Este tucano de bico curto, que no RS procura favores do governo do PT para sua fábrica de caminhões, ensina como é que se trai o próprio candidato, mesmo usando linguagem oblíqua.
Se Aécio não calar esses "amigos", não terá como arranjar novos amigos.
O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, o Mendonção,
ex-ministro do Desenvolvimento Econômico de FHC, engrossou hoje a lista de
demos e tucanos que jogaram a toalha, desrespeitando o próprio candidato, Aécio
Neves, que neste final de semana promoveu os maiores atos públicos da sua
campanha, Minas, e garante que irá para o segundo turno.
. A estratégia do PSDB não pode ser a de quintas-colunas
como Mendonção, que no RS negocia com o governo do PT apoio para sua fábrica
chinesa de caminhões, Foton, ou de Agripino Maia, líder do DEM.
. O PSDB tem condições objetivas e subjetivas para chegar
ao segundo turno.
. Na pior das hipóteses, terá fortalecido suas bancadas
parlamentares e seus governadores, adquirindo mais musculatura para impor um
acordo programático e ideológico mais consistente nas negociações de apoio para
o segundo turno.
. No seu Facebook de hoje, Mendonção ensina como é que se
trai o próprio candidato.
. "A violêcia dos ataques do PT e Dilma à candidata
Marina Silva veio cedo de mais, claramente com o objetivo de evitar um
crescimento maior da vice de Eduardo Campos", afirmou. "Foi um erro
tático pois estes ataques vão provocar uma aceleração do voto útil em Marina e,
desta forma, o resultado será como cavucar areia: gasta energia e não chega a
lugar algum. Além disto, vai fortalecer - e antecipar - um acordo com os
tucanos para o segundo turno".
.O economista tucano foi um dos primeiros a prever que
eventual governo Marina Silva será semelhante ao de Itamar Franco, em que os
tucanos contribuíram para a governabilidade, no Congresso, e também forneceram
técnicos, na área econômica, que ajudaram a formular o Plano Real. Essa teoria,
de que o PSDB teria muito a ganhar com a vitória de Marina, abriu fissuras na
candidatura de Aécio e estimulou a tese do voto útil entre os tucanos, que
consideram mais viável a vitória de Marina do que a do senador mineiro.
. Mendonção afirma que, no segundo turno, a estratégia do
PT será a mesma de eleições passadas: "nós contra eles