“Não é suficiente que homens honestos sejam apontados
para juízes; todos conhecem a influência do interesse na mente do homem, e como
inconscientemente seu julgamento é distorcido por essa influência.” (Thomas
Jefferson) -
Professores que, em vez de instruírem seus alunos ou
tentarem lhes ensinar a pensar por conta própria, julgam-se “reformadores” da
sociedade, representam uma grande ameaça ao futuro do país. Fenômeno análogo
ocorre quando juízes se julgam acima das leis, e arrogam-se o poder e a
sabedoria para reescrever a própria Constituição. Ambos podem ter origem no
mesmo sujeito: Gramsci.
A esquerda deseja politizar a Justiça, transformá-la numa
espécie de “justiça popular”, onde a “opinião pública” julga em vez de leis
estabelecidas. Em vez de o Estado de Direito, tem-se o arbítrio dos juízes
“esclarecidos”, aqueles que pensam incorporar as demandas sociais.
A ideia de uma Constituição limitando os poderes do
governo, de forma clara, com pesos e contrapesos estabelecidos, é uma ideia
liberal e instigante. Os “pais fundadores” dos Estados Unidos, munidos com os
ideais iluministas, defensores da liberdade individual, criaram a Constituição
para amarrar as mãos dos governantes, restringindo seu poder.
Um governo de leis, conhecidas ex ante por todos, ao
invés de um governo arbitrário e ilimitado de homens, sujeitos às paixões
humanas: uma meta e tanto. E tudo aquilo
que os arrogantes e autoritários rejeitam, pois pretendem se colocar acima de
todos e impor sua visão de mundo aos demais.
Digo tudo isso para chegar ao excelente artigo de
Demétrio Magnoli publicado no GLOBO hoje, redimindo-se do anterior, que
critiquei aqui. Demétrio disseca o pensamento de Luiz Edson Fachin, indicado
pela presidente Dilma para o STF e que será sabatinado pelo Senado.
Fachin fez campanha aberta para Dilma, o que não é crime
e nem anula a priori sua capacidade de agir com imparcialidade como ministro do
STF. Mas o pior, como mostra Demétrio, não é seu partidarismo, e sim sua visão
da própria Justiça.
O jurista indicado por Dilma defende o conceito de
mudança social pelo Direito, ou seja, é daquela ala que encara as leis como
instrumentos de “justiça social”, substituto do termo mais objetivo “justiça”,
delegando enorme poder discricionário ao próprio juiz. Retira-se a venda da
estátua e adota-se o olhar “social” do juiz, imbuido de sua profunda missão
reformadora do mundo.
O STF deve ser o guardião da Constituição, que só pode
ser alterada pelo poder Legislativo. Mas Fachin rejeita essa ideia, e não só é
crítico da Constituição (legítimo, ainda que sua crítica seja pela esquerda),
como gostaria de dar autonomia aos juízes para alterá-la (absurdo). O marxismo
contra o “livre mercado” deveria ser uma bandeira jurídica, o que é temível
quando vem de um defensor do MST, e assustador quando proferido por um
potencial ministro do STF.
Juízes e ministros do STF jamais deveriam ser ativistas
judiciais. Não combina com sua função. Esses militantes querem, na verdade,
escrever uma nova Constituição na marra, ignorando o devido processo
legislativo para tanto, substituindo a voz dos representantes do povo pela
suposta “voz das ruas”, que alegam escutar como ninguém mais. Mas não foram
eleitos, não tiveram votos. Demétrio conclui:
Displicente, o Senado aprovou o nome de Dias Toffoli, ao
qual faltava o “notório saber” para ocupar uma cadeira no STF. Agora, os
senadores enfrentam um desafio distinto: o nome escolhido por Dilma usa um
indiscutível “notório saber” para contestar a ordem constitucional e as
prerrogativas do Congresso. É hora de dizer “não”.
A credibilidade do STF já foi bastante afetada com a
entrada de Dias Toffoli, e também com a conduta de Lewandowski durante o
mensalão. Resgatar tal credibilidade daquele que é o guardião de nossa
Constituição deveria ser a meta de qualquer brasileiro preocupado com nosso
futuro e nossa liberdade. Permitir a entrada de um ativista que se considera
acima da própria Constituição vai claramente à contramão desse caminho
necessário. Que o Senado tenha o bom senso de barrar essa indicação.
Interessante, mas isso também valeria para o Gilmar Mendes? Hehehehehehehe ...
ResponderExcluirA divisão do poder entre Executivo e Judiciário, como preconiza Fachin, logo se transforma em poder absoluto do Executivo.
ResponderExcluirO argumento de que o juiz pode ter convicções políticas e "que não é crime, nem anula a priori sua capacidade de agir com imparcialidade como ministro do STF" seria aceito se ele tivesse convicções nazistas?
O chamado " direito alternativo " infestou e tornou-se hegemônico na Justiça do RS; ele pretende, sob o pensamento marxista do teórico Gramsci, reescrever as leis e especialmente a aplicação das mesmas, de molde a fazer a Revolução socialista, não pelas armas, mas pela intoxicação da Sociedade pelo seu neoproduto cultural. É profundamente significativo e simbólico que Dilma indique para o STF um adepto de tal monstruosidade.
ResponderExcluirPetralha 14:02 perfeita a sua justificativa, estás atolado na
ResponderExcluirmerda e a culpa, o lado errado
SEMPRE é dos outros esta é uma das tantas características já
manjadas e que não colam mais.
Mandem essa materia urgente para os senadores.Vejo que corremos risco iminente que se o lula desistir de voltar a presidencia podera ser ministro do STF.
ResponderExcluirO Rodrigo Constantino e coxinha autentico e não cocinha. Motivo disse que se Dilma ganhasse iria para MIAMI e se foi de cuia e mala por não ser gaúcho.
ResponderExcluirEu como cidadão digo não a fachin.
ResponderExcluirAs ideias do sr fachin .não são baseadas na familia tradicional digo não a fachin.
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