Nesta reportagem da revista IstoÉ que já circula, intitulada "No rastro do estaleiro", fica claro que
oposição e TCU querem investigar os desdobramentos do
contrato assinado por Dilma. A reportgem de Claudio Dantas Sequeira revela novo documento sobre as fraudes no
Estaleiro Rio Grande
O Estaleiro Rio Grande foi instalado e opera no município gaúcho de Rio Grande.
Leia a reportagem:
As investigações sobre a participação do Estaleiro Rio
Grande no escândalo do Petrolão ganharam uma nova dimensão na última semana.
Depois de ISTOÉ revelar que a presidente Dilma Rousseff assinou como testemunha
o contrato para o início das obras que deram início ao estaleiro, tanto a
oposição como o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União passaram a
se empenhar para esmiuçar todos os detalhes que cercam o estaleiro e seus inúmeros
contratos. Na semana passada, além do documento assinado por Dilma e pelo
ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, hoje preso pela Polícia
Federal, a reportagem de ISTOÉ trouxe o depoimento de um ex-funcionário da
Petrobras que, sob o compromisso de ter a identidade preservada, contou as
falcatruas feitas em todos os negócios envolvendo o estaleiro. Agora, novos
documentos obtidos por ISTOÉ revelam como foram feitos de forma irregular
aditivos milionários que permitiram um desvio de aproximadamente R$ 500
milhões.
O primeiro aditivo de R$ 150 milhões feito ao contrato
assinado por Dilma foi aprovado pelo ex-gerente de Engenharia da Petrobras
Pedro Barusco. Réu confesso na Lava Jato, Barusco foi quem afirmou aos
procuradores que, dos R$ 100 milhões desviados do contrato do Estaleiro com a
Engevix para construção de navios-sonda, R$ 40 milhões foram parar nos cofres
do PT. Nos novos documentos aos quais ISTOÉ teve acesso chama a atenção uma
análise jurídica da Petrobras a respeito do aditivo. O relatório mostra que a
equipe da Petrobras fez ressalvas à ausência “de uma definição precisa quanto
aos motivos que justificariam esse acréscimo”. Ainda segundo o relatório, “tal
indefinição poderia suscitar questionamentos dos órgãos de controle de que a
pretendida alteração estaria tornando os contratos de fornecimento mais
vantajosos para a WTorre, em ofensa aos princípios da licitação, com uma
espécie de adiantamento de valores que ainda não se sabem serem devidos”. O
documento foi assinado pelo gerente jurídico de Serviços Luiz Carlos Delfim, a
gerente jurídica de Engenharia Mariana Fernandes da Silva, e pelos advogados
Pedro Henrique Sellmann e Daniele Varanda.
Para o procurador junto ao TCU Marinus Marsico, o aditivo
aprovado por Barusco é “equivalente a um cheque em branco”. “Precisamos
averiguar se essa contratação foi econômica, eficiente e se seguiu os
parâmetros legais”, disse à ISTOÉ. Orçada originalmente em R$ 223 milhões e
ampliada um ano depois para R$ 440 milhões, a construção de um estaleiro para
fabricar plataformas semi-submersíveis (SS) e navios-sonda (FPSO) ultrapassou
os R$ 840 milhões. O processo licitatório foi terceirizado pela Petrobras à
corretora Rio Bravo DTVM, que depois passou à condição de gestora de um fundo
imobiliário criado para captar no mercado os recursos para a construção.
Segundo um ex-funcionário, a aprovação dos aditivos foi feita por pressão
política de “caciques do PT”
Marsico, do TCU, questiona a terceirização da licitação, cujo
resultado foi o contrato assinado por Dilma, e a grande diferença entre o custo
original do contrato e o valor pago ao final. “Esse contrato com o Estaleiro
Rio Grande não vai escapar ao crivo do Tribunal”, avisa. Na semana passada, em
nota encaminhada à reportagem, a Rio Bravo, gestora do fundo imobiliário,
afirmou que todas as operações financeiras foram concretizadas e aprovadas pela
Petrobras, dona de 99% das cotas do fundo e de 100% dos direitos econômicos.
Na última semana, PSDB e DEM prepararam requerimentos de
convocação dos envolvidos e solicitação de toda a documentação da obra. “A CPI
tem que abrir uma linha de investigação exclusiva para ver até onde vai a
responsabilidade de Dilma”, disse à ISTOÉ o líder do PSDB na Câmara, Carlos
Sampaio (SP). Para o deputado, a assinatura da então ministra da Casa Civil
seria “uma sinalização” a integrantes do esquema do Petrolão “de que ali estava
um negócio do interesse do partido”. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado,
lembrou que o nome de Dilma já foi citado 11 vezes em depoimentos dos delatores
da Lava Jato. Para ele, a assinatura de Dilma no contrato do estaleiro “não faz
nenhum sentido republicano”.
SE COM TODA OS DOCUMENTOS, QUE COMPROVAM AS ROUBADAS, O STF NÃO FAZ NADA > ESPERAR O QUE, DESTA GENTE ?
ResponderExcluirSE DEIXARAM CORROMPER, E AGORA ESTÃO AMARRADOS, NÃO PODEM NADA.
QUEREM IR LEVANDO O POVO NO BICO, PARA CANSA-LO.
O POVO TOMOU A BASTILHA NA FRANÇA, AQUI VAMOS TOMAR BRASÍLIA.
Rio Bravo pertence a um político gaucho cujo nome me escapa agora.
ResponderExcluirEstaleiro Rio Grande é um ninho da CORRUPÇÃO do PT, plataformas, navios sonda, custam milhões de dólares menos e são construídos em tempo muito menor em países como Japão, Coréia do Norte e outros.
ResponderExcluirQGI (ex QUIP), ECOVIX, ENGEVIX,EBR, são empresas que só sobrevivem dos aditivos bilionários nos contratos com a PETROBRAS, aditivos estes que servem de fonte de recursos para o PT.
A verdade deste estaleiro Rio Grande, agora vem a tona com a reportagem da ISTOÉ.
Ao Anônimo das 11:26.
ResponderExcluirPrecisamos aprender a cobrar as coisas de quem deve e não de órgãos indevidamente.
Então, no caso, o STF não faz nada se não for provocado. É assim que funciona.
É preciso que exista uma investigação que aponte a materialidade do delito e identifique a autoria.
Depois é preciso que o Procurador Geral da República faça uma denúncia e só daí em diante é que o STF começa a fazer alguma coisa, que poderá ser avaliada como certa ou errada.
O problema é que o Procurador Geral da República entende que não cabe investigar a Presidente da República.
Então é a ele que deve ser dirigida a reclamação e não ao STF.
Quem sabe reclamando ao PGR ele tome temência e age, ao menos requerendo que seja feita uma investigação para apurar os fatos, pois só ele pode pedir investigação contra a Presidente da República.
Havendo investigação saberemos se os fatos são reais e se existem provas de sua autoria.
Já a CPI não tem essa limitação; ela pode investigar tudo que quiser. O problema é que a maioria não facilita investigação contra a Presidente da República.
Cobrar de quem não deve só complica, ao invés de ajudar.
É simples assim.
Já pensaram se tivessem aprovado a CPI dos Fundos de Pensão....
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