O volume de concessões de crédito para
antecipação de faturas de cartão aumentou em 25,7% no acumulado de setembro
deste ano em relação ao ano passado e, diante do momento econômico, coloca em
xeque a saúde financeira das pequenas empresas. Com a queda da atividade econômica, principalmente no
setor varejista, as firmas de menor porte estão se desdobrando para conseguir
capital de giro e evitar descasamento de caixa.
O material a seguir é do DCI de hoje.
A dificuldade em obter empréstimos e financiamentos,
impostas pela maior seletividade dos bancos, que estão restringindo a oferta de
crédito, por sua vez, reduz o leque de possibilidade das pequenas, que acabam
recorrendo às linhas de antecipação de recebíveis, como desconto de duplicatas
e antecipação de faturas de cartão, para fechar no azul.
Segundo dados do Banco Central, enquanto em setembro de
2013 o volume de concessões para antecipação de faturas de cartão no acumulado
de 12 meses estava em R$ 34,3 bilhões, no acumulado de setembro fechou em R$
43,2 bilhões
Ticket médio e mortalidade
Balanço referente aos resultados do terceiro trimestre da
Cielo mostra a antecipação de recebíveis pela empresa teve um crescimento de
66% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, saltando de R$ 243,8
bilhões para 404,7 bilhões.
De acordo com o presidente da credenciadora, Rômulo Dias,
o ticket médio da antecipação - valor antecipado pelo empresário - caiu e,
atualmente, está em R$ 2,5 mil. "Mas, há operações bem menores, se o
lojista tem essa opção, ele aproveita a oportunidade", observou o
presidente da Cielo.
A queda do valor do ticket médio mostra que um aumento da
quantidade de lojistas usando esta linha de crédito.
Os especialistas ouvidos pelo DCI apontaram que, além da
maior restrição ao crédito e da queda da demanda por produtos, a falta de
planejamento por parte das pequenas empresas as deixas mais vulneráveis em
tempos de crise.
O uso recorrente das linhas de antecipação de recebíveis,
de acordo com eles, é um sinal dessa falta de preparo.
"A tendência para o ano que vem é que haja uma
mortalidade de micro e pequenas empresas até maior que a taxa deste ano, que já
é grande. O ano que vem tende a ser bem sombrio", prevê Bastos.
Alta de juros
Na quarta-feira, o Banco Central subiu a taxa básica de
juros para 11,25% ao ano. Para os especialistas, a alta da Selic, que baliza as
demais taxas do sistema financeiro, dificultará ainda mais o acesso ao crédito
e colocará em xeque a sobrevivência das empresas.
"As empresas mais organizadas vão crescer em cima
das outras. O mercado fica mais seletivo e centralizado nas firmas mais
competitivas. As companhias que conseguirem se organizar ficarão menos
vulneráveis", disse Galvão.
NEM! NEM! NEM! O BNDS resolve, nóis votou da Dirma.
ResponderExcluirHoje pesquisei em algumas lojas (físicas) o valor de um eletroportátil.
ResponderExcluirNas grandes lojas que fui, o pagamento era à vista. Uma parcelava em 3 vezes, sem juros, mas o valor era maior que o de outra parcelado em 2 vezes MAS COM JUROS. Parece que a coisa está feia.