Dalton Avancini, presidente da construtora (foto ao lado), e Eduardo
Leite, vice-presidente, podem revelar novos nomes ligados ao esquema de corrupção
na Petrobras. Os procuradores também ouvirão delações no âmbito da Eletrobrás. Os empreiteiros aceitaram o acordo, apesar das promessas de ajuda feitras pelo ministro da Justiça.
Os dois altos executivos da construtora Camargo Corrêa, o
presidente Dalton dos Santos Avancini e o vice-presidente Eduardo Leite,
acertaram na noite desta sexta-feira acordos de delação premiada no âmbito da
Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção bilionário na
Petrobras.
A informação é da revista Veja, que já está circulando em todo o País.
A revista revela que Oopresidente do Conselho Administrativo da construtora, João Ribeiro
Auler, que também tentava um acordo semelhante, não teve o pedido homologado.
Os investigadores consideram que ele não revelou tudo o que sabe sobre as fraudes
nos contratos entre empreiteiras e a estatal. Os procuradores, contudo, ainda
não descartaram incluir Auler entre os delatores da Lava Jato.
Além da expectativa de uma possível redução de pena, o
presidente e vice da Camargo Corrêa concordaram em pagar, cada um, uma multa de
5 milhões de reais. Eles podem revelar novos nomes ligados ao esquema na
Petrobras. Avancini é acusado, junto com o presidente do conselho João Auler,
de particiarem ativamente do clube do bilhão, o cartel de empreiteiras que
fraudava contratos com a petroleira e distribuía propina a agentes públicos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, para
garantir que pudessem monopolizar grandes obras, a Camargo Corrêa e as demais
empreiteiras destinavam uma porcentagem de cada contrato para o pagamento de
propina. Segundo os investigadores, os dirigentes da Camargo teriam pago pelo
menos 1% sobre o valor dos contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da
Petrobras, então comandada por Paulo Roberto Costa.
ReproduçãoEduardo Leite, vice-presidente da Camargo
Correa
Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Correa
“Em relação aos agentes da Camargo Corrêa, há diversas
razões especificadas na denúncia para a imputação, como o depoimentos dos
colaboradores, o envolvimento deles na celebração dos contratos fraudulentos, o
fato de figurarem em comunicações eletrônicas com o grupo dirigido por Alberto
Youssef ou o próprio resultado da busca e apreensão”, resumiu o juiz Sergio
Moro ao aceitar denúncia contra os executivos da companhia.
Dalton Avancini ainda assinou os contratos das obras nas
quais as fraudes foram constatadas, além de ter celebrado contrato fraudulento
com a Costa Global – empresa de Paulo Roberto Costa – para dissimular o
pagamento de propina.
Já Eduardo Leite é citado em um dos diálogos
interceptados durante as investigações da Lava Jato. No áudio, o doleiro
Alberto Youssef diz ter recebido 9 milhões de reais em propinas, pago 20% e
repassado o resto para "Leitoso", como o executivo era chamado pelos
criminosos. A força-tarefa montada pelos procuradores avalia que a Camargo
Corrêa pagou propinas a empresas de fachada de Youssef, em operações com
fornecedores da construtora.
Uma vergonha o Ministro da Justiça interferir para que os bandidos não falem nada.
ResponderExcluirQue ministro é este de nome CARDOSO, que pelo que se sabe é um Promotor de Justiça, mas que ao se aliar aos petistas, se torna um igual, aos demais PTs.
Já notei aqui, como também em outros Blogs e Jornais, que para tirar esse pessoal do PT e seus asseclas, somente "com bala". Até sua Santidade Ministro Teori, se curva para o cachaceiro LULA.