que precisava mudar e não confiava nos
que foram demitidos. “Como patrão, tenho esse direito. Os quatro que ficaram
são meus fieis escudeiros. O Roger, o Demétrio, o Walmir, o Edu... Não é Edu, é
Ricardo”, se confundiu.
Acerca do rompimento de relação, anunciado publicamente
pelo deputado federal e ex-companheiro de profissão, Danrley Hinterholz (PSD),
Jardel garantiu que não há reciprocidade de sua parte sobre a ruptura política
e pessoal. “Somos amigos. Meu gabinete está de portas abertas para ele”,
declarou. O deputado também assegurou que apresentará projetos nos próximos
dias e que se prepara para fazer o primeiro discurso de seu mandato na tribuna
da Assembleia.
Já Tessaro preferiu minimizar a má atuação dos
ex-assessores alegada pelo deputado do PSD, também evitando entrar em detalhes
sobre os motivos do desagrado de Jardel. O dirigente municipal do PSD e
secretário de Defesa Civil da Prefeitura de Porto Alegre qualificou os objetos
do desacerto, entre o parlamentar e 17 membros do partido, como "questões
administrativas". "Não tem crise. São pessoas do partido e vão ficar
no partido”, comentou.
Jardel pode ter muitos problemas, mas neste caso ele agiu corretamente e limpou seu gabinete.
ResponderExcluirFicou ruim para o Darley que acabou mostrando suas reais intenções na política . Que pena
BAH....QUE CAMBADA,HEIN CAIROLI? ESSA É A TUA TURMA???
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