Saiba mais:
A medida está em linha com o discurso da equipe
econômica de diminuir o repasse de recursos públicos para garantir taxas de
juros mais baixas, como ocorre no Programa de Sustentação do Crescimento (PSI)
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O objetivo, conforme técnico da área econômica, não é
acabar com o Programa Nacional de Microcrédito Orientado (PNMPO), que foi
repaginado em 2011, e batizado como Crescer, contando com incentivo de juro
subsidiado. A avaliação, no entanto, é de que era preciso uma adequação ao
cenário econômico.
A retomada dos repasses para equalização das taxas de
juros das operações do Crescer só será feita a partir da definição do tamanho
do corte das despesas que será necessário para garantir o cumprimento da meta
de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano. O orçamento foi aprovado na
terça-feira e ainda depende de sanção da presidente Dilma Rousseff. Só depois é
que a equipe econômica vai anunciar o contingenciamento necessário para ajustar
suas contas.
Em 2011, quando foram anunciadas mudanças no microcrédito
para incentivar um aumento das operações, portaria do ministério da Fazenda
definiu que o Tesouro Nacional poderia destinar até R$ 500 milhões por ano para
subsidiar os juros dessas operações.
Um dado importante, porém, é que de lá para cá a
inadimplência dessas operações disparou. Em março de 2011, quando começa a
série histórica do Banco Central, o índice de calote no microcrédito para
pequenos empreendedores estava em 2,2%. Em janeiro de 2015, a taxa ficou em
5,28%, depois de um pico de 7,58% em agosto de 2014. Em igual período, a
carteira de microcrédito também deu um salto expressivo, de R$ 1,05 bilhão em
março de 2011, para R$ 5,31 bilhões em janeiro deste ano.
"No momento, estamos atuando fora do Crescer",
informou o Banco da Amazônia, por meio de sua assessoria de imprensa. "O
Banco da Amazônia já recebeu do Tesouro Nacional as verbas de subvenções de
2014 e assim que aprovadas as verbas do Crescer para 2015 retomará sua atuação
no programa", acrescentou.
Neste ano, a equipe econômica ainda não autorizou a
liberação de recursos para equalização de novas operações de microcrédito.
Segundo outra fonte ligada às instituições financeiras, os interessados tiveram
acesso a outras linhas de microcrédito. Ou seja, pagaram taxas de juros mais
elevadas.
O Banco da Amazônia informou, por exemplo, que os
encargos financeiros adotados no Crescer eram de 0,41% ao mês, com Taxa de
Abertura de Crédito (TAC) de 1%. Atualmente, os juros cobrados são de 2,4% ao
mês e TAC de 3%. "Nosso entendimento é que o cliente do microcrédito
necessita muito mais que baixas taxas de juros, o mais importante é acesso ao
microcrédito de forma ágil e desburocratizada", acrescentou.
O Banco do Brasil destacou, por meio de sua assessoria,
que tem mantido a oferta do microcrédito produtivo orientado. "Em nenhum
momento houve descontinuidade do atendimento aos empreendedores", informou
em nota. As taxas de juros do BB nessas operações vão de 0,40% a 2,80% ao mês.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste, que também operam o Crescer,
não se posicionaram sobre o tema.
Enquanto isso ninguém fala em suspender os financiamentos à cuba..
ResponderExcluirAfinal, eles tem que arrumar o ninho pra quando só sobrar lá pra se esconderem.
Pior são as pesquisas na área médica que estão sendo paralisadas. É um crime de lesa pátria. Vários hospitais e faculdades estão com as verbas cortadas impedindo a conclusão e a emissão dos resultados que beneficiariam o povo. Sem falar das áreas de tecnologia que estão sofrendo também.
ResponderExcluirJoel